Entrar Cadastrar
Esqueceu sua senha?
Uma senha sera enviada para seu e-mail
Início

A orientação de como participar deste exercício está no áudio Feedback 10.

Participe com intensidade de acordo com as orientações para obter, sem os seus entendimentos, os melhores resultados.

37 Respostas

  1. David Gularte Wodnoff
    David Gularte Wodnoff

    1- Modus operandi e processo íntimo:
    O que mais vi em mim depois do exercício anterior foi que realmente eu quero ter um dia um relacionamento bacana, legal, divertido e íntimo.
    O caso é que eu me negava a ver e percebi que por não ter tido a oportunidade de ser uma pessoa madura nesse sentido eu tenho a falta, uma falta justamente pela expectativa de querer alcançar esse ideal.
    Eu estou passando por uma experiência de trabalho nova, estou conhecendo pessoas novas e mulheres e estou tendo a oportunidade de me ver nesse sentido e como eu reajo, é muito instintivo.
    Quando você falou dos processamentos mentais inconscientes faz todo sentido, existe muitas situações que são tão automáticas que não dá para ver o mental com uma conclusão, a conclusão não aparece e eu reajo, vivo da maneira que estou programando.
    Isso está cada vez mais claro, a questão de eu estar e ser um corpo, ser um mental programado, que controla a personalidade que sou, e num teatro que os significados estão dentro de mim, no mental.
    Eu sou isso, e quanto mais vejo, menos eu tenho o que combater ou tentar manobrar, ou ter intenção.
    Estão, percebendo que não é uma coisa só minha, eu estou em um meio ambiente, estou no teatro e no teatro eu tenho os estímulos e também estou aberto a troca vibratória de outras pessoas sobre mim.
    Hoje eu estou solteiro e não tenho men mais vontade de cumprir o teatro para ter uma pessoa, mesmo que seja só para sexo, se não for muito conveniente e simples eu não corro atrás.
    Mas como disse antes eu vejo que tenho essa expectativa de um dia ter uma parceira para viver junto.
    Sobre o aspecto da maturidade que falta em muita gente que você esta mais próximo, eu me vi completamente dentro desse contexto, eu não sei lidar com as pessoas de um modo geral e intimamente é mais expressiva ainda a minha falta de geito.
    O que acontece é que eu não deixava me de experimentar dentro da prisão, experimentar as coisas da prisão, e por funcionar invertido até as coisas da prisão eu invertia mais ainda e não conseguia tirar proveito dos “benefícios para um presidiário”

    2- Instância mental:
    Na infância mental ficou bem evidente a questão de olhar para a mulher com um olhar diferente que eu olho para um homem e esse ponto para mim já é de estrema formatação, pois eu vejo nas curvas, no tipo de corpo, no tipo de olhar e geito de ser os objetivos que acionam a meu instinto.
    Eu também seleciono conforme as minhas conveniência, então se tem mais de uma mulher no lugar eu posso escolher, mas se só tem uma é ela o meu alvo, então eu sigo conforme fui formatado independente se a recompensa é grande ou pequena, o instinto é acionado e depois eu tenho o desejo que é mental mas está junto com o corpo.
    No mental eu tenho as crenças e os conceitos que recebi do meio familiar, religioso, educacional, mídias e também e eu criei uma crença de que o certo é ter um relacionamento de compromisso, de ser sério.
    Eu não posso dizer que não aproveitei, mas não foi da maneira que eu tenho nas minhas crenças como a maneira certa, por isso eu vivi o sexo e o relacionamento íntimo de uma maneira como se eu estivesse só cumprindo um dever e deixei de lado a possibilidade de experimentar muito mais prazer.
    No mento que eu faço processamentos mentais, e sempre faço, o que acontece é que eu trago tudo que eu sou, e aí já viu, é o samba do criolo doido.
    Eu tenho crenças que dão a minha lógico, eu tenho interesses, conveniencias, dualidade, conceitos, e não tem como sai alguma coisa boa e saudável disso.
    Tá lá no conjunto de crenças, e aqui estamos trabalhando isso, ok, agora o que tem disponível para eu usar é invertido, os resultados me levam para as reações, os autojulgamentos, as crenças, a separação e até falta de respeito a outra pessoa.
    Quanto mais eu olho mais eu vejo que tem muito mais, um personagem depende de outros personagens, um personagem é formado por crença e conceitos que existem em outros personagens também, então quando eu estou com uma mulher, eu estou homem, masculino, hetero, David na intimidade, quem eu quero me mostrar e como não sou, então não sou só uma coisa, tem esse conjunto de processos, tanto de processamentos mentais como os processos de desenvolvimentos da personalidade.
    3- Instância da personalidade:
    Sobre o meu corpo eu percebo que tem a questão também da química, o corpo expele substância que não são percebidas mas que também acionam o instinto sexual e é automático acontecer o desejo.
    O corpo e na personalidade eu percebo algumas alterações de humor pela falta de ter uma parceira para ter sexo regularmente.
    Também percebo e depois do feedback anterior da para ver que existe muito mais do que eu consigo ver e que me altera, mexe no meu humor, mexe nos meus processamentos mentais, mexe na minha vulnerabilidade.
    O corpo e o mental estão interligados de maneira que eu tenho no corpo reações do mental e tenho no mental reações do corpo, funcionando juntos o mental comandando o corpo usando a personalidade.
    Existe um universo de coisas que eu não sei, existe química, existe vibração, existe os processentos mentais, existe o intinto, existe a formatação da personalidade e eu to me descobrindo.
    De acordo com a maneira que eu vivi os meus relacionamentos, o meu conjunto de crenças, conceitos e dualidade faz eu me ver de uma maneira, o que é diferente dá maneira que a parceira me viu.
    Quando se trata de aproximação para ter uma intimidade eu sou muito tímido, é incrível e aí eu faço aquele papel de bobo, de engraçado, de querer fazer piadas e descontrair, o que sempre gerou inversão e assim eu funcionei até agora, acreditando que essa era a única forma ser.
    Eu me lembrei das vulnerabilidades de me abrir e entregar a uma aventura para receber o que queria, sexo, então ficava fácil de ser manipulado porque eu estava insconciente dessa minha conveniência que eu justificava e seguia em frente.
    Hoje está diferente, eu estou diferente e até o contexto do sexo é diferente, claro que quero, não tem nada de errado, e também o corpo pede não dá para ser hipócrita, agora que as coisas mudam isso é um fato, a minha noção de prazer sexual está muito mais refinado e abrangente.
    Agora se tratando de relacionamento íntimo é uma história paralela, pois eu nunca me abri para ter intimidade além da sexual, eu vivi muito no meu mundo, cuidando do meu umbigo e não tava nem para as outras pessoas.
    É novo para mim respeitar uma pessoa, olhar para ao outro e saber que ali tem um ser igual a mim, e que assim como pode rolar alguma coisa, pode não também.

  2. Fernando olimpio De Oliveira
    Fernando olimpio De Oliveira

    Buracos da personalidade água e óleo.

    Tema, modus operandi e processo íntimo.

    Lembro que era um dos meus sonhos, ter alguém, casar e poder desfrutar de tudo que construí intimamente ao longo da formação e desenvolvimento tô da personalidade.
    Tive poucos relacionamentos sérios, lembro que fiquei um bom tempo da minha juventude solteiro e a vontade latente era de arrumar alguém para casar e passar o resto da minha vida.
    Além de eu ter uma grande cobrança interna eu também sofria cobrança de fora, dos familiares e alguns amigos, do tipo até qua do vai ficar nas baladas? Está na hora de arrumar alguém sério para construir sua família, isso potencializa a ainda mais a minha auto cobrança.
    Eu fingia que estava tudo bem mas em cada saída eu estava a procura de alguém para me relacionar de forma mais séria. Demorou algum tempo para que eu ti esse alguns relacionamentos que terminaram e logo me via na pista novamente. Essa demora aumentou a minha expectativa e potencializou minha vontade de ter alguém e isso também fez com que eu fizesse de tudo para manter após ter arrumado.
    Após estar dentro do relacionamento eu me via tenso sempre pro tô a agradar com medo de perder a pessoa a minha necessidade de controle era imensa.
    Quando cheguei neste trabalho já estava dentro de um relacionamento e por ela também ter seu processo íntimo eu fiquei tranquilo.
    Estar junto no mesmo trabalho me passava segurança a medida em que eu ia sabendo sobre o meu funcionamento mais eu ia escondendo meu comportamento pôssecivo, digo possecivo relacionado a posse, a poder e controle.
    Foi bem difícil pra mim ver um pouco mais sobre apegos, relacionamentos e relacionam tos mais íntimos.
    Eu consegui ver um pouco mais quando tivemos um tempo separado e depois voltamos.

    Instância mental.

    Eu me desenvolvi em personaliza voltado a ser o melhor e mais querido ser humano, aderi e desenvolvi os mais belos conceitos e estava sempre a disposição para ajudar a todos, minha vontade de bem de me sacrificar para atender minhas conveniências estavam voltadas a ser visto como superior, aqui eu vejo o sistema de compensação ligado ao querer ser superior, e os meus condicionamentos e criação de padrões voltados a atender as conveniências de ser visto sempre como o mais legal, o mais inteligente, o mais querido. Isso também foi direcionado a eu querer ter alguém para cuidar, para poder fazer as coisas e receber os elogios, os mimos os carinhos, para me apresentar socialmente como eu imaginava e queria ser visto.
    Isso se deu em mim, aderi e desenvolvi crenças e conceitos voltados para esse fim e a partir daí eu desenvolvi hábitos, manias, neuroses, comportamentos e me moldei em personalidade com esses objetivos a serem atingidos.
    Hoje eu vejo muita coisa que foi desconstruída dessas crenças e conceitos que aderi e desenvolvi.
    Era bem difícil e pesado sustentar tudo que eu construí em mim, estando mais leve eu vejo um pouco mais só te meus apegos, minhas de pendências, sentimentais e físicas.
    Como dito no feedback eu vejo muitos comportamentos em mim de apegos de preservação da minha imagem cano marido, de querer sempre manter as coisas bem, sem conflitos e não havia percebido as crenças e com oito por trás, são comportamentos sutis pouco perceptíveis e muito rápidos.

    Instância da personalidade.

    Em personalidade eu vivenciei as minhas crenças e conceitos da formação da minha personalidade na prática eu passei por muitos momentos o de pude assistir a e, execução nos meus comportamentos.
    O interessante é que eu sabia de tudo e mantinha de forma consciente, eu manipulava meu comportamento para me mostrar sempre bem e confiante, mas por trás tinha o medo de perder a pessoa de não mais poder vivenciar tudo que construí mentalmente.
    Foram fortes os choque de realidade em relação a esse tema e até eu tomar coragem para ver tudo na prática demorou um tempo.
    Hoje eu tenho ciência do que forma.ada um dos relacionamentos do que está por trás das mi nas interações, do que me motiva em comportamentos.
    Permaneço hoje dentro de um relacionamento com uma pessoa que também tem seu processo íntimo isso pra mim facilita a forma que venho mudando em ter mais liberdade e espaço ao mesmo tempo que faço o mesmo também.
    Vejo no dia a dia quando os dois estão em casa uma influência de um no outro, onde quando vou fazer algo eu logo trago a lembrança da pessoa para definir o que vou fazer, de coisas pequenas a outras maiores.
    Vejo em mim comportamentos voltados a dependência e apegos, processos inconscientes.
    As vezes preciso sair e ficar no meu canto, o me tal trás preocupações em relação ao relacionamento e o que pode se desenrolar no futuro, não dou atenção sabendo já do que se trata.
    São muitas formas de dependência que construí dentro do relacionamento, a maioria eu nem sequer vejo quando se dá.
    Não sei se não estivesse em um relacionamento teria vontade de entrar em algum.
    O que eu enxergo aqui é a importância de eu ter vivência do toda essa experiência de apego e diante do material eu estou podendo aplicar e constatar os meus apegos e a forma como desenvolvi e construí tudo isso, além de ver que coloco conotação negativa na forma como me esponho abrindo a vida pessoal e senti-me tal. Aqui consigo notar o quanto eu me blindei e me protejo com camadas e camadas de justificativas e dentro da justificativa tem ela voltada para o certo.

  3. Flavia Campos
    Flavia Campos

    MOD 05 – EXERCÍCIO 11 – BURACOS NA PERSONALIDADE – ÁGUA E ÓLEO

    MODUS OPERANDI/ PROCESSO ÍNTIMO:

    Água e óleo relacionamento amoroso:

    Eu recebi crenças e conceitos de relacionamento bem no início da minha infância, me lembro bem que a crença e conceito da minha mãe eu me envolvi bastante, e vejo hoje no meu relacionamento, com o meu marido, e com a minha filha também.

    Aprendi com meus pais e me envolvi bastante com as crenças e conceitos de minha mãe que vinham também das religiões que ela tem em como me relacionar, baseado nas crenças que com sentimentalismos tais: Como de amor, submissão, amizade, carinho, respeito, sinceridade, cuidado, honestidade, sexo somente com um homem, casar virgem.

    Crenças e conceitos aderidos pela midia me envolver com um homem com postura de macho alfa com cuidado da casa e da família, isso eu vi bastante nas novelas e filmes, também em relação a ter uma visão do que é ter um príncipe encantado, que através dele, seria feliz para sempre, e a pessoa que eu teria relacionamento amoroso, nós seríamos felizes para sempre, e o que eu resolveria em minha vida pessoal, dependeria deste relacionamento.

    Crenças e conceitos aderidos com a convivência com amigos, nestes relacionamentos, com amigas e minha irmã mais velha, desenvolvi a crença da ideia de ter um homem para me sustentar e sustentar a nossa família, desenvolvi a crença em ter relacionamentos sexuais diários, com a ideia que sexo é maravilhoso.

    Fase adulta:

    A partir dos meus 21 anos após ter tido minha filha, eu desenvolvi outras crenças e conceitos com o convívio com a família do meu ex marido, fui vendo como eles tinham em mente o que é ser uma mulher para casar, e fui moldando a personagem de uma mulher para casar, com objetivo que no meu próximo relacionamento eu agiria de tal forma, e neste meu envolvimento com a família do meu ex marido, também desenvolvi crenças na igreja a qual eu frequentava que era a igreja evangélica, na doutrina daquela igreja, eles tinham como crença o não envolvimento sexual antes do casamento, e desenvolvi muitas crenças a respeito deste modelo de mulher ideal para casar.

    Hábitos e manias de me vestir com roupas mais “recatadas” cobrindo o meu corpo deixei de usar roupas curtas e calcinhas pequenas, desenvolvi hábitos e manias de falar com o marido de forma branda e aceitar o que ele decidisse em relação a tudo como área financeira e em relação ao cuidado com a casa, decisões a respeito de como educar a minha filha.

    Desenvolvi a crença de não me relacionar sexualmente já no primeiro encontro, também me baseando na crença que eu adquiri ao me relacionar com o pai da minha filha o qual eu não tive algum benefício após ter me relacionado sexualmente antes do casamento, e a partir dali eu já usei essas crenças em meu processamento mentais, com bastante julgamentos íntimos, e fui moldando a personagem de mulher companheira, submissa, que não precisa de homem para pagar as contas, também já com crenças da minha infância com a visão de como me comportar com o meu futuro marido, em não usar bebidas alcoólicas, usar drogas ou qualquer outro tipo de substancia entorpecentes.

    Desenvolvi crenças e conceitos de comportamentos os quais uns eu descartei, e outros eu mantenho ao me relacionar com o meu marido atual, com ele desenvolvi a crença de ter atenção e cuidado com a empresa com o conceito de sustentabilidade, e moldei mais uma vez esta personagem de esposa perfeita, com o meu marido atual, este comportamento mudou, mantive a crença com o hábito de vestir roupas decentes, de falar baixo e aceitar o que ele fala sempre, nunca o questionei a respeito de trabalho, sempre o colocava como responsável da empresa e não me via como responsável e com capacidade para gerenciar uma empresa.

    Após alguns meses de relacionamento conversando com meu marido a respeito de postura como dona de loja, desenvolvi outros hábitos, e a me posicionar com uma forma mais firme com os empregados, e gradativamente, fui fazendo as coisas sozinha no trabalho, sem precisar das orientações do meu marido, isso foi se dando espontaneamente, após muitas coisas vividas juntos, no trabalho.

    Em relação ao nosso convívio íntimo, desenvolvi apegos, em não ir a lugares sem o meu marido, ele é muito presente em tudo o que fazemos juntos, desenvolvi o hábito de que ele sabe lidar com as situações sem sentimentalismos, ou seja, desenvolvi a crença que preciso dele para algumas situações, como resolver pendências bancárias e com contas, esta crenças é uma crença adaptada, da infância, pois, eu dependia da minha mãe para pagar minhas contas e agia como meu pai assim que comecei a trabalhar na adolescência, eu dava quase todo o meu dinheiro para minha mãe e ficava com uma parte só para comprar as coisas de necessidade básica e com o meu marido não é diferente, hoje, ele é o responsável por toda movimentação de dinheiro da empresa e ele decide o que vamos ou não vamos comprar e eu só concordo e fico com o que eu acho necessário, nem móveis em casa eu tenho, pois, desenvolvi a crença e o conceito que não preciso de muita coisa, com a justificativa de que já que passo a maior parte do meu tempo trabalhando e não fico em casa.

    Neste relacionamento mudei também o hábito e mania que tinha em relação a limpar a casa o tempo todo, eu adquiri essa crença e conceito na infância, e ao me casar com este atual marido, ele me cobrava mais atenção, e hoje já não tenho peso na limpeza, limpo de forma esporádica a casa e quando precisa, também com a crença e conceito de preguiça, com a conclusão que trabalho muito e ninguém vai na minha casa então não preciso ficar fazendo limpezas.

    Desenvolvi a crença e o conceito de submissão e servir ao meu marido, nesta crença eu gero bastante processamentos mentais, avaliando o que ele está pensando de mim, se o que eu faço é certo ou errado, atribuindo a ele coisas que só existem na minha cabeça, e projetando e avaliando.

    Desenvolvi a crença deturpada que o meu marido é uma pessoa que atrapalha o meu processo íntimo, a partir dessa crenças, eu comecei a me afastar dele, e até ir para lugares sem ele, atribuindo a ele o peso da convivência e de responsabilidades do teatro, e também o peso em me “atrapalhar”.

    Desenvolvi e tenho que não consigo fazer coisas braçais que meu marido faz, que eu dependo dele para me ajudar financeiramente, me ajudar a manter meu imóvel, a dirigir, e a negociar na empresa e ao fazer venda de nosso imóveis.

    INSTANCIA MENTAL:

    Eu tenho crenças que dependo do meu marido para fazer negócios, tenho crenças que envolvem sentimentalismos, como amor, carinho, cuidado, respeito, amizade, compreensão, submissão, parceria, lealdade, cumplicidade.

    Já acordo pensando em fazer algo que seja do agrado dele, como estarmos juntos ao tomar café,

    Tomar decisões a respeito de funcionários e como direcionar nosso dinheiro, para onde o nosso dinheiro é destinado, e voltado para empresa, para o crescimento da empresa, e o retorno financeiro.

    Já penso em como me comportar no trabalho, com os funcionários de uma forma que atenda as suas expectativas, tenho a crença de só resolver qualquer coisa no trabalho após eu conversar com ele, não tomo decisões sem ele me ajudar, sem ele trazer o olhar dele, em relação a empresa, pois, adquiri a crença que ele tem muito mais experiencia de como liderar uma empresa e assim eu me comporto.

    Penso em me relacionar sexualmente com ele, nos momentos que ele me procura, já me posiciono, de forma solicitada, independente do horário que ele queira se relacionar.
    Penso que ele é uma pessoa chata e exigente, e a partir disso reajo em situações como minha filha, e também no trabalho quando ele reclama que eu não tenho dado atenção ao trabalho.

    Quando combino de ir em algum lugar com ele que tem horários específicos eu já me programo antes, com a intenção de não seu incomodada por suas reclamações.
    Já me programo antes de falar qualquer coisa com meu marido atribuindo a ele, ser uma pessoa explosiva, ou seja, eu faço projeções para conversar, sobre situação financeira, sobre o que eu quero gastar e como devo gastar, e sobre a vida da minha filha, eu evito ao máximo de ter que sair com a minha filha junto com ele, por atribuir a ele o personagem de homem reclamão e chato.

    INSTANCIA PERSONALIDADE:

    Em personalidade, eu já início o meu dia, com a visão de não entrar em assuntos que o meu marido sempre reage, quando eu falo, que é em relação a empresa, os funcionários, minha filha e minha família, estes comportamentos são diários, eu foco, em estar atenta ao que ele me pede e fazer na hora que ele me pede.

    As reações dele em personalidade que é explosiva automaticamente eu também reajo e por esta conclusão eu faço de tudo para não entrar em atritos com ele a respeito dos temas que ele sempre tem essas reações, e quando não tem mais jeito, eu vou lá e falo com ele em um momento que eu concluo que é bom para falar, que eu atribuo que ele está bem no momento para uma conversa.

    Vou me baseando no passado que já brigamos e vou me comportando ainda como esposa perfeita, quando ele reclama de algum comportamento meu, eu procuro atender as expectativas que ele quer, eu procuro sempre ouvir e pouco falar, este comportamento também vem de crenças na minha infância, sempre ouvi mais e falei menos até os dias de hoje.

    Na rotina como esposa, me preocupo dele tomar os remédios, em dar o que ele me pede, como suplementos que ele toma diariamente, e sempre concordo com suas ideias e opiniões, ou discordo também, e também em nos relacionarmos sexualmente.

  4. Cinara Delfino

    MOD 05 – EXERCÍCIO 11- BURACOS NA PERSONALIDADE 1 – ÁGUA E ÓLEO

    A consciência que tenho em relação a este assunto, buracos na personalidade relacionado ao tema água e óleo é que no decorrer da formatação da minha personalidade, não experimentei vivências importantes para que a minha personalidade pudesse chegar apurada no atual momento em que me encontro. Esta falta de “apuramento” ou de “aprimoramento” da minha personalidade, deixa amostra lacunas que trago em vários aspectos como: envolvimentos sexuais, envolvimentos de amizades o modo como lido com as pessoas, e como lido com diversas situações do teatro. Embora no momento atual eu não esteja vivendo nenhum envolvimento amoroso com alguém, não estou fechada para essa possibilidade , pois sou o resultado das diversas crenças e conceitos que recebi ao longo dos meus 53 anos de idade. O meu corpo físico tem desejos que fazem parte da programação que o rege. Mesmo que a ciência humana chame estes desejos de instintos, aqui neste trabalho, tomei a ciência de que a palavra instinto é a explicação no teatro, para aquilo que os estudiosos não conseguem explicar, que na verdade, o nome disso chama-se programação.Diante disso, fica evidente que sinto prazer em estar com alguém, em beijar, abraçar, ter sexo, ter alguém com quem trocar ideias e que não há nada de errado nem de certo nisso. Está na programação da composição da personalidade que me tornei, e não olhar verdadeiramente para isto, ao invés de ficar ciente sobre os diversos “buracos” que tenho em minha personalidade, os fará aumentar mais ainda mais.

    Instância mental:
    Nesta instância, com base nas ciências que tenho em relação aos meus processamentos mentais que se dão em 5 etapas, crenças conceitos conveniências e justificativas com base na dualidade, tudo que eu vier a falar em relação ao tema água e óleo em relação a um envolvimento com um cônjuge, na atualidade, não vai passar de suposição, pois na prática, quem vai ditar mesmo “as cartas” serão as crenças e os conceitos, aqueles mantidos em inconsciência. No passado, quando tive vários envolvimentos, o caráter aprisionante era notório, com base nas crenças de apego que recebi . Até uma simples amizade tendia a ser tumultuada, comigo querendo ser solícita ao extremo e querendo atender a vontade da outra pessoa, com uma carga imensa de vontade de bem. Hoje em dia, não passo mais por este tipo de situação por conta que muitas das crenças que me motivavam a ter esta conduta, foram desconstruídas sem que eu tivesse intenção que isso acontecesse.
    Instância da personalidade:
    Em personalidade, estou vestida em um corpo que tem expectativas com bases nas crenças que recebi ao longo de toda minha formatação, seja nas etapas da infância da juventude ou da minha fase adulta. Enquanto estiver vestida neste corpo, vou estar sujeita as programações inseridas nele. Estas programações baseiam-se nas minhas crenças e conceitos com base na dualidade que estão armazenadas em mim, e que seguem a risca seu formato de funcionamento, que é através de processamentos mentais com cinco etapas e que estas 5 etapas são influenciadas pelos 12 pontos que as antecede. Além disso, há também as programações de funcionamento dos meus órgãos que estão sujeitas aos estímulos hormonais dependentes das ações dos neurotransmissores e que funcionam sem que eu possa ter qualquer interferência sobre eles. Logo, de nada adianta eu em pensamento ou seja, mentalmente, dizer que não estou interessada em um envolvimento físico com alguém e todo o meu corpo mostrar externamente o contrário com reações como , um olhar diferente, sinais de gagueira, riso descontrolado ou qualquer outro tipo de expressão que com certeza desmentirá o que estou falando da boca pra fora. Estas situações já ocorreram comigo antes, e sei sim, que podem ocorrer novamente ,no momento em que eu estiver diante de alguém a quem eu julgar de acordo com minhas crenças, passível de um envolvimento baseado em conveniências.

  5. Vitor Schneider
    Vitor Schneider

    Modus operandi / processo íntimo
    Olhando afundo para a minha situação diante deste tema que me mantém nas dependências de manter certos relacionamentos, seja para relacionamento amoroso, de amizades, familiares e também profissional, é que isso é uma necessidade que não é vista por mim, de manter contato e relações com outros humanos. Mesmo que eu diga o contrário, lá no fundo esta dependência se mostra bem presente.
    A família é um destes relacionamentos que estão bem expostos por meus envolvimentos e dependências, já que eu ainda moro junto aos familiares e tenho este contato diário com eles. Mesmo que eu imagine e conclua que não tenho, estes são laços que tenho desde que estou neste mundo, ou seja, uma vida inteira. Se eu disser que não tenho esta dependência dos mesmos, seja pela presença ou também emocionalmente, estarei sendo hipócrita.
    Com relação ao relacionamento amoroso, mantenho este papel por achar conveniente ter esta relação, pelas crenças e conceitos que eu criei e desenvolvi no desenvolvimento da minha personalidade, criando situações de que este é um fator que “determina” o meu futuro, se tratando da pessoa que vou me relacionar e manter durante a vida. Por muito tempo fui tomando crenças de que achar uma pessoa bonita, gentil, simpática, legal, querida, tudo conforme o que sempre considerei “ideal”, obviamente que o mais benéfico para mim. Mesmo tendo esta consciência, ainda mantenho este personagem porque considero importante, sendo regido por crenças de amor, carinho, fidelidade, prazer, lealdade, companheirismo, afeto, etc.
    Para o trabalho, lindando com colegas de trabalho e também clientes, fico nesta situação de água e óleo, pois lidando com outros humanos com determinadas crenças e conceitos, tenho que usar certos personagens para fazer teatro. Porém, mesmo tendo a consciência sobre os meus personagens, as crenças e conceitos, assim como enxergando os de outros humanos, eu ainda mantenho a necessidade de agir de determinadas maneiras, com expectativas, intenções e controles. Nestes casos, não vejo que me mantenho igual a qualquer outro humano, sendo regido pela dualidade e a personalidade montada, pois acredito que determinadas crenças são reais, e são importantes para utilizá-las no ambiente profissional. A origem desta situação é que em determinada época eu fui desenvolvendo e armazenando informações que me eram passadas, e que eu tomava por acha-las convenientes, ou seja, criei o meu personagem de profissional com base no que a sociedade acha que é essencial, com conceitos de responsabilidade, respeito, carisma, simpatia, pontualidade, organização, talento, etc. Tudo isso de acordo com o que todos consideram “ideal” para ser como um profissional.
    As amizades são outro ponto que mantenho, pois ainda faço os papéis de amigo e mantenho alguns contatos. A origem deste personagem está desde o desenvolvimento da minha personalidade, logo cedo, quando comecei a ter contato com outros indivíduos da minha idade, seja na escola, vizinhança e outros meios, brincando e desenvolvendo crenças com relação às amizades. Até hoje, ainda me justifico sobre manter certas amizades porque é conveniente que eu não perca certos contatos, seja para não me excluírem de determinadas atividades, encontros passeios e que eu não fique “mal falado” no final das contas. Percebo que são as justificativas deste tipo que me fazem manter estes personagens. Por conta disso, mesmo tendo consciência sobre estas situações, algumas atitudes me mantém como “óleo”, por acreditar e ser regido por conceitos que considero importantes, como de lealdade, respeito, carinho, diversão, companheirismo e outros conceitos que considero positivos.
    Há outros envolvimentos que mantenho e que penso que não me influenciam de alguma forma, mas olhando mais afundo, o humano que sou hoje é fruto destes envolvimentos que eu sempre mantive até hoje. As “consequências” são que eu dependo de muitos deles, seja emocionalmente, por apegos, por envolvimentos, por manter contato, por querer estar próximo, por querer uma certa segurança e principalmente para manter todas estas conveniências.
    ⠀⠀⠀
    1ª instância: mental / processamento
    Eu sempre me dei várias justificativas para manter a grande parte das relações que tenho hoje, tudo para manter a situação do jeito que está, concluindo que nada disso pode me atrapalhar, que não influencia diretamente o meu modus operandi ou processo íntimo. Porém, estas foram justificativas hipócritas para manter o meu conforto, os meus interesses e principalmente apegos.
    Sem que eu quisesse enxergar isso na raiz, eu sempre me justifiquei de todas as formas para manter qualquer tipo de relação, pois eu sempre identifiquei como importantes para mim, ou seja, todos os meus princípios tem ligação com algum tipo de relacionamento que eu mantenho, que são os conceitos que mantém estas amarras, seja a família, os relacionamentos amorosos e de amizades, a profissão e qualquer outro que finjo não enxergar. Estes são os principais motivos que mantiveram tudo da mesma forma, a começar pelos meus processamentos mentais inconscientes que formaram conclusões convenientes. É conveniente manter tudo dentro dos padrões, dentro das referências que tenho, que é ficar no conhecido. Manter este conhecido é querer manter as minhas prisões, manter tudo o que criei e cristalizei como verdade ao longo da vida, ou seja, tudo o que tenho como “seguro” são as minhas referências de uma vida inteira, e isso obviamente é confortável para mim.
    Funcionando através do mental eu sou dependente de referências para me “apoiar”, que é para ficar tranquilo e confortável. Por ter vivido sempre nesta necessidade de entendimentos e processamentos mentais, o resultado não poderia ser outro a não ser manter tudo o que adquiri ao longo da minha vida.
    ⠀⠀⠀
    2ª instância: personalidade / teatro
    Os personagens que mantenho estão explícitos através dos envolvimentos que tenho, que são os que foram relatados acima, que me fazem atuar através de personagens no decorrer do dia. O personagem de filho, irmão, profissional, colega de trabalho, namorado, vizinho, cidadão e outros que uso todos os dias, são personagens que eu formei de forma vulnerável por acreditar que tudo isto é real, mas principalmente por querer mantê-los de forma conveniente.
    Mesmo tendo toda esta consciência, eu ainda funciono através de entendimentos, e qualquer entendimento é formulado pelos processamentos mentais que concluem sempre da mesma forma, por mais rápida que seja a conclusão. Com isso, tudo o que processo é para o meu próprio benefício, e neste caso os benefícios que eu acredito ter, tem relação com todos os personagens que ainda visto. É mais confortável manter tudo como está do que mudar alguma coisa em minha vida. É assim que eu sempre funcionei, para qualquer coisa e situação em minha vida.
    Dessa forma, ainda quero ser estes personagens, pois mesmo tendo toda a consciência, eu vejo esta necessidade de ser isso que sou no decorrer do dia, pois se automaticamente quero manter tudo isso, é porque está exposta esta necessidade, e qualquer necessidade é mental. O mental seguindo à risca a sua programação, inevitavelmente me levará para estas dependências, pois ele só quer me colocar em situações confortáveis e que estejam de acordo com as minhas referências deste mundo. As minhas referências são os meus conceitos, que são os meus valores de vida.

  6. Cristiane Lima
    Cristiane Lima

    Buracos na personalidade 1 – Água e Óleo

    É muito interessante trazer os pontos que eu vejo pelo menos em mim sobre este fato, porque até então eu não parei pra me olhar diante deste tema, de ver as minhas necessidades, me via avaliando e muito mais entendendo o que é um relacionamento do que realmente enxergando o que estava acontecendo comigo através do crio pra minha vida.
    As minhas necessidade sempre foram abafadas por mim através da minha segurança ou do que eu criava como algo seguro para viver, estar dentro de um relacionamento e ter alguém para retribuir tudo a mim, sempre foi algo mascarado, por mais que eu me colocasse nas situações como alguém resolvida e livre de alguma dependência, eu percebo hoje que sempre foi exatamente ao contrário, eu tenho dentro de mim um conjunto de situações e informações que se deram pela minha formatação. As necessidades e a dependência de ter alguém e manter um relacionamento pode até ser algo que eu não cogitava, mas existe sim em mim uma carência talvez, aquela vontade de ter uma troca de ter carinho, de ficar próxima a outra pessoa, sim, existe em mim, vontade e desejos. Antes deste trabalho o meu mundo foi uma guerra sentimental onde eu criava o meu mundo e idealizava como eu queria ter um relacionamento, como aquela pessoa precisava se encaixar dentro do que eu tinha estabelecido como algo favorável a mim, sim o que era conveniente, e este formato não se concretizou, onde eu estou? Estou aqui dentro deste planeta que tem regras de comportamento, crenças que me colocam pra funcionar exatamente como acredito ser real. Minhas informações sobre relacionamento tem as lembranças do convívio que tive na minha infância, a lembrança de ser algo doloroso, e realmente dentro deste mundo e vendo a formatação com outros olhos, fica muito mais evidente que tudo foi e é criado para não dar certo, para seguir com dramas e lamentos e tudo que promove sofrimentos, dificuldades, isso é a programação. Ter um relacionamento hoje, e saber o que está por detrás de cada personalidade, inclusive a minha, me deixa confortável de saber que eu tenho uma programação neste corpo, que libera hormônios, que eu tenho vontades que eu acho que já estão resolvidas, e não, eu sempre imaginei um relacionamento, e na prática eu vi que ele não é possível entre pessoas dissonantes, diferentes. Sim eu fui formatada a acreditar que preciso ter um relacionamento, que ter alguém é algo importante, a sociedade e tudo ao meu redor querem saber porque estou sozinha, eu vejo o olhar das pessoas e suas reações quando falo que sou solteira e não filhos, sejam as reações de espanto e elas querendo achar algum sentido para aquela informação. Eu sei hoje que estou fora do formato tradicional, eu quis muito ter um relacionamento, quis encontrar alguém que estivesse dentro do mesmo mundo que eu estava ou estou. Neste período estou vivendo algo que eu supostamente me achei estar resolvida, diante de um fato e possibilidade de conviver ou até mesmo namorar alguém, me fez despertar para coisas que eu não tinha mais olhado, principalmente em ter relação sexual, caramba, eu literalmente achei sim que nunca mais ia experimentar isso, e ter saído do meu casulo, me fez olhar diferente pra mim, para meu corpo, para minhas vontades, eu estou mais solta, menos tabus, e também não sei o que realmente eu quebrei dentro de mim, mas foi importante e está sendo pra mim, poder sair de dentro do meu mundo após estar dentro do trabalho de RH, onde eu me fechei, onde eu apontei como prejudicial para meu processo íntimo. Não, não enxergava e talvez não esteja enxergando exatamente com a clareza necessária sobre este ponto, mas eu hoje estou diferente, eu me percebo mais, vejo que um relacionamento tradicional não dá mais pra mim, eu não aguento este formato de convívio padronizado que este mundo tem, mas sim, estar com alguém esclarecido assim como eu estou ficando sobre o que se dá em mim. Experimentar estar com outra pessoa tem várias situações, pois neste convívio eu percebo que tenho coisas em mim que não vejo, mas sinto, e da mesma forma, que vejo e sinto a outra pessoa. Eu realmente me vi extremamente decepcionada com as atitudes de pessoas que eu acreditava ter alguma possibilidade de viver um relacionamento diferente do padrão, de conviver com alguém que tem acesso a este material e tem um processo íntimo, e o que ficou evidente pra mim, é que dá mesma maneira que tenho minhas crenças sobre relacionamentos, a outra pessoa tem as dela, e se até agora eu estive presa pelos meus entendimentos, isso também traduz os resultados da minha vida sobre o convívio com qualquer pessoa, se eu não sei conviver eu também não sei sobre nada, porque aqui eu estou vendo o basico do basico para conviver dentro deste mundo sem algum problema, sem algum medo, sem alguma timidez, sem nada. E mais interessante é que não ter esses medos me coloca dentro de um ponto crucial, que é apreender, sem ter nenhuma expectativa sobre alguma coisa, mas viver e ponto. A um tempo atrás quando foi trazido sobre os buracos da personalidade eu de fato não tinha me olhado para este ponto, mas estar mais esclarecida sobre o que é ter algum envolvimento, ou estar com alguém me parece quase que improvável, eu tenho minhas constatações sobre isso, sei que é íntimo, como estabelecer algum relacionamento se não ter tiver maturidade, respeito e educação?
    Instância mental:
    Meu cérebro me joga várias suposições, vejo os constantes pensamentos, vejo como eu fico ao tratar sobre este tema, vejo como fico perdida sem saber se estou evidenciando o que está acontecendo comigo, me percebo querendo achar algum detalhe que está encoberto por mim mesma, e pelo que acredito estar tranquilo e resolvido, quando me deparo com alguém e acho atraente por exemplo, eu já percebi diversas vezes como eu mudo rapidamente, como fico e falo diferente, como doso minhas palavras, como ficou mais dócil, é muito engraçado por que não controlo isso, vem para fora um coisa diferente, e é bem esta questão hormonal aflorando, sei lá. Neste meu último envolvimento eu pude ver que não estava claro pra mim vários pontos sobre me relacionar, vi que o que está dentro de mim, me percebi caindo ribanceira a baixo quando não recebi mais um carinho e nem mesmo olhar confortante da outra pessoa, eu não me enxerguei de imediato embarcando nas cenas criadas e mantidas por mim, foi necessário um bom tempo pra isso, pra voltar a respirar e ver que novamente se repetiu em minha vida coisas que já estavam registradas na minha cabeça sobre estar com alguém , e isso mesmo estando com os esclarecimentos que tenho hoje, me via apaixonada e vivendo um romance que já não cabe pra mim. E a medida em que vejo isso se dando e se criando dentro da minha cabeça, parece quase surreal, onde está meu conhecimento sobre a programação, sobre a formatação, onde foi parar? E neste momento é que eu pude realmente parar e ver onde eu estava e como todas aquelas cenas dentro da minha mente estavam me arrastando pra fora de mim.
    Instância da personalidade:
    Eu em personalidade segui minha vida toda esperando o tal conto de fadas acontecer, de projetar e idealizar o que era o homem perfeito pra mim, como ele deveria seguir as minhas crenças e estar enquadrado no que eu acreditava ser o melhor, em personalidade eu tenho um arsenal de crenças e isso me coloca dentro da formatação, pois são coisas que eu vi ou imaginei como ser até mesmo como mulher, eu tenho um padrão de formatação que a vida toda me levou a ser de uma maneira e criar um comportamento nomeado como o ideal de mulher, para ser aceita e querida, para ser desejável por um homem, para merecer um carinho ou um olhar, de estar de fato inserida em tudo que este mundo dita. E agora acordando para a realidade, eu percebo sim, se eu quiser posso me envolver com alguém, posso viver o que eu quiser, e melhor de tudo despida da minha ignorância, quando falam de ter um relacionamento em personalidade eu faço caras e bocas que não, mas é o contrário, percebo que este esclarecimento esteve a muito tempo capenga dentro de mim.
    A flora em mim o que não está de fato estabelecido ou esclarecido, sei lá, eu curto muito viver no formato que estou, de não precisar seguir padrão nenhum, de não precisar fazer cena alguma, e não precisar cumprir alguma exigência deste mundo quando estiver com alguém. Em personalidade existe dentro deste corpo o que eu não controlo, então eu não sei, e como também não soube lidar no meu último envolvimento, onde fiquei desconcertada, essas coisas que eu percebo em mim e que se dão pela programação deste corpo. Talvez neste exato momento eu esteja vendo que não tenho controle algum sobre o que acontece, que criei ao longo da vida muitos hábitos sobre o que ser e como ser, e que hoje eu saiba muito mais sobre o que é estar dependente de alguém, e isso me leva para o momento que vivo hoje, que está da maneira que estou é mais confortável não tem os barulhos internos, não tenho nada e cada vez mais é isso, não espero nada.

  7. Ana Claudia Godeiro de Baraúna
    Ana Claudia Godeiro de Baraúna

    1. R=Bom, eu ao me encontrar com homens que no geral me atraem eu mudo de comportamento, fico mais atenta, meus ouvidos, nariz ficam mais aguçados, e eu consigo sentir uma coisa diferente no ar que liga ambos. Após esse encontro eu fico com aquela impressão por um tempo, e que dali eu começo a projetar, imaginar, enquanto eu fico com aquela impressão, que se manifesta no corpo também. E que eu fico bastante envolvida. E que aparentemente me sinto atraente, e até confiante. E quando ela está desaparecendo eu quero manter, revivendo as minhas projeções.
    E eu tenho de antemão um padrão pelo qual eu avalio no meu dia-a-dia, o que influencia em ter atração ou não.
    E nos meus envolvimentos percebo que tenho uma certa facilidade em conversar com homens, parece que eu já tenho essa certa ligação. No entanto quando eu sei que o homem em questão é casado ou namorado de alguém eu me travo, para não criar uma ligação. E eu me comporto muitas vezes não sabendo agir principalmente quando a namorada, ou mulher está do lado.
    Ao mesmo que uma ligação com homens acaba sendo mais fácil, eu geralmente encurto conversas, não ajo fora do esperado para que a outra pessoa não pense que eu quero alguma coisa além de coleguismo, ou mesmo educação ou amizade. O que eu constantemente tenho um peso para mim isso, porque eu tenho a crença de ser ridículo de eu não poder ser educada ou carinhosa com a pessoa, ou mesmo conversar direito com ela sem já pensarem que tem alguma coisa por trás. Inclusive já tive intenções que levaram a inversões – e invés de diminuir o incomodo eu só o aumentei ou criei uma situação estranha. Eu ajo no meu dia-a-dia com isso, agindo de uma forma, querendo agir de outra, me incomodando comigo e com a atitude de outros.
    Embora eu não esteja em um relacionamento com outra pessoa isso é um importante tópico que sempre trago à tona uma hora ou outra. E que é muito fácil de despertar essa situação seja por uma manifestação do meu corpo, seja por ver um homem na televisão ou ao vivo, seja por uma música, um casal que eu vejo, alguém com que eu fale que toca no assunto. E que vem o desejo de ter ali uma pessoa, mas aí já vem as justificativas, vem as projeções, vem as avaliações, vem as dificuldades que eu coloco, vem as associações com minhas experiências passadas.
    E eu vejo que eu coloco também um bloqueio –em relação a separar sexo de um relacionamento mais íntimo. Eu já vejo com dificuldade, ter que deixar isso separado para a outra pessoa, bem como eu deixar isso separado para mim. Eu me mostro confusa, e insegura em relação a outra pessoa, de receio de estar machucando as crenças dela, ou de me sentir estar iludindo a pessoa. Ao mesmo tempo que quero seguir meus instintos, colocar meus desejos a frente.
    Eu não quero que a outra pessoa pense que estou iludindo ela. Nesse receio eu já quero deixar tudo às claras mesmo ainda nem caminhando nada direito, acabo evitando certos comportamentos que entendo que poderia deixar transparecer outra coisa. E fico com isso martelando em mim o tempo todo, me avaliando para entender se estou com um comportamento adequado ou não, se estou sendo muito grudenta ou não, se estou sendo muito distante ou não, se estou agindo muito próxima ou não.
    E que eu trago experiências anteriores para conduzir o meu comportamento.
    E que já tentei me relacionar outras vezes, mas eu não conseguia me enquadrar mais no ideal de namorada que a outra pessoa queria que eu fosse. Ao falar em namoro, casamento eu já trago uma carga, de prisão, de ter determinados comportamentos, condutas, regras de ambas as partes.
    E eu até tenho certa expectativa em ter um relacionamento em que não necessariamente seja um relacionamento como o padrão.
    E foi muito interessante trazer isso, até então eu não tinha a dimensão na minha vida, e como sempre eu volto nesse mesmo ponto. E como eu fico me avaliando o tempo todo, tentando entender, tentando fazer tudo certinho. E o peso que eu trago isso no meu dia-a-dia. E que eu tenho cortina nesse assunto achando que estava mais ou menos tudo bem resolvido. De acreditar nas minhas justificativas. Eu até falava para mim que tal justificativa é para o teatro. Embora seja real que muitas vezes as pessoas pedem explicações do porquê eu não estou namorando, ou procurando alguém, o que eu falo não é consciente.
    .
    2. Instância mental:
    R= E é muito louco que eu me programei com respostas prontas já relacionado a tudo isso. E sempre vem a justificativa para cada situação. Aparentemente lógicas, com base em padrões, em entendimentos para fazer certo. E que tem ali o sistema de compensação, e as minhas expectativas em frente as minhas intenções e os meus condicionamentos em relação as minhas expectativas. Que tem a dualidade, e a minha necessidade de a tudo avaliar com base na dualidade, para entender se estou fazendo certo. E que em qualquer situação tem ali eu querendo me sair superior. E que meus entendimentos são com base em arquivos piscantes que eu gravei anteriormente em uma conclusão intensa, seja positiva ou negativa. E que ali tem dualidade, tem uma lógica, um sistema de compensação, uma expectativa, um condicionamento.
    E que minhas conveniências sempre são mais fortes que qualquer conceito. Mas que eu sempre fico em conflito entre as minhas conveniências, meus conceitos e minhas justificativas. E que eu tenho meus desejos, instintos, e que ali tem os conceitos quebrando isso através de conceitos como profissionalismo, responsabilidade, pudor, segurança, saúde.
    .
    3. Instância da personalidade:
    R= Eu quero me parecer como uma pessoa coerente, sensata, responsável – principalmente naquele sentindo de responsável com os sentimentos dos outros. Não quero parecer promíscua, inconfiável. E que levo muito em consideração como eu vou aparecer diante dos outros ao fazer determinada escolha. E eu tenho essa projeção de pessoa que eu considero positivo, que vou ter benefícios sócias, comigo mesma e com a pessoa. E eu quero viver de acordo com essa expectativa que projeto.

  8. Dalvissima
    Dalvissima

    MOD 05- EXERCÍCIO 11- BURACOS NA PERSONALIDADE- ÁGUA E ÓLEO

    O termo “buracos na personalidade” é novo para mim.

    Com o feedback de hoje eu olhei para o que estou colocando “estar tranquila” em relação à minha situação no teatro. E tomei choque de realidade. A questão de estar tranquilo no teatro é um sinal para minha acomodação no teatro. Tudo que é do teatro me leva para o aprisionamento, essa é a regra da programação mental. A minha falta de atenção para isso, vou para zona de conforto fazendo avaliação que está melhor do antes, então vou ficar assim. Eu enxergo isso acontecendo. O meu primeiro impulso é querer sair disso. E isso só piora a situação. Tomei ciência que isso está acontecendo e fico com esta ciência latente em mim.

    O jeito que eu estou hoje, no teatro, é fruto das minhas crenças e conceitos, mais conveniências. Já está formatado a minha maneira de agir. Foram muitos anos me formatando e agora só vou executando minhas ações de acordo com o que eu acreditei e guardei no meu conjunto de crenças. Os meus processamentos mentais vão acontecendo se baseando nessas crenças prontas para tomar as decisões e fazer as conclusões convenientes. Ali no conjunto de crenças que eu tenho, já há os 12 pontos dando direcionamento para uma conclusão conveniente. Eu vou agir como um humano funcionando de acordo com a programação mental. Não sou vítima disso. Eu sou humano no funcionamento mental como qualquer outro humano, e convivo com outros humanos que não sabem que são programados.

    Eu como um humano no teatro não há como mudar nada disso. Eu tenho que ficar consciente de como isso acontece.Eu preciso saber como é o funcionamento do teatro em todos os sentidos. E não interferir em nada na intenção de querer melhorar alguma coisa. O teatro já está pronto, e funciona perfeitamente como foi determinado pela programação. Eu não vou melhorar como humano no teatro, eu vou aprender viver no teatro como ele é. Vou me beneficiar do teatro naquilo que me favorece. Vou encenar conforme minha convivência exige, encenar da melhor forma com a ciência que já tenho. Vivenciar as cenas necessárias para transitar confortavelmente no teatro, sem promover atritos desnecessários. O que tem no teatro não me ajuda nem atrapalha pra eu sair do teatro. O meu foco é sair do teatro. Eu uso o teatro para conhecer o teatro, busco saber como o teatro funciona, e conviver dentro dele até meu prazo de validade.

    As dependências que criei em relação às pessoas, relacionamento “amoroso”, relacionamento com os filhos, relacionamentos com familiares, e etc, são de acordo com as crenças que eu tenho. Isso está em mim. Não há como negar os meus apegos. Não vou ver isso como uma coisa ruim, isso é assim e pronto. Por que que eu faço isso? Porque sou humano dentro da programação mental, meu corpo responde a esta programação. Eu não controlo isso. Os resultados que eu tenho hoje em qualquer sentido da minha vida, é por causa das coisas que eu acredito e defendo como minhas verdades. Se eu tenho doenças, foi o acúmulo de energias no meu corpo, e ele transmuta em forma de doenças. Eu não tenho culpa disso, eu tenho ciência que foi de acordo com os meus envolvimentos e comportamentos durante minha vida. Não é bom nem ruim são resultados de atos inconscientes. A maneira como convivo hoje com os demais humanos, também são resultados das crenças e conceitos que eu tenho.

    O fato de eu querer criar o meu céu nesta terra, é para que enquanto eu estiver por aqui, que seja de maneira confortável e alegre junto com quem eu convivo. E não significa perpetuar a minha vida aqui. É um pequeno tempo para vazar daqui. Tenho ciência que se eu tiver intenções de como isso deve que se dar, vou promover o contrário disso. Vou vivendo como um humano, com as ciências que vou assimilando um dia após o uutro, fazendo o melhor que posso.

    Na seara do mental;

    Minhas crenças e meus conceitos é o que dá embasamento, e mais os 12 pontos que antecedem, para o processamento mental acontecer, ele segue uma ordem que são crenças, conceitos, conclusão conveniente, justificativas e dualidade. E o seu resultado é sempre o mesmo, 100% egoísmo 100% desonestidade, 100%, hipocrisia. A dualidade nos doze pontos e o posicionamento de um lado é disponibiliza o outro lado para ser usado. Ou isto ou aquilo. Segue uma lógica que dá a garantia de resultado esperado, já previsto antecipadamente. Dentro de uma noção de tempo com começo meio e fim. Ou antes ou depois. Ou passado ou futuro. Com necessidade de entender para fazer é querer fazer o certo, muitas vezes fico empacada por não entender como fazer. Trago arquivos piscantes que estão sempre de prontidão para me colocar em euforia ou desânimo. Com intenções de realizar algum feito tenho expectativas definidas de resultados pré-determinados. Não dando chance de surpresas. Condicionamentos que limitam minhas ações impondo respostas convenientes. Na espera de compensação, para tudo que faço crio tensões e as vezes frustrações, e também “esperanças”. A postura de ser sempre melhor, superior em relação ao outro. E criação de padrões. Vou descobrindo formas facilitadoras de agir no teatro. Os processamentos mentais acontecem em um raciocínio, pensamento, numa ação quando tenho intenção diante dos acontecimentos cotidianos, nas minhas reações a qualquer situação na minha vida. E nas aceitações quando não há conflitos com meus princípios de vida. As minhas resoluções na vida são baseadas em tudo que eu acredito. Os meus conceitos me norteiam para que eu viva de acordo com minhas referências na sociedade. Os meus relacionamentos, os meus apegos são frutos das minhas formatações que me impus ou adquiri de alguém. Tudo são informações adotadas de fora de mim. E só serve para o teatro.

    Na seara da personalidade;

    Eu vivo de acordo com minhas crenças e conceitos em conveniência. Todas as minhas ações são baseadas no que eu acredito. E o que eu acredito foi adquirido através das formatações que recebi desde a infância e depois mais tarde eu busquei pelas informações que era conveniente pra mim. Os relacionamentos que tenho hoje, eu fui buscando para atender as minhas conveniências e necessidades que eu acreditei que estava de acordo com o que eu viver. Construí uma convivência em um relacionamento “amoroso” , na intenção de ser feliz, como eu tinha intenção de estar com alguém sempre do meu lado, no teatro é assim que funciona, e eu não fugi da regra. Tive filhos porque acreditava que tinha que ser assim, que eu precisava ter filhos. Tenho dependência de viver próximo dos familiares, assim eu aprendi e isso não é bom nem ruim. Eu vivo assim e pronto. A ciência que tenho que a família é uma célula terrorista, é isso mesmo, nós defendemos os nossos com umas e dentes, sempre o nosso, primeiro. No teatro os humanos agem assim. Eu tenho esta ciência. Não vou mudar isto. Não tenho mais as ilusões que isso é nobre. Eu estou no teatro e vou agir como o teatro exige, mas vou sair do teatro, encenando no teatro.

  9. Ana Clara

    MOD 05 – EXERCÍCIO 11 – BURACOS NA PERSONALIDADE 1 – ÁGUA E ÓLEO
    A dependência de alguém que fique ao meu lado por toda a minha vida faz parte da minha formação, formatação, programação e definição de crenças e conceitos ao longo da minha vida, assim como da minha criação de personagens, justificativas, mecanismos de defesa, hábitos e manias, condicionamentos e padrões. Eu não somente aprendi que é impossível ser feliz sozinha, como também me forcei a introduzir essa ideia nos meus personagens para poder crescer, desde a adolescência, com uma companhia ao meu lado. Quando consegui atingir esse objetivo e comecei a ter namorados, eu tinha muito claro para mim que essa necessidade de ter alguém e a própria conquista disso foi algo que eu mesma incluí na minha personalidade – porque, originalmente no início da adolescência, eu não via qualquer necessidade em ter um namorado e não entendia por que tantas amigas, primas e minhas irmãs se colocavam nessa posição de submissão, sofrimento, medo, ciúmes, incertezas e controle. Ao decidir que eu precisava ter pelo menos um namorado para manter minha posição social conforme necessário para o desenvolvimento dos meus personagens, eu fiz a escolha de preencher uma necessidade do teatro – claro, com total inconsciência sobre o que é o teatro e sobre todas as formas de controle e influência que direcionaram essa minha decisão, mas de certa forma com alguma visibilidade sobre minhas escolhas e o desenvolvimento de personagens dentro desse mundo.
    Internamente, os buracos na minha personalidade que vêm dessa necessidade de ter alguém e da sensação de dependência, se estendem na minha vida em diversos ambientes. Tenho a necessidade de compartilhar o que faço, momentos do meu dia, coisas engraçadas que acontecem e ideias interessantes que eu tenho com alguém – e esse alguém pode ser um namorado, um ou mais grupos de amigos, minha mãe ou alguma outra pessoa que apareça na minha vida. Independente da pessoa com quem eu interajo, essa necessidade de ter alguém para compartilhar o que acontece comigo e, também, o que se passa dentro da minha cabeça, é algo que é forte dentro de mim. Inclusive, nesse momento em que tenho um namorado depois de quase dois anos estando solteira, vejo como a minha formatação e a formação da minha personalidade faz com que essa necessidade possa crescer em relação a ele – dentro da minha cabeça, vejo processamentos mentais que me levam à sensação de dependência a ele, como perguntas que surgem na minha cabeça como “se ele não falou comigo até agora, será que ele não se importa?”, “eu já falei algumas vezes com ele hoje, será que preciso esperar ele vir falar comigo para não parecer muito dependente?” e “talvez ele esteja cansado de mim”. Eu vejo esses processamentos mentais se formando e, ao observar, apreender e seguir em frente, eles não modificam o que acontece no meu dia a dia. Então esses processamentos que consigo observar não me afetam e não influenciam minhas ações, decisões e relações, conforme eu posso observá-los, assim como observo a ciência tomada sobre o tema Água e Óleo, minhas programações, formações e necessidades da personalidade. Quanto mais observo, menos esses processamentos têm força e mais fácil fica colocar um ponto no início deles – porque, quanto mais observo, mais entendo sobre meu próprio funcionamento e sei o que esperar de mim mesma.
    Ao mesmo tempo, todos os outros processamentos que não enxergo e as crenças e conceitos que ainda não observei seguem influenciando minha vida de forma inconsciente. Essa influência que ocorre na minha vida direciona os meus caminhos e minhas decisões, gerando intenções e expectativas e, como consequência, trazendo inversão e ilusão. E, nesse caso de relacionamentos dentro do tema Água e Óleo, o fato de eu estar, hoje, dentro um relacionamento, vem dessas programações e formatações sobre a necessidade de ter alguém ao meu lado. Da mesma forma, os grupos de amigos que eu mantenho, as relações constantes e conversas constantes que tenho com eles e as necessidades e dependências que criamos entre nós vêm, em grande parte, de processamentos inconscientes que me mantêm com a sensação de que essas necessidades são reais. Quanto mais me observo, tomo ciência, desenvolvo consciência com o apreender e a auto-observação, mais eu enxergo essas formatações diminuindo suas influências sobre a minha vida.
    Instância mental: conforme eu observo meus processamentos e enxergo como meu mental funciona, eu começo a ver as ilusões que crio para mim mesma a partir desses processamentos. As minhas necessidades em relação a uma companhia, por exemplo, são criadas da mesma forma que crio a necessidade por comer um Mc Donalds após uma festa – o desejo e a necessidade estão na minha base de crenças, estou “acostumada” a chegar automaticamente a essas conclusões convenientes e existem influências externas e controles mentais que me levam automaticamente a essas conclusões. Nesses processos, conforme sigo a programação social de namorar, casar, ter filhos e me aposentar, assim como sigo a programação de sair de uma festa e pensar em um hambúrguer de Mc Donalds e em um copo de Coca Cola gelada, eu estou realizando processamentos mentais automatizados.
    Vejo como meus bancos de crenças e minhas programações e controles influenciam tudo que executo durante a minha vida. Quando falamos de relacionamentos, dentro do teatro nós aprendemos que muitas coisas são “normais”, como a própria necessidade de ter alguém ao lado. E não tendemos a questionar isso, assim como ninguém questiona o quanto é “normal” tomar vacina para uma doença que nunca foi propriamente estudada. Essa programação de aceitação e de seguir a “massa”, ou o que a mídia nos diz que a “massa” está fazendo, influencia enormemente em nossa vulnerabilidade aos processamentos mentais inconscientes ou automatizados.
    Instância da personalidade: na formação da minha personalidade, eu tive e ainda tenho uma enorme influência da minha programação, controles mentais e formatações sociais, a partir das quais “tomei decisões” (sobre as quais, na realidade, eu nunca tive escolha) e segui o caminho que já estava formatado para mim, tanto pela minha família, cidade, sociedade, grupos de amigos, mídia, controles mentais formatações da personalidade. Vejo como minha personalidade foi formada – e são tantas coisas que não consigo enxergar nessa formação; vejo como minhas decisões são tomadas – e são tantas coisas que não consigo enxergar por trás dessas decisões; vejo os caminhos que tomo na minha vida e onde estou hoje – e são tantas influências nesses caminhos que não consigo enxergar. Quando olho para minha formação, minhas escolhas e meus caminhos, vejo o quanto o apreender e a auto-observação são fundamentais inclusive para que eu não me perca nos próprios movimentos da minha cabeça tentando entender como a instância da minha personalidade se relaciona com o tema Água e Óleo e com os buracos da personalidade.

  10. Marilda Etsuko Yoshida
    Marilda Etsuko Yoshida

    Ciência:
    Se não tivesse a pandemia, eu como personalidade persistente estaria procurando o “amor ideal”, mesmo sabendo de conceito de amor. Adoro companhia para conversa e para abraçar e beijar, pro resto mais ou menos. Ainda não achei o ideal de companhia que combinasse comigo. Mas se eu achar nesse mundo, fico com o homem que combinar comigo ou eu combinar com ele, saindo do medo dos vacinados. Eu sei que não posso afirmar nada a respeito se um dia vou achar um não vacinado ideal para sermos namorados pra sempre. Eu gostaria, vendo pelo lado romântico e lindo. Eu sei que não é fácil dividir a casa e a vidas com outra pessoa, já convivi com a família, e já morei com amigas em época de faculdade antiga, agora moro sozinha faz anos, e gosto de viver sem ninguém também, ao menos assim posso deixar a casa como quiser e precisar deixar. O namoro com sexo é uma coisa boa nos meus conceitos, não tenho problema quanto a esse tipo de relacionamento. O meu corpo e a minha personalidade adora o calor de um homem bacana. Embora não tenha achado essa pessoa bacana até agora. Já deu desânimo até pensar em achar. Aí fica no mundo dos sonhos eu conseguir achar essa pessoa bacana. Até hoje achei alguns problemáticos. Acho que atraio o que sou, conclusão conveniente. E como tem gente problemática por aí! Melhor apreender e deixar pra lá numa época de pandemia que quase todos os paqueras já devem estar vacinados, dos meus amigos quase 100% vacinados. E minha família vacinada é ruim, eu concluo com o meu mental, pois adoro eles, e eles estão vacinados. Olhar isso sob a visão de personalidade é triste! Mas olhar ciente de outras coisas, já nem sei se é para eu ficar triste. Não pude evitar que eles escolhessem ser vacinados.
    *
    Seara mental:
    Voltando aos meus ex-paqueras, não volto a ter amizade com eles mais (aos menos a maioria), são água e óleo, mantenho no entanto amigos antigos, hoje totalmente água e óleo depois de vacinados. Tem vacinados com dúvidas das vacinas, mas deixa pra lá. Não sei o que dizer mais de mim em relação a amigos ou família que gosto e que são água e óleo em relação ao que eles creem na religião deles. Não sei mais onde ir sem família ou os amigos água e óleo, acho que é pior que ficar sem namorado, no meu conceito de valorizar família e amigos. Mas agora, deu para sentir ao menos que família e amizade são relacionamentos que nos prendem muito. Namoro também, se eu tivesse me fixado a alguém estaria talvez presa a este alguém. Mental adora conservar e seguir o conceito de valor da familia e de amigos. Eu preciso de pessoas sim, não sou independente de minhas terapias de cuidados físicos, isso inclui a família que foi prestativa comigo sempre que conseguiam ser. Meus pais querem que eu continue a depender de cuidados de alguma irmã. Mas eu não faço questão de depender de ninguém para tudo. Dependo de umas caronas de carro, de afeto eu não dependo, mas tenho afeto, sei que é sentimento mental também. Carona é necessidade corporal, e trata-se de algo que a mente cria a dependência. Sempre criou, sempre andei de ônibus ou táxis. Nunca tive carro, fuga de dirigir carro. Fuga talvez de algo que acho muito complexo pro mental dar conta. Prefiro a complexidade de aprender novas tecnologias para o trabalho. Não estou me avaliando, estou vendo o que prefiro escolher. Qualquer um sem o primário completo dirige um carro. E eu fujo de direção de carros. As escolhas de fuga são mentais, mesmo as emocionais de medo são mentais.
    *
    Seara da personalidade:
    Personalidade de mulher triste: quando penso na família vacinada ainda vem algo triste a respeito de um futuro desagradável. Isso tem me causado mais tristeza do que o resto, que é não ter namorado, que para mim já era costumeiro. Só estava numa briga por décadas por isso. Nada aconteceu de bom de eu achar o namorado ideal, nem estou triste ou alegre por isso.
    Mulher trabalhadora: Para variar, tenho que estudar mais que produzir, afinal, cheguei a conclusão conveniente de que preciso estudar para ser capaz de produzir e oferecer algo acima de meu nível ignorante e inicial, então melhor botar mão na massa e para isso me encorajei em começar cursos práticos para o treinamento de capacidades necessárias a serem adquiridas para agora, para produção de trabalhos atuais.
    Mulher sonhadora: Preocupada mais em produzir para o meu trabalho do que preocupada em realizar meu sonho de achar meu companheiro ideal, neste teatro complexo de pandemia. Não desisti de pensar no namorado, mas considero que está ruim de achar o meu ideal. Enquanto idealizo algo, esse algo não vou achar. Não ando idealizando nada. Só fujo dos homens vacinados, que acho que são quase todos a minha volta.

  11. DIOGO FARIA
    DIOGO FARIA

    Buracos na Personalidade – 1 Água e Óleo

    O exercício e, posteriormente à feedback de ontem me fez constatar que eu tenho sim essa dependência nesse tema água e óleo, em relação a um cônjuge.
    E como falei antes, eu me sabotava dizendo pra mim que eu era “consciente” disso, e hoje já constatei esse ponto.
    Hoje vejo que eu não me “via” sozinho e usava o sexo como justificativa, mas o que ocorre de fato é que eu estava seguindo uma formatação que eu tinha inconscientemente e essa formatação ou crenças que adotei e que estão em mim até hoje, eu seguia sem ver. E agora eu vejo.
    Devido a vida que tive até hoje, não me vejo dependente de parentes (hoje moro longe de todos, e os vejo raramente, e essa distância não me incomoda), amizades, etc, mas o sexo sempre foi o que me moveu, e hoje vejo que a quantidade de energia sexual acumulada em mim, vai definir o tipo de pessoa que eu serei, pois isso altera todos os meus processamentos mentais, e minhas consequentementes conclusões convenientes.
    E vejo essas coisas sobre mim e ponto.

    Buracos na Personalidade – 1 Água e Óleo na Instância Mental:

    No mental esses “buracos” não são percebidos, ou passam a ser tão “normais” e não “incomodam” que perdem a sua “importância” , e o ponto aqui é que eu preciso vê-los e só.
    E eu acabo não vendo o quanto isso trava o meu processo íntimo, pois essa “consciência” faz falta para eu compor a minha consciência plena.
    E em relação a esse tema, eu vejo agora, que eu “gosto” de ter alguém, pela conveniência da convivência, coisas da casa, coisas do dia a dia, e obviamente pelo sexo. E tomo ciência disso e ponto, pois vejo sim que estava confortável com essa conclusão. E não posso ser inconsciente dessa “conformidade”.

    Buracos na Personalidade – 1 Água e Óleo na Instância da Personalidade:

    Nessa instância, a minha personalidade vai lidar com isso me fazendo tomar atitudes que irão reforçar essa minha dependência de alguém. Eu vou viver a minha vida já pressupondo a existência de uma relação. No meu caso, ainda existe uma cobrança do meu pai para que seja dessa forma. Pois quando passei um tempo sozinho, o meu pai sempre dizia que um homem tem que ter uma mulher, e vejo hoje o quanto isso influenciou nas minhas decisões. Os meus pais são casados há 48 anos e existe obviamente essa cobrança em mim, pois já estou no terceiro “casamento” (digo casamento, mas nunca me casei “no papel” com ninguém, apenas “moro junto”)
    E esse é um ponto interessante, pois vejo que não casei com a mãe da minha filha na época pois ainda tinha esperança com a minha “alma gêmea” , depois não casei com a segunda pois “não tinha certeza, e ela queria gastar muito dinheiro” e até agora não casei com essa por que ” estamos priorizando outras coisas e já até compramos um apartamento juntos! E ela quer uma grande festa , e isso é caríssimo” …. Sempre tenho uma desculpa para não casar. E vejo agora que isso ainda é um resquício de tudo o que eu passei, pois sempre me vi casando com a que eu chamei de “amor da minha vida” no outro comentário.
    Nunca tinha visto isso por esse lado até agora. E tomo ciência disso e ponto.

  12. Frida Beniste
    Frida Beniste

    EXERCÍCIO 11- BURACOS NA PERSONALIDADE – ÁGUA E ÓLEO.
    O feedback 10 sobre o tema água e óleo foi muito esclarecedor. O Anthonio trouxe a ciência que eu faço os processamentos mentais já a partir das minhas crenças que foram armazenadas em conveniências. E as crenças que eu aderi e desenvolvi já vieram dos outros também em conveniências. E pela inconsciência eu os faço sem perceber. E a importância de eu ser consciente sobre esta questão. E o feedback também trouxe os esclarecimentos sobre os buracos da minha personalidade quanto ao meu modus operandi formatado desde pequena pelas minhas crenças de dependência pelo outro. E enquanto eu ouvia este feedback eu ia me recordando das reuniões familiares que ocorriam sempre aos domingos na casa da minha vó, e no grupo das mulheres, estas viviam se queixando de seus maridos e após as lamurias sempre vinham as justificativas de que: “Ruim com eles e pior sem eles”. E ouvia outras também. ” Mulher sozinha é folha seca”. ” A mulher solteira é muito mal vista”…., e passei toda a minha infância ouvindo a importância da mulher estar acompanhada de um homem. Na minha primeira separação eu deixei de ser convidada para os eventos sociais pelas amigas casadas. E na época este fato me trouxe muitas dores e sofrimentos. Na segunda separação, eu lidei um pouco melhor com esta questão. Eu já tinha feito psicoterapia há 3 anos e soube lidar melhor. E fui aderindo a novas crenças para me manter ” solteira ” atualmente, como: ” Eu estou bem sozinha”. ” Um relacionamento novo dá muito trabalho, e eu não estou mais com saco de conviver com um parceiro “. ” Eu gosto de dormir à vontade na minha cama”. E complementando a estas crenças eu fui concluindo que estou na menopausa e não sinto mais tesão e nem vontade de fazer sexo. Eu tenho a ciência que tem uma programação inserida no meu DNA sobre o instinto sexual, e esteve presente em mim até a menopausa há 7 anos atrás, com todo o desejo e sozinha eu me masturbava. Hoje eu percebo um afastamento desse tema com as justificativas sobre a menopausa. Eu me lembro de um curso presencial em São Paulo em que o Anthonio me disse: ” O sexo está programado no seu corpo, se alguém te acariciar, você se excita”. Pode até ser…. E como o Anthonio disse no último feedback, “O importante é ser consciente sobre este assunto”.
    INSTÂNCIA MENTAL:
    Tanto antes da menopausa quanto depois, os 25 pontos + 1 dos processamentos mentais sempre estiveram presentes em mim. E hoje no feedback 10 eu tive a ciência que nas crenças eu já faço todo o processamento mental, já armazenada em conveniências. Na dualidade eu sempre vou optar se estou disponível × indisponível para a relação sexual/ afetiva. Na lógica eu sempre vou buscar um sentido de eu entrar ou não numa relação sexual/ afetiva. E é interessante observar que antes dos 12 pontos, já aderi de outros as crenças convenientes sobre este assunto. E essas crenças aderidas na infância tem um peso nos meus processamentos mentais de hoje. No tempo eu busco sempre as experiências do passado e as projeto no futuro nas decisões da relação afetiva/sexual. E em todos os meus entendimentos neste assunto, eu vou concluir para fazer o certo, dentro das minhas conveniência para mim. Eu tenho muitas crenças marcantes sobre a minha vida afetiva/ sexual, tanto no teor positivo quanto no negativo, e todas estas embasam os meus processamentos mentais. Hoje eu intenciono e espero viver sem um parceiro. E fazendo este exercício eu percebo que estou condicionada a estar sozinha e justifico as recompensas dessa minha decisão. Eu me conparo com muitas mulheres ” infelizes” com seus parceiros e me sinto previlegiada por não ter nenhum parceiro me enchendo o saco. E sigo a vida padronizando a minha “solterice”. Hoje eu tenho muitas crenças do assunto afetivo e muitas destas são da infância. E eu percebo que eu as transfiro para a minha mãe em apegos e dependências emocionais. E o conceito filha , muito presente hoje na minha vida. E em todas as minhas conclusões sobre este assunto afetivo/sexual tem 100% de egoísmo (eu viso o que é melhor para mim atualmente). 100% de desonestidade íntima ( eu não enxergo as minhas necessidades afetivas/sexuais) 100% hipocrisia ( eu finjo que não vejo as minhas conveniências). E todas as minhas justificativas são para mante- las. E a dualidade embasando todas as demais etapas nas minhas decisões de continuar sozinha × acompanhada. Em todos os meus raciocínios, pensamentos, ações, reações e aceitaçoes, as minhas conveniências vão sempre predominar e eu não enxergo as minhas autosabotagens.
    INSTÂNCIA PERSONALIDADE:
    Desde pequena eu sempre sonhei com o meu príncipe encantado. E em todos os meus grupos de convivências a minha referência sempre foi o acasalamento. E ficava esperando a minha vez de casar também. Interessante observar que desde pequena eu ia sendo conduzida a seguir estas regras de casar, ter filhos, formar uma família e depois virem os netos. E eu me lembro que já brinquei muito de bonecas de papai, mamãe e filhinho. E quanto aos desejos sexuais, este surgiu ainda na minha infância em que eu sentia vontade de me masturbar. E na adolescência eu dei vazão para este desejo com o meu primeiro namorado. Eu segui a cartilha do casamento. Não tive filhos e hoje separada vivo sem um relacionamento afetivo/sexual. Há 7 anos que eu concluía que era bem resolvida neste quesito e o feedback 10 me troxe uma nova ciência para eu desenvolve- la em consciência. E escrevendo estas linhas eu observo que tenho minhas dependências e apegos.

  13. Berenice

    Não tive ciência sobre buracos na personalidade.
    Instância do Mental:
    Foi bem conveniente meus entendimentos sobre Reversão Humana em relação ao tema água e óleo, não quis ver minha deturpação que abrange outras áreas e me mostra porque não consigo avançar em meu processo íntimo. Os resultados de meus processamentos mentais sempre vão direcionar a minha permanência no teatro. Se não enxergo, se não estou consciente, sou regida e não tenho mais tempo para errar.
    Agora que estou vendo a falta de libido como consequência de evitar meu envolvimento com o teatro, para não interagir. Como minhas expectativas não corresponderam ao que criei, resolvi não jogar argumentando que “não está como eu quero e não vou mais brincar”. Veio a calhar esta teoria científica de perda de hormônio em decorrência da menopausa, serviu como desculpa para me conformar e me acomodar na prisão. Serviu como desculpa até para evitar de interagir com a família pois toda e qualquer cobrança de presença vinda de meus parentes eu argumentava que não me interessava por mais nada.
    Após ter feito as deturpações da ciência tomada através do mental, concluí que estava resolvida na questão de dependência física e emocional. Enterrei a cabeça na areia feito um avestruz sendo que o teatro é onde eu construí todas minha crenças e conceitos, não tem como fugir de mim mesma e nem querer resolver o que agora comecei a enxergar, a única coisa que me cabe é apreender.
    Instância da personalidade:
    Na época que casei era um dilema porque queria ter envolvimento mas não estava disposta a perder minha liberdade, me casei mais para cumprir o papel que a sociedade exige, para me mostrar certa, aceita. Veio o divórcio, por não corresponder conforme minhas crenças e conveniências. Depois disso permaneci no só “ficar” sem querer morar junto, eu acreditava que iria me livrar do lado emocional e aproveitar só o lado físico. Mesmo não estando casada, esta expectativa não foi muito longe, logo me sentia sufocada pelas cobranças de ter que me enquadrar, seguir regras que não estava disposta a cumprir, só queria ganhar, dividir não. Vendo agora na verdade queria fazer do meu jeito, o que corresponde bem o resultado do processamento mental que sempre é 100% hipócrita, 100%desonesto e 100% egoísta.
    Perder a libido pelo lado físico foi muito estranho para mim, também pela minha família e todos que me conheciam, foi uma surpresa geral pois era um dos personagens mais atuantes, até agressiva, pois moralmente era vista como muito saidinha. Nunca tinha imaginado viver este personagem assexuada, que para mim estava relacionado com uma freira que não sentia esta necessidade, no meu entendimento anterior era como estar morta, junto com comer e beber o sexo era considerado por mim o melhor dos prazeres nesta vida.
    Meu teatro está como está porque eu construí ele desde jeito e se está ou não legal é consequência de minhas crenças adquiridas ao longo da minha estada aqui, por conta do meu CreCriCri.

  14. Denise Schmitt Stahelin

    EXERCÍCIO : BURACOS NA PERSONALIDADE 1-TEMA : ÁGUA E ÓLEO
    .
    Ao longo da formação da minha personalidade, recebi crenças e conceitos sobre encontrar alguém para eu não ficar sozinha , ter um apoio , proteção, companhia, formação de uma família, porque no teatro essas crenças são nobres, além de o sexo ser socialmente aceito, na minha época , através do casamento. Quando meu corpo começou a manifestar o desejo sexual, inconscientemente comecei a me interessar por relacionamentos com um rapaz. Os meus conceitos de recato , timidez , vergonha e constrangimento quando percebessem minhas intenções causava-me ansiedade e expectativas de como resolveria isso, quando me sentiria à vontade com um homem de maneira íntima. Eu tinha que confiar na pessoa que se aproximasse de mim, que deveria me respeitar, ser de “família”, ter “boas intenções”, querer um compromisso. Ouvia muito deboche, “tirar onda” com as moças iludidas . Ficava tensa com a possibilidade de brincarem com os meus” sentimentos” , mas não enxergava que eu era seletiva, tinha definido um perfil de rapaz nas minhas conveniências e ignorava quem se interessasse por mim e não correspondesse às minhas preferências.
    Ficava angustiada por não ter desenvoltura e experiência para lidar com essa questão emocional, sentimental, sensorial e comportamental. Tinha anseios e medos. Queria ser superior . Não queria passar vergonha, ter decepções , sofrer . Tive decepções e sofrimentos por crenças de querer conquistar alguém e não ser correspondida. Não queria que a vida a dois fosse só sexo.
    O desenvolvimento da vida profissional e pessoal não foi melhor devido a cabeça estar no mundo da lua , “perdida” em expectativas de concretizar um relacionamento “firme”, um casamento, pois a sociedade, a família, o teatro o exigia para que fosse moral.
    Depois de conhecer o meu marido, convenientemente por crenças espirituais, algum tempo depois , nosso relacionamento já não era o mesmo. Eu me prendia ao relacionamento por compromisso assumido, à vida em família com duas filhas, aos projetos de vida e dependência financeira.
    Hoje, com as ciências tomadas sobre água e óleo, o meu relacionamento com o meu cônjuge se desenrola com as conveniências do teatro. Eu faço o meu papel de esposa , dona-de-casa e companheira.
    .
    NA INSTÂNCIA MENTAL:
    Eu sou um conjunto de mental, personalidade e teatro com programações mentais e físicas, no meu dna.
    Tenho um conjunto de crenças desenvolvidas sobre relacionamento de casal que me colocaram onde estou hoje , de acordo com as minhas conveniências e inconsciências. O que eu percebia como uma ilusão que não me satisfazia mais como pessoa antes de conhecer Reversão Humana, ficou mais evidente depois que tomei ciência dos conteúdos e temas. Raciocinei muitas vezes querendo sair disso, ficar livre desse teatro.
    Pelo mental , raciocino com as minhas crenças deturpadas que me levam sempre para o teatro, um círculo vicioso de querer entender e agir com consequências. Eu não tenho controle de nada no teatro.
    .
    NA INSTÂNCIA DA PERSONALIDADE:
    No teatro , interagindo com pessoas e situações, atuo com os meus personagens e seus conjuntos de crenças e conceitos. O teatro é onde eu estou , seja sozinha ou acompanhada, com o mental que não para de processar. Tenho o meu papel como cônjuge de alguém que não sabe nada sobre o teatro e espera que eu seja de acordo com as suas crenças. Nessa situação , posso lidar com menos afetação, sabendo das formatações a que nos submetemos durante a formação da nossa personalidade e seguimos uma programação para encenar sentimentos, emoções, comportamentos de crenças relativas a casal, tempo de convivência , atribuições de cada um por lógicas e formatos no relacionamento (fidelidade, responsabilidade, proporcionar satisfação sexual, conviver em sociedade).
    Numa condição diferente hoje, no caso o meu processo íntimo , fazendo-me cada vez mais consciente sobre o meu modus operandi e formatações , promove desconfiança e insegurança no meu parceiro que vê isso como um desinteresse da minha parte no relacionamento. Não funciono mais como antes no nosso relacionamento , porém , é interessante enxergar as cenas , os personagens , os dramas , as comédias e se eu quiser, atuar de mentirinha , atender as crenças e conceitos do meu cônjuge e ainda ter satisfação como personagens mulher e amante.

  15. Maria Eunice Soares de Carvalho
    Maria Eunice Soares de Carvalho

    ÁGUA E ÓLEO

    1.0 – Pela formatação recebida já se cria uma dependência, pois desde que nasci já estava ali a minha mãe, para me alimentar e me dar tudo que eu precisava, depois foi me dando as instruções que precisava e formando em mim necessidades que não tinha ou não teria se não me fosse passadas. Durante toda a minha vida sempre tem pessoas para me dizer o que eu devo fazer. Nunca consegui ter uma ciência que tivesse adquirido por minhas próprias experiências. Por isso vai se criando inúmeras dependências. Mas isto faz parte do jogo e do aprisionamento.

    2.0 – Seara Mental –

    São 25 pontos + 1 para me colocar totalmente limitada, mas se não tivesse a formatação ,
    que é a criação das crenças eu ainda seria livre. O teatro cria várias coisas que vou precisar, como vou ter que me comportar, e tem sempre alguém para me dizer que estou errada. Tudo isto servindo de base para os meus processamentos mentais.
    Fui desenvolvendo uma dependência de ter uma pessoa para compartilhar, para me ajudar, isto é tão forte em mim que basta ter uma pessoa por perto, que eu resolvo tudo sozinha, mas se não tiver ninguém é como se eu tivesse engessada, não consigo me mover. Esta pessoa independe do vinculo que tenho com ela.

    3.0 Seara da Personalidade –

    Para mim casamento era a continuidade da vida, o começo de uma nova família, eu tenho a impressão que se eu não tivesse casado, eu não teria conseguido sair de casa para começar uma vida só minha. Apesar de ter saído de casa uma vez, mas foi por motivo de briga com meu pai.
    Minha vida foi estar sempre inconformada, pois estava sempre querendo modificar: ou meu marido, ou meus filhos ou meus irmãos, até chegar na Reversão onde descobri que não posso modificar ninguém, nem a mim mesma, o que posso fazer é apreender o que promove as desconstruções, mas não é por uma intenção. Mas ainda acontece em mim os diálogos mentais onde minhas crenças ficam ensinando o porque as coisas estão erradas, isto acontece até que eu veja e apreenda.
    Saber dos processamentos mentais inconscientes me fez constatar várias situações, onde eu achava que eu tinha superado a situação, pensava que já não estava mais preocupada, mas o corpo dizia o contrário, continuava com medo insegura, exemplo: Quando penso que não estou mais preocupada com a Poliana, pois ela tem que viver o que ela veio viver, que a minha interferência ou preocupação só atrapalha, mas mesmo assim continuou tensa em relação a ela.
    As coisas nos meus relacionamentos (marido, filhos, irmãos e amigos) não deram certo, exatamente por causa das minhas expectativas, eu queria que fosse de uma maneira. Como toda intensão promove uma inversão, acontecia ao contrário.Tenho ciência de que quem provoca o que acontece comigo sou eu mesma.
    Desde pequena que convivo com um sentimento de rejeição, qualquer lembrança minha tem um fato que comprova ou deixa que eu veja que fui rejeitada, exemplo: durante a vida que tive com meus pais em todas reuniões eu não podia dizer ou fazer qualquer coisa que seria castigada. No colégio estava sempre sozinha. Entre meus irmãos eu não me sentia querida, também não me sentia querida entre amigos. Então entrei no casamento com esta percepção a meu respeito e com muita carência.

  16. Jéssica Oliveira

    Buracos na personalidade 1:
    Diante no último feedback eu criei e cristalizei a necessidade de ter alguém, ter um relacionamento afetivo com alguém onde posso ver que essa crença veio de terceiros, da sociedade onde estou, mas também se deu conforme os meus processamentos inconsciências de que primeiro era importante ter alguém para me sentir uma mulher, desejada, segura, suprir minhas carências emocionais e sentimentais, para que eu me avilasse e concluísse que tinha desejos e necessidades iguais a todos, já que em contra partida eu fingia para mim que não tinha vontade, não queria ninguém, estava bem sozinha, não queria ter uma vida igual a todos os humanos, como se fosse possível isso. Essas foram algumas crenças com relação o primeiro momento que experimentei a me relacionar, tiveram outros no decorrer do inicio do namoro com inseguranças não só com relação ao outro, mas a insegurança com relação a mim, em acreditar em mim, a dependência que fui criando no outro por ter medo de vivenciar determinadas coisas por mim. Colocava expectativa na relação com base nas minhas crenças infantis e de adolescência, não era uma jovem que teve muitas experiências sexuais, de afeto com outras pessoas, isso fez com que eu criasse mentalmente uma historia particular de como seria o meu namoro e ao viver isso na prática comecei a tentar buscar, perseguir a minha própria criação, fantasia de uma relação perfeita, romântica, com intenções que o outro fosse como imaginei e idealizei, com essas expectativas, padrões já estabelecidos por mim, e isso foi seguindo ao longo da relação. Tive um pouco desse indelzando, de conveniências com relação ao que criei. Fui acreditando que minha relação era perfeita, que não tinha nenhum problema. Porém, sem querer ver minhas crenças cristalizadas e resistências em me expressar de forma livre, sem medo de ser repreendida ou de gerar atrito (já que criei padrões que o meu relacionamento não deveria ter atrito por ter vivenciado minhas infância inteira os relacionamentos dos meus pais com brigas, tensões e medos), não queria falar sobre o que me incomodava para manter a minha crença conveniente de estava tudo certo, tranquilo a relação. O mesmo se aplicava a questão sexual, as paranoias nessa questão, o medo do toque, de me entregar, a minha crença de infância que adquiri e acreditei, cristalizei que era melhor viver sozinha, já que era menos sofrimento da minha parte, uma coisa que vejo agora é que há uma crença minha de que viver com pessoas gera sofrimentos, por isso sempre quis ficar sozinha, fui me fechando para o teatro e que hoje vejo determinadas situações onde não sei lidar bem com pessoas e com questões do teatro. Eu sempre tentei me esquivar do teatro consequentemente de tudo que engloba ele, pessoas, relacionamentos, coisas, situações.
    Por um período eu fiquei na ilusão de uma relação com base na minha visão de adolescente. Quando cheguei neste trabalho houveram alguns choques de realidades e consequências fui enxergando que a minha relação não era ‘perfeita’ e sim conveniente, não tendo nada de bom ou ruim nisso. Eu fui criando um esteriótipo da minha relação e quando isso foi caindo ao longo do processo intimo, quando o outro foi deixando de fazer algumas coisas que gostava e queria fui me deparando com as crenças que deturpei deste material, de que era melhor estar só, de que estar em um relacionamento não favorece a liberdade e autonomia, eu fui cristalizando entendimentos e me fechando em personalidade no teatro para qualquer possibilidade de liberdade, de autonomia, de viver independente de condicionamentos, intenções, dualidade. Fui criando barreras, conformismo com a minha situação e uma visão deturpada sobre o tema água e óleo, passando a justificar para mim que ter uma relação seria mais difícil me fazer livre ou que ( e esse ou é com base na conveniência) de que estar em um relacionamento não atrapalha processo intimo se cada um fizer por si, se estiver consciente. Ou seja, são justificativas com base em processamentos inconscientes, que não tinha ciência sobre até então e que reverberam no meu modus operandi.
    Instância mental:
    O que relatei até agora não tinha ciência sobre isso até agora. Esse exercício está possibilitando que eu veja como eu tenho processamentos mentias inconsciências, processamentos que nunca enxerguei, porém, que geraram resultados no meu funcionamento,modus operandi, na minha personalidade e como vivo no teatro a partir disso.
    Na infância eu fui adquirindo crenças e conceitos sobre a questão de relacionamento a dois, tendo expectativas e intenções com base no que tive de informações, na adolescência eu passei a desenvolver minhas próprias crenças também e a mudar algumas que adotei quando mais nova, na juventude e vida adulta me vejo com outras crenças sobre isso. E através de cada processamento mental eu fui vivenciando e criando questões em cima de disso, o comportamento mais retraído, funcionamento de dependência, de ficar mais a vontade em determinados momentos, o conformismo, resistências em ver como fiz entendimentos sobre estes assuntos, como me escondi atrás de ” não tenho necessidade sexual ou afetiva”, “não sou igual a todos os humanos, sou especial”. No fundo, eu cristalizei como algo ruim, algo a ser combatido mesmo que de forma sutil através do meu funcionamento em personalidade diante da relação não só pessoal, mais social também.
    Instância da personalidade:
    Em personalidade no relacionamento eu sempre vesti uma personagem mais distante, sem muitos desejos, sem muita entrega na relação, com carências, inseguranças, dependência e manobras para não mostrar um lado menos contido. Como escrevi acima eu fui criando um comportamento para me esconder de mim mesma e assim crer em como eu deveria ser, não como sou realmente. Através do trabalho pude ver começar a enxergar isso. E que todas as vezes que fui pra prática há choques de realidade sobre como eu funciono e sou em personalidade e necessidade de auto preservação fica evidente. Isso ocorre dentro da relação. Fui criando crenças que resultou em processamentos mentais e consequência no modus operandi que fazer teatro é “ruim”. Gerando mais deturpações e falta de ciência e consciência sobre mim, sobre minhas paranoias, hábitos, manias, demências, necessidades e interesses reais em me relacionar ou não. Com justificativas que escondem esse lado de humana que tem uma programação que determina o meu funcionamento, não tendo como fugir, ser diferente, especial. No meu comentário anterior a este está ali exposto o que fui escrevendo aqui com hipocrisia. O fato de não querer que a necessidade de ter relação sexual por exemplo geram teatro e falta de consciência da minha parte, de maturidade até em saber lidar com essas situações quando surgem seja por mim, por querer ter algum prazer neste sentido ou seja pelo outro. O mesmo ocorre quando há a necessidade de me posicionar no teatro, na relação, como a imaturidade recheada de justificativas e crenças convenientes, ou seja, processamentos mentais inconscientes resultam em comportamentos inconscientes e entendimentos, manobras que geram ainda mais inversões, auto aprisionamento. Uma coisa vai amarrando a outra e nunca consegui enxergar como a questão do relaciono a dois vai acarretando em tantas outras coisas e situações da minha vida.

  17. Antonio Carlos
    Antonio Carlos da Silva Bueno

    MOD 05 – EXERCÍCIO 11 – BURACOS NA PERSONALIDADE 1 – ÁGUA E ÓLEO

    Dentro do relacionamento água e óleo no sentido de um casal, recebi muitas formatações de todos os meios existente no teatro/prisão, desde pais, amigos, familiares, meios de comunicação.
    Minha personalidade acaba sendo uma mescla de várias personas com sua próprias crenças e conceitos.
    Tenho uma parte de mim (uma persona) que hoje quer ficar sozinho, porém há outra que recebeu uma crença de que é melhor sempre ter alguém para dividir a vida.
    Há outra que gostaria de ter relacionamentos ocasionais, sem compromissos.
    Todas em conflito por que são personas com crenças e conceitos diferentes.
    Porém todas com algum tipo de dependência, ou sentimental ou sexual ou preventiva ou seja alguém com quem contar em qualquer tipo de necessidade.
    .
    No cenário do mundo mental :
    No mundo mental eu tenho todos os relacionamentos já citados acima, que se sobressaiam as vezes um as vezes outro, porque nesses cenários não há os limites dos conceitos de fidelidade, de moral e as personas estão soltas para que cada uma atenda suas próprias crenças e conceitos.
    .
    No cenário do mundo físico ?
    Aqui prevalece os conceitos e acaba prevalendo um tipo de relacionamento dentro dos padrões ensinados por todo meio em volta.
    Prevalecendo os conceitos de fidelidade, monogonia e responsabilidade por manter um tipo de relacionamento dependente.
    .
    Essa é consciência que tenho de mim observando esses personagens dentro de mim.

  18. Dani Gomes M.

    Ouvindo esse feedback 10, falando no caso do relacionamento da mãe e filho, eu ouvi a partir do relacionamento com meu cônjuge, de como a minha teoria (deturpada, limitada) em grande parte das minhas interações e convívio com ele está ali embasando um monte de processamentos mentais que eu não vejo, com várias crenças convenientes prontinhas e gerando resultados de tensão, de incomodo ou conflito. Vejo que é nesse ponto que eu por vezes entro no labirinto mental tentando entender. Olhando a partir dessa perspectiva, eu não tenho a menor dúvida que todos os incômodos, os dramas, as tensões no meu namoro e casamento são, antes de tudo, entendimentos meus, fruto das minhas crenças e conceitos atreladas a questões de relacionamento entre um homem e uma mulher.

    Quando no dia a dia eu não apreendo as pessoas, as situações, o outro com quem eu convivo, inevitavelmente que o modo como eu me relaciono com ele é a partir do modus operandi mental inconsciente. Mesmo sabendo que ele não tem um processo íntimo, por minhas conveniências eu quero que ele perceba como eu e com isso, tudo que eu crio são situações desnecessárias no teatro. Eu sei que isso não significa eu concordar com o outro em tudo só porque ele não sabe o que eu sei, o que importa é eu atuar consciente. Ao olhar para o meu relacionamento, seja nas situações mais recentes ou lá no início do relacionamento, eu constato que a principal prova que eu não segui as orientações de apreender e me coloquei vulnerável por processamentos mentais inconscientes é que eu vejo claramente que em cada situação, tudo que eu falei, pensei ou fiz tinha ali expectativas, intenções, egoísmo, hipocrisia e desonestidade íntima garantindo a minha conveniência de querer dar a última palavra, de achar que eu estava certa por ver o que ele não via.

    Como eu relatei no exercício anterior, mesmo tendo passado a adolescência inteira até por volta dos meus 25 anos escondida atrás da minha falsa segurança de que eu não precisava de ninguém, dizendo da boca para fora que eu não queria viver drama de novela mexicana, simultaneamente eu justificava que não estava fechada caso aparecesse alguém. E foi o que aconteceu quando conheci o meu marido. Vejo o buraco de não ter tido outras experiências de me relacionar fora essa. Já teve momentos que eu avaliei que isso era bom e teve momentos que avaliei que isso era ruim. Hoje eu vejo como uma situação, é assim que ocorreu e é nessa situação que estou. Vejo que não ter experimentado relacionamentos em outros momentos me fez e ainda faz funcionar nesse meu relacionamento atual com suposições, ou seja: eu acho que falar ou fazer tal coisa para um homem é legal, com base nas informações armazenadas que tenho das crenças de outras pessoas, seja numa novela, de um parente, de um livro ou filme. Por outro lado, eu sei também que outras experiências também faz-se uso de referências, mesmo sendo de vivências minhas, ainda assim isso limita a possibilidade de viver o novo em um relacionamento.

    Até viver um relacionamento íntimo a dois eu não sabia do que eu gosto, como também criei coisas que gosto a partir do relacionamento. Sendo solteira e sem amigos íntimos, só colegas superficiais, eu sempre me diverti sozinha, comprava coisas para comer sozinha, assistia filmes sozinha no meu quarto. Eu dizia para mim mesma que estava bem assim, mas ao ver casais eu tinha curiosidade de experimentar curtir momentos juntos com alguém, além da própria necessidade física do corpo. Quando comecei a namorar, eu não percebi na época, mas hoje vejo o quanto criei dependências a partir de todas as experiências novas que vivi, muito melhores (mais convenientes) do que eu já tinha imaginado: adorei ter alguém para jogar conversa fora, alguém para trocar carinhos, para passear em qualquer lugar ou até mesmo para ficar em silêncio junto. Eu acreditei, criei e cristalizei que estava vivendo o melhor momento da minha vida, me descobrindo como mulher e quando estava distante, reproduzia todo o enredo de novela mexicana, chorando de saudade. Inconscientemente eu concluí no entusiasno de “é isso! Não posso perder isso!”, o que me levou ao próximo passo de um relacionamento: ir morar junto, me casar. Casar foi para o teatro e eu encenei bem consciente e conveniente esse papel para os meus pais.

    É muito interessante olhar para isso agora, de todas as crenças que eu criei ao redor do meu relacionamento com base nas minhas deturpações de consumo do material de RH, eu achando que estava ali fazendo tudo bem consciente, que tudo “fluiu”. E a prática da convivência mostrou bem minha autossabotagem, pois tiveram vários momentos de tensão, incomodo que eu não queria ver na época, mas simplesmente era o resultado do meu modus operandi mental. No relacionamento com o cônjuge, eu por vezes me “assusto” com a minha teimosia, egoísmo mesmo de querer do meu jeito, no meu tempo, ou seja, eu funcionando com processamentos mentais, com minhas crenças deturpadas que desenvolvi consumindo o material com o mental, no sentido mesmo de me achar superior. Hoje eu vejo, antes fingia que não via, e agora estou num ponto de só olhar, porque o fato de assustar mostra eu ali me julgando, ou seja, mais processamentos mentais.

    Agora essas ilusões que eu criei ficam bem mais evidentes, que os meus incômodos não é com relação ao outro, mas com o que eu espero dele com base nas minhas crenças de relacionamento íntimo. Por minhas crenças e conceitos, de reciprocidade, de fidelidade, de querer agradar (esperando o mesmo em troca) eu me vejo criando problema em falar um não, até mesmo nas questões sexuais, de não querer parecer fria ou não ter a intenção de querer evitar algo que eu vejo como ruim para o meu processo íntimo. Eu noto pensamentos, raciocínios do tipo “será que eu estou sendo muito fria?”, “ele está diferente hoje, talvez eu tenha feito algo que não percebi”. Quando vejo isso acontecendo e não sigo tentando entender, colocando o ponto ali, aquilo acaba ali não por uma intenção, mas não reverbera no meu modus operandi e processo íntimo, como sempre aconteceu quando embarco nos meus processamentos mentais.

    Assim como quanto mais eu observo, no caso aqui, sobre água e óleo, como o próprio feedback 10 reforçou, mais fica claro que o que eu não sei sobre mim, o que eu perco a oportunidade de constatar, está ali na maior parte dos processamentos mentais que eu não vejo, que ocorrem inconscientemente e determinam meu modus operandi, como no caso de eu estar hoje num relacionamento mostra que fui movida pelas formatações, minhas crenças e conceitos inconscientes de dependência de ter alguém do meu lado, que é “melhor”. Ao olhar para as minhas formatações, minhas decisões e caminhos que fiz relacionados ao tema água e óleo ao longo da minha vida, seja inconscientemente antes desse trabalho, seja a partir das ciências desse trabalho, fica bem claro que apreender é essencial para saber mais sobre mim e isso inclui me fazer ciente e consciente sobre os buracos da minha personalidade.

    .
    – Na instância MENTAL:

    Os processamentos mentais não percebidos que ocorrem na minha relação é o que mantém as coisas tensas e prejudicam. Eu querendo que as coisas se desenrolem conforme os meus entendimentos, minhas deturpações. Observo como as informações que eu acumulei ao longo da vida sobre os relacionamentos ficaram armazenadas em meu mental como algo normal, até mesmo natural. Com dualidade, mesmo sem saber da dualidade na época, eu olhava para os relacionamentos como extremos: ou eu me submetia ao modelo de relacionamento padrão que eu criticava ou eu me mantinha “solteirona”, tudo sob o aspecto negativo que eu tentava fugir me dando as mais diversas justificativas tentando evitar essas opções. Com base nessas crenças eu me fechei para qualquer possibilidade de relacionamento por um longo tempo, inclusive evitando me expor no teatro. E fiz inúmeros processamentos mentais com todos os 25 pontos + 1, além das próprias crenças já adotadas e convenientes.

    Antes de ter um relacionamento, eu vejo que as necessidades, as dependências de relacionamentos eram de crenças e conceitos adotados a partir da vivencia de terceiros. Essas informações (crenças) embasaram meus processamentos mentais quando ficava pensando, imaginando como seria ter um namorado. E quando comecei a ter eu mesma a experiência de namorar, em cima das crenças e conceitos convenientes eu coloquei minhas próprias conveniências e deturpei ainda mais, acreditando, criando e cristalizando minha própria versão do relacionamento ideal.

    Eu vejo que minha programação mental, através da grande maioria de processamentos mentais que eu nem me dou conta, traz vários “achismos” do que fazer ou não no meu relacionamento. Foram inúmeras vezes que eu concluí que deveria ou que não deveria sair do meu relacionamento atual, sempre analisando com processamentos mentais, com 12 pontos já incutidos e garantindo minha conclusão conveniente no final. Ora fazendo autoavaliação de que meu cônjuge atrapalha, ora fazendo autoavaliação que não atrapalha e o resultado sempre o mesmo: um emaranhado de processamentos mentais, correndo atrás do meu próprio rabo, criando problemas e tensões para mim mesma e também para ele. Olhar para água e óleo na instancia o mental hoje me permite constatar que o que eu sempre tive como um relacionamento perfeito, na verdade é sinônimo de conveniência. Eu já tinha chegado nesse ponto antes, de ver isso, mas ao não apreender, eu dei peso negativo a palavra conveniência e tentei fazer algo com isso. Vejo que algo que sempre embasou meus processamentos mentais foi o entendimento de que estar junto é o mesmo que depender. O resultado foi conformismo no teatro, intenção que gerou inversão.

    .
    -Na instância da PERSONALIDADE:

    Eu, como cada humano, tenho um padrão de formatação da minha personalidade, que não importa o quanto eu tenha negado e tentado fingir que não era comigo, inconscientemente eu busquei ser uma mulher desejada, merecer carinho, ser protegida e cuidada. Pela personalidade, além de desenvolver os meus personagens, eu também idealizei o personagem de homem ideal, construindo as características ideais para mim e para o outro num relacionamento íntimo. A partir dessas crenças e conceitos eu fugi de viver esse personagem de namorada/esposa no “mundo real” por muito tempo, e paralelamente o vivi no mundo imaginário, através dos cenários perfeitos que eu criava com meus processamentos mentais bem mais livres ainda só na minha cabeça. Ao trazer essas crenças e conceitos para minha experiência na prática, em personalidade eu quis ser coerente, atuar conforme o que eu idealizei e quis também controlar, manobrar para o que o meu parceiro agisse do jeito das minhas conveniências. E claro que o resultado foi muito mais teatro inconsciente, com emoções e sentimentalismos.

    Hoje, me permitindo olhar para o meu personagem de cônjuge sem dualidade, vejo o quanto o meu corpo físico mudou, meu jeito de me vestir, andar mudou a partir do momento em que eu me vi ser desejada por alguém, assim como eu também desejando o outro. E observar que eu nunca tive controle sobre isso também, mas que por minhas crenças e conceitos eu sempre fazia avaliações, resultando em ficar com vergonha. Estou experimentando olhar para o meu relacionamento a partir do apreender e isso me coloca num lugar de constatar que nada é proibido em meu processo íntimo, posso estar e fazer o que eu quiser. Não significa usar isso como justificativa para me manter ou cair fora dos relacionamentos, mas estar ciente, apreendendo sobre mim, saindo da ignorância do automatismo mental que me levou e leva a sempre tentar manobrar e controlar minha vida, meus personagens, impedindo que se desenrole a vida, que flua. Quando eu apreendo, minhas crenças e conceitos convenientes “nublam” cada vez menos minhas experiências, me permite cada vez mais enxergar como eu funciono nesse quesito água e óleo. Estar nesse momento comigo mesma, tem permitido estar com o outro de outra forma, com cada vez menos expectativas, curtindo o presente.

  19. Kelly Artuzo

    BURACOS NA PERSONALIDADE – TEMA: ÁGUA E ÓLEO
    .
    CIÊNCIA/CONSCIÊNCIA
    Eu me vejo depositando expectativas a respeito dos relacionamentos que tenho com os outros, o que o outro fala ou faz, aquilo que eu espero deles, as crenças que norteiam cada tipo de relação, tudo gera reações em mim, seja de desaprovação, descontentamento, raiva … assim como quando o outro corresponde ao que eu espero, eu fico feliz e aprovo.
    Eu espero assim porque eu nutro esses relacionamentos em minha vida, eles fazem parte das minhas criações dentro do teatro, eu acredito neles e cada vez que me envolvo, reajo, espero … eu alimento o meu teatro, alimento as minhas criações, com problemas, satisfações, medos, lamentos, comemorações …
    Isso acontece em diversos níveis de relacionamentos, desde com pessoas sem muita importância em minha vida, com os colegas de trabalho, alunos, assim como aqueles que são figuras mais importantes em minha vida, como meu esposo, minha mãe e meu irmão.
    E apesar do teatro pedir que eu tenha minhas crenças e conceitos para que eu possa me envolver com as pessoas, diante do que foi dito no feedback sobre os processamentos que se dão sem que eu os veja, ou seja, os buracos na personalidade, isso gera essas dependências, mesmo em relacionamentos comuns.
    Em meu trabalho eu vejo que eu gosto de me relacionar bem, me dar bem com as pessoas, claro que não da mesma forma de antes, interajo apenas o necessário, mas essa necessidade está lá sim, vejo isso agora. E tudo bem, vejo isso também em outros tipos de relacionamento, cada personagem tem a sua necessidade de atender o que eu acredito e oq eu os outros acreditam que possa ser uma boa amiga, colega de trabalho, filha, esposa …
    Um desses relacionamentos é o que eu nutro com o personagem de filha. Nesse papel de filha é satisfatório pra mim me ver dessa forma, me colocar como boa filha. Eu me vejo sempre comentando aqui nos exercícios e em casa com meu marido o como o meu relacionamento com minha mãe mudou muito, tínhamos muitos conflitos e hoje “quase” não acontece. É nesse quase que estou olhando agora, alguns dias atrás eu me vi numa situação dessa, tive depois de muito tempo um conflito com minha mãe e sem que me desse conta eu já havia desencadeado a situação. Eu realmente não estava ali naquele momento consciente, deixei me levar por crenças que eu acreditava que já estavam resolvidas, era exatamente os mesmos “problemas” que eu criei no passado, mas diante disso, ficou claro que não, eles estavam ali guardados e foram acionados diante uma situação parecida do passado.
    O que vejo nessa ocasião é como o papel de filha está presente em mim, existe nesse relacionamento crenças da filha, emoções da filha, expectativas, medos, desejos … coisas que até então eu não tinha visto.
    Isso também acontece com outros relacionamentos, existe em mim necessidades e intenções neles, que u não vejo, que eu ainda nutro, que direcionam minhas reações quando estou diante disso.
    .
    INSTÂNCIA MENTAL
    Via mental eu acredito que as situações de relacionamento em minha vida estão claras pra mim. Depois do trabalho de RH eu realmente vejo os meus relacionamentos de uma outra forma, saber de mim, saber cada detalhe das coisas que eu gosto, que me deixam felizes ou tristes, que eu aprovo ou desaprovo, que eu quero perto ou longe de mim … saber disso mudou completamente como eu lido com isso.
    Não é por acaso que espontaneamente muitos dos meus relacionamentos foram desfeitos e os que ainda tenho, principalmente por conta do trabalho, acontecem de forma bem mais leve.
    Como relatei anteriormente, foi assim que também, de forma espontânea, o meu relacionamento com minha mãe e irmão mudaram. Até antes desse exercício, acreditava que eu estava consciente dessa relação, mas olhando agora, eu vejo como ainda tenho reações inconscientes de coisas que eu acreditava estarem desconstruídas, tenho inseguranças, reclamo de atitudes deles, crio expectativas desse relacionamento … enfim, existe aí processamentos que eu não me dou conta, que ainda me regem dentro de algumas situações.
    Os meus condicionamentos estão presentes nessas reações e intenções, e muitas vezes provocam reações físicas em mim que eu não controlo, quando me dou conta, eu já estou imersa na cena do teatro de forma inconsciente. Foi exatamente isso que relatei que aconteceu uns dias atrás. Depois da reação e do que ela provocou, eu consegui retomar minha consciência sobre o que estava acontecendo e consegui contornar a situação, inclusive, essa retomada da auto-observação, não abriu brecha para autojulgamento depois.
    Nesse mesmo tipo de funcionamento, eu me vejo reagindo com meu marido. Existem coisas e situações muito corriqueiras que ainda me tiram do prumo, eu me irrito, me decepciono porque espero determinadas coisas dele, tenho expectativas, inconformismos … E por mais que eu saiba e me diga intimamente que não quero interferir, as vezes interfiro, mesmo quando não digo nada, eu interfiro em pensamentos, lamentos, críticas, julgamentos e expectativas. O funcionamento automático nessas horas quem entrar e fazer o papel de esposa, quer interferir e ajudar.
    .
    INSTÂNCIA PERSONALIDADE
    Eu represento meus personagens e sigo alguns scripts da minha formatação e do que o teatro pede. Por mais que eu consiga me enxergar vestindo esses personagens, o que vejo é que cada um deles traz suas necessidades de ser e agir de acordo com as crenças que eu tenho sobre o que é ser uma amiga, uma filha, uma irmão, uma esposa …
    Sem que eu perceba, eu coloco em minhas interações no teatro, essas características que eu tenho como certas, boas, ideais, pertinentes …
    É assim que me vejo no personagem filha, por mais que eu diga que esse relacionamento foi desconstruído ao longo desse tempo com o material, existe em mim como se um instinto de continuar sendo a filha, de assumir um lugar nesse relacionamento, suprir as vontades e expectativas da minha mãe, atender aos desejos dela … Eu nunca enxerguei, olhando pra isso nesse momento, eu vejo que muito do que eu troco com ela é seguindo essas necessidades, que eu pra mim relato como estar servindo as necessidades dela, mas na realidade, estou atendendo as minhas conveniências, afinal ser essa filha, me satisfaz. Atender as minhas necessidades de cumprir esse papel de filha, me deixa também vulnerável, pois da mesma forma que eu tenho essa necessidade de ser uma boa filha, do outro lado, eu acabo nutrindo a expectativa que ela seja também uma boa mãe. E foi exatamente isso que desencadeou o desentendimento que tivemos.
    Assim eu me vejo no papel de esposa, por mais que não tenhamos essa necessidade e cobrança de vestir esse papel, por mais que sejamos muito mais livres quando estamos juntos, existe também essa programação, eu quero sim ser uma boa esposa e companheira, quero sim atender as necessidades dele, assim como as minhas. Isso fica muito evidente quando converso com terceiros, quando conto como cuido das coisas dele, as coisas que cumpro como esposa em casa, as minhas preocupações.
    Dessa forma, quando digo que me sinto tranquila em estar sozinha, sei que essa fala é de alguém que se encontra na segurança de estar com alguém, principalmente com alguém que fala a minha língua, nutre os mesmos interesses e prioridades … A realidade é que me sinto segura e confortável estando com alguém, tenho minhas expectativas em torno desse relacionamento e sei que estou bem, satisfeita porque de uma forma geral ele atende as minhas conveniências. Por mais que exista entre nós algo maior do que um simples relacionamento de um casal, o relacionamento do casal, ao relacionamento do casal em si está ali presente o tempo todo, nos momentos íntimos, nas discussões, nos planos que fazemos juntos, na cumplicidade entre nós, no companheirismo, na confiança …
    O personagem de “dona” dos meus animais é outro relacionamento que vejo como muito ligado ao fato de que eu não tive filhos e, como eu transferia essa necessidade de cumprir o papel de mãe com os meus gatos. Isso já mudou muito ao longo do tempo de trabalho, passei um tempo me culpando, outro tentando ignorar a presença deles em minha vida, e por fim, hoje eu lido bem com isso, eu os vejo com outros olhos, mas sei que existe ainda um “sentir” que cultivo nessa relação em particular com eles, não teria outros animais.

  20. Maria Cecília Schmidt de Oliveira
    Maria Cecília Schmidt de Oliveira

    Nestes últimos 2 dias mergulhei num buraco da minha personalidade, agindo, pensando, reagindo em círculos, tentando resolver uma situação. Este meu buraco ficou evidente e minha inconsciência sobre vários pontos relacionados com água e óleo. No papel de mãe e expandindo, na relação com homens.
    Água e óleo como mãe-filha. Chegou a mim uma situação importante. Vi os resultados dos meus processamentos no meu modus operandi, fiquei tensa, preocupada, sem chão, tentando disfarçar para mim mesma o que estava acontecendo, indo e voltando dentro do meu labirinto, sentindo no corpo o resultado dos processamentos e sem colocar o ponto ou apreender me afundei nas tentativas de achar uma solução que ia em direção ao que eu esperava, que estava de acordo com minhas conveniências.
    A base para estes milhares de processamentos foram as crenças convenientes que estão armazenadas em mim, crenças que desenvolvi a partir das ciências tomadas do site 320 mil anos e do material de RH. Funcionando com o mental estas crenças convenientes estão presentes e eu criei uma forma de como se devo ser enquanto mãe e como se deve lidar com minha filha.
    Ao fazer estas tentativas de lidar bem eu estava querendo preservar várias estruturas, conceitos e crenças relacionados a água e óleo. O fazer certo, o não errar, cuidar e ajudar sempre, salvar e manter tudo de acordo com o que eu quero, manter minha imagem de boa mãe, não manchar minha imagem, não deixar o outro se decepcionar comigo, manter todos os vínculos. Estas crenças estão enraizadas em mim e presentes, eu vendo ou não no meu modus operandi.
    O que foi acontecendo ao longo do dia foi eu me afastar de tudo e de todos, eu me isolar dentro dos meus processamentos, cega para qualquer interação, cega para qualquer coisa que estivesse fora daquilo que eu estava insistindo em processar.
    À medida que me afundava nos processamentos eu também me via tentando disfarçar para mim mesma o meu desconforto. Eram várias crenças que eu precisava satisfazer, resolver a situação, criar e projetar uma possível solução e jogar essa solução para minha filha, manter as relações com as pessoas que estavam comigo, disfarçar para mim e não deixar a peteca cair.
    Nesta situação eu fui atraindo, como um imã, outras situações de água e óleo, estas em relação a outros membros da família, a situação da minha mãe e irmãs, que estava quieta apareceu com tudo, ou seja, eu me meti em água e óleo, com processamentos semelhantes em cenários diferentes.
    Na situação com minha filha e com irmãs e mãe eu agi, reagi, fiquei cega processando e usando as crenças que desenvolvi com o material, entendidas do meu jeito, boas ou ruins, usadas do meu jeito para obter o resultado que eu queria. Mesmo com um ambiente em torno que me puxava para fora destes processamentos eu fiquei lá.
    Escutando o feedback do EXERCÍCIO 10 “tudo isso você faz e não percebe” vi que estava já há algum tempo com este tema dentro de mim, processando, piorando minha situação, o tema da dependência e manutenção nas relações. Eu estava tentando esconder de mim, fugir dele, e antes de ontem ele veio claro numa situação.
    A minha dependência estava ali, a necessidade de querer ser sempre vista de uma boa maneira, a dependência de não decepcionar, não me colocar de maneira que o outro possa não me entender, de manter sempre as aparências, de preservar a minha boa imagem. Essa dependência eu vi nas duas situações que descrevi: com minha filha e com irmãs e mãe, mas posso ampliar para outras relações que já vivi com homens.
    Quando hoje digo que não quero um companheiro o que está por trás é a dependência, não quero da maneira que sempre tive, um dependendo do outro, com conflitos gerados, insegurança, medo.
    No EXERCÍCIO 10 falei da minha dependência em relação aos homens, neste da minha dependência em outras relações.
    Hoje estou vendo mais um pouco este buraco em relação ao homem, não vivi uma relação de liberdade, onde haja liberdade e autonomia entre mim e o outro e na relação.
    .
    Seara mental
    As minhas crenças convenientes de dependência, necessidade de afeto, de carinho, controle, apego, ciúmes embasavam os meus raciocínios e pensamentos em relação a relacionamentos. Eu estruturei o que sei e como ajo com base nestas crenças cristalizadas, muitas inconscientes e o resultado me joga para a repetição no modus operandi que cria insegurança, medo, tensão e para o teatro. Não experimentei, na prática uma relação com liberdade onde cada um vive a sua vida, onde não há controle, medo, insegurança.
    Os conceitos e crenças que estão em mim, que eu cristalizei receberam um reforço com os meus entendimentos do material. Usei para me relacionar no teatro estas crenças e assim criei meu personagem “ser mãe” , “mulher”, “namorada”, “esposa”. Como mãe lidei com uma situação de uma das minhas filhas (estes últimos 2 dias) da melhor forma possível dentro da minha conveniência, e a partir do meu entendimento, ou seja, dos processamentos mentais repetidos, me deixei levar pela auto enganação e fingi que não vi a situação, fugi de lidar diretamente com a situação, fui me enganado e criei um final feliz. Assim fiz também com relacionamentos com namorados e no casamento. Criei e projetei um caminho para um final que estivesse dentro das minhas conveniências em conformidade com o que queria, cheio de intenções e expectativas.
    Com estes pensamentos e raciocínios entrei no labirinto mental, me envolvi. Eu criei uma forma de colocar a teoria do material, imaginar e projetar um caminho, criar uma solução, jogar e envolver minha filha nesta solução. Com os 12 pontos que antecedem o processamento mental, seguidos das 5 etapas as conclusões que eu cheguei eram todas distorcidas para que convenientemente se encaixassem nos meu 100% egoísmo, hipocrisia e desonestidade íntima. Processando e complicando a situação, cega para o que está acontecendo e sem consciência o resultado foi tensão, medo, insegurança, desorganização tudo que está sempre presente quando uso o mental. Tudo que está na programação e acontece nos processamentos.
    Este modelo de pensar e agir eu repliquei para várias situações.
    Em relação a relacionamentos com homens as minhas experiências estavam sempre ligadas a satisfazer as minhas necessidades, de afeto, de carinho, de troca, de sexo. Ou seja, satisfação pessoal, cheia de projeções e necessidades criadas. Criei e desenvolvi crenças de como devo ser no relacionamento e como o outo deve ser. Parecido com o que descrevi acima eu projetava, idealizava soluções convenientes para todos os problemas e impunha ao outro o que eu queria. As relações eram um emaranhado de sentimentos e conflitos e dependências, então me ver sem um relacionamento, é me ver sem estes conflitos. Eu vulnerável e criando teatro.
    Com este exercício estou tendo ciência de que estou repetindo a vulnerabilidade mental nos relacionamentos.

    .
    Seara da personalidade
    Eu hoje falo que estou bem sem um relacionamento, que não me faz falta, que agora não preciso. Desenvolvi várias justificativas para isso: já experimentei, já fui casada, estou bem sozinha etc. Mas o que vi com o exercício 10 e com este é que eu tenho necessidades de me relacionar e de manter relacionamentos que estou escondendo.
    As minhas referências de relacionamentos são pesadas, cheios de deveres e concessões, de tentativas e erros, de conflito e reconciliações. Quando digo que estou bem sem um relacionamento, é que estou bem sem este tipo de relacionamento que crio.
    As necessidades no campo sexual ou relacional estão paradas na minha vida, da mesma maneira que não quis olhar para a situação da minha filha, eu não quero olhar para esta. Com um comportamento de não mexer no que está bom. Na verdade, em conformidade com o que eu não quero voltar a ter que são relacionamentos conflituosos.
    Em personalidade tenho medo de experimentar o novo, repito o velho que me deixa vulnerável, me conformo com as justificativas e mantenho esta situação. É o que vi a partir deste exercício.

  21. Felipe Resemini
    Felipe Resemini

    MOD 06 – EXERCÍCIO 11

    O que eu construí ao longo da vida determina o que eu sou e vivo hoje. Dentro do tema água e óleo com relação a um cônjuge, eu sei de mim que eu gosto de ter uma vida a dois, ter alguém para me relacionar e conviver mais intimamente. Eu tenho uma programação que determina a necessidade de responder ao o instinto sexual e isso é o principal motivo do relacionamento. Nunca fui adepto a um relacionamento aberto, ou ter casos fora do relacionamento. Sei que esse negócio de fidelidade é uma falsidade, mas desde cedo descobri que meus relacionamentos só engrenam, também na parte sexual, se eu tiver estabelecido com a parceira um certo vínculo de confiança, de proximidade e liberdade para ser eu mesmo. Não é com qualquer pessoa que eu consigo ter um namoro, ou um envolvimento simples e precoce que for. Antes de eu me relacionar e ter uma intimidade maior, eu, sem que eu queira, preciso ter uma intimidade maior com a pessoa, e me acostumar com ela. Pode ser estranho, mas todos meus relacionamentos que progrediram, eu necessitei conhecer bem a pessoa, e estabelecer confiança e cumplicidade para ter algo mais íntimo. Hoje, não sei como isso está, pois não tive oportunidade, e não procuro algo casual, ou diferente. Como falado no feedback anterior, não me vejo conformado e fechado para oportunidades de relacionamento, seja lá como for, mas meu jeito de ser, não favorece tais oportunidades. Se algo aparecer, não sei como vou lidar, mas pode ser interessante para mim, como observador, saber como vou reagir. Eu, como quem tem um relacionamento “marido e mulher”, não consigo antever, mas certamente que haverá receio pelo outro, minha esposa.
    Eu estou satisfeito com meu relacionamento. Em PROCESSO ÍNTIMO, vi muitos entraves meu com relação a minha cônjuge, os quais ficava preso por medo de me manifestar e demonstrar o que sou de verdade, minhas vontades e preferencias. Ficava na defensiva, preocupado com o que ela iria pensar se eu fizesse isso ou aquilo. Lhe atribuindo coisas que passavam longe dela, e que não deixava que muitas coisas se desenrolassem dentro do nosso relacionamento. Eu me prendia e prendia ela também. Isso causa confusão dentro do casal, além de eu nunca ser eu de verdade. Tivemos vários momentos em que “viramos a chave” e nos resolvemos em vários aspectos que empatavam nossa alegria de se relacionar. Como? Expondo a personalidade, saído da vergonha e do pudor, deixando de lado os medos e receios atribuídos ao que o outro vai pensar, se vai se incomodar. Falar é bom, por pra fora tudo que está travando a minha liberdade dentro do relacionamento. Quando olhei para o que eu criava e mantinha, por medo e receio, tive que dar o passo, eu quis dar o passo e ver o que ia acontecer. Quando vejo que nada acontece, ou melhor, que tudo se resolve, comecei a me soltar mais. “Olha, esse sou eu”! É como se dar uma liberdade, sem intenção de nada. Simplesmente ser eu. Como ela era minha esposa e eu queria estar com ela, eu achava que ela gostava de que eu fosse de uma maneira, e fazia este papel. Me prendia e me privava, porque achava que ela gostasse que eu fosse daquela maneira. Mas aquele não era o verdadeiro eu.
    Um dia, eu tive que falar tudo. Despejei tudo que eu gostava, ou não, dentro de um relacionamento. Isso fez tão bem pra mim, porque a partir daquele momento eu não precisava mais me esconder, eu tinha me mostrado inteiramente para ela, pelo menos o que eu sabia. E a minha cônjuge, soube lidar muito bem com isso, e comigo mais leve e solto para ser o que eu sou, favoreceu ela também, ela se sente bem mais à vontade também. O que eu atribuía a ela, prendia a mim e a ela também, e quanta coisa deixamos de viver por suposições. E isso é com amizades, vizinhos, parceiros, colegas. Fico lhes atribuindo suposições, coisas que crio e por isso me afasto, crio barreiras, assim como fiz com a minha esposa. As impressões que tenho sobre uma pessoa e o como ela me vê, são muitas vezes mentira, e através delas me relaciono, e isso trava, na maioria das vezes. Não me deixa aproximar e a outra pessoa se aproximar também.
    Em MODUS OPERANDI, eu tenho que olhar para isso que eu faço, e comigo, eu quero ao contrário, não gosto que me atribuam crenças, que criem algo de mim e se afastem de mim por suas criações. Hoje, onde moro, é maravilhoso, mas sei que é necessário e sinto muito vontade de me aproximar das pessoas que estão aqui. E se vamos ficar supondo coisas um do outro, ter vergonhas e receios, vamos fazer o oposto, nos afastar, e não é isso.
    Com minha esposa, estou vivendo num universo diferente hoje, creio que tem haver com todas as mudanças que fiz na minha vida recentemente, com meu processo íntimo e com o que tem que se desenrolar pra gente dentro do nosso propósito e sentido de nossa vida. Esse passo de me mostrar de verdade e ser eu mesmo sem me esconder por conta de minhas suposições com relação a ela, tirou uma mordaça da minha boca, desatou um nó do meu pescoço que me sufocava, e tudo eu que fiz, tudo eu quem criei, e somente eu podia me dar essa liberação.

    – INSTÂNCIA DO MENTAL:

    Eu faço processamentos mentais, concluo convenientemente, confio e guardo como crença. Passo a usar essa crença para embasar novos processamentos mentais. Se crio impressões de pessoas, ao lidar com elas, eu trago essas crenças e lido com a pessoa de acordo com elas. As atribuições que dou a pessoa, nem sempre são verdades, e torno o relacionamento um equívoco, pois minhas atitudes são destoantes ao que a pessoa é e espera de mim. Chega a ser ridículo o comportamento, ou seja, tudo que a pessoa faz, você espera o oposto. Eu faço isso, a pessoa quer que eu me aproxime, fique à vontade, seja feliz ao seu lado, e eu fico travado, lhe atribuindo crenças que ela não tem. Isso gera afastamento, e é tudo que eu e o outro não quer. Eu quero abraçar, sorrir, brincar, fazer bobeira, sem me importar com que o outro vai pensar de mim, pois é assim que eu quero que a pessoa seja, pois eu, não vou pensa nada dela, e vou ficar muito feliz por ter ela ao meu lado sendo quem ela é, cantando, pulando, brincando, ou mesmo quieta sem falar nada, mas sendo ela mesma.

    – INSTÃNCIA DA PERSONALIDADE:

    Tenho sim buracos na personalidade, não coloco intenção de tapar ou não, até porque não os vejo, mas desconfio. Intencionalmente, não tenho nada que eu queira mudar, mas estou aberto ao que vier até mim. Eu estou junto com minha esposa há um bom tempo, depois do processo íntimo, junto com ela, pude ver várias amarras com relação a mim e a um cônjuge, e aos poucos foi soltando, sem ela seria impossível ver sozinho. O convívio ajudou e possibilitou me ver nestes aspectos. Foi um processo natural, com uma boa dose de medo e resistência.
    O que relatei na instância mental, é um aspecto da personalidade comum ao humano, uma programação de mesquinho e leviano dos humanos, que afasta, cria desconfiança, e jamais permite um vínculo sem filtros, sem pudores, sem atrofias, sem condicionamentos e sem máscaras. Eu sei disso, e sinto o quanto isso afasta quem deve estar perto, e quem cria é o próprio. Eu sei que devo me aproximar, e sei que devem se aproximar de mim, eu confio, eu quero, eu preciso. E esse preciso, é para além da minha personalidade. Aqui no lugar tudo pode ser diferente.

  22. Matheus Ghion

    PROCESSO ÍNTIMO E MODUS OPERANDI

    Atualmente há em mim essa inexperiência mencionada no feedback. Como eu havia dito no exercício anterior, eu cristalizei no meu modus operandi uma forma que eu tenho que ser e só quando eu alcançar esse ideal como pessoa, como homem, no caso, é que eu vou ter o poder da conquista. Eu desenvolvi crenças em que eu me coloco em uma posição de timidez, em uma posição passiva, não querendo dar passos em direção ao que eu quero, ao que eu tenho como necessidade, criando essa barreira no meu comportamento, que é justificada por uma série de crenças e conceitos, sobre ser incisivo. Há uma fuga e um medo de expor o que eu realmente quero, o que eu realmente sou, para não sofrer represálias ou não conseguir atingir aquilo que eu quero, ou seja, eu escolho me esconder do que enfrentar a possibilidade das minhas conveniências não serem atendidas.

    Há vários processamentos mentais inconscientes em que eu me coloco inseguro, com medo e até frustrado pelas coisas não atenderem as minhas expectativas. Ao criar essa fuga de esperar que haja uma maior segurança para eu expor o que eu quero, eu também crio um cenário de como é o melhor jeito para que isso aconteça e fico esperando que aquilo se realize. Quando não acontece, acaba gerando frustração e cristalizando mais ainda as autocríticas em relação ao meu estado, que acaba cristalizando mais ainda os processamentos em relação a essa fuga desse tipo de situação.

    É um comportamento bizarro de certa forma, pois eu quero algo (no caso uma mulher), mas eu imagino que se há a possibilidade de eu não conseguir aquele algo, vai ser péssimo e vai provar que eu não tive capacidade de conseguir aquilo. Há uma crença de que eu tenho que ser capaz de fazer tudo e ser o melhor em tudo, ser perfeito, pois se não for dessa forma, eu sou um lixo. Mostrando o meu comportamento extremista. Em que ou eu mostro e comprovo para mim mesmo que eu sou capaz de fazer tudo ou então eu sou um merdinha que não consegue fazer nada. Nesse momento em que faço essa autocrítica, eu me coloco em uma posição de vítima, buscando justificativas para me conformar com a minha posição, dizendo que não tem chance, que sempre foi assim, que não adianta.

    Essa conformidade também faz parte do meu modus operandi. Por eu criar esse ideal, essa perfeição que eu tento perseguir, eu aceitei querer me relacionar com mulheres que eu acredito que sejam piores dentro dos meus próprios conceitos. Como sendo mais fáceis de me aproximar ou que não sejam muito bonitas ou que não tenham outros interessados. Assim eu julgo que é mais fácil eu conseguir me aproximar e conseguir algum resultado que esteja mais de acordo com as minhas conveniências.

    Nesse quesito da competitividade, eu também sempre faço uma análise dos meus supostos concorrentes. Se houver algum cara que eu acredite que tenha mais chances do que eu, eu fico buscando quais são as probabilidades dele não ser um empecilho para que eu consiga conquistar uma mulher que eu esteja interessado. Da mesma forma, se eu achar que o cara está muito mais de acordo com os meus conceitos do que eu, eu me conformo com o suposto resultado, me colocando em uma posição de derrota, que não adianta nem tentar alguma coisa pois a probabilidade de eu “ganhar” essa disputa é muito baixa, mais uma vez me auto criticando.

    Essa autocrítica acaba funcionando de certa forma como um combustível para eu fazer as coisas (intenções). Eu julgo que estou errado, então me posiciono querendo fazer o certo, criando uma série de intenções conforme as minhas crenças, conforme esses ideais que eu tenho expectativa. Assim eu cristalizo mais ainda essas crenças e conceitos no meu modus operandi. É uma questão de falta de humildade, pois eu acredito nos meus processamentos mentais, nas minhas análises, cálculos, expectativas e suposições e desenvolvo quais são as ações que eu preciso tomar para conseguir atingir aquilo que eu tanto desejo. Quando eu chego em uma conclusão extremamente conveniente, ocorre o entusiASNO e eu acabo me contentando com aquela posição, o que acaba me acomodando e eu continuo não tentando dar um passo em direção a aquilo que eu desejo.

    Conforme eu gero essa zona de conforto, eu começo a enxergar que eu não estou fazendo nada em relação a isso, então eu começo a voltar para os meus planejamentos para justificar para mim mesmo os porquês de eu não estar dando algum passo, que está tudo sob controle. Mas a sensação que está por trás disso é o medo das coisas darem errado, afinal, no meu planejamento na 4D tudo funcionou direitinho. São esses questionamentos que eu faço em cima do planejamento sobre o que pode dar errado e sobre o que eu não estou fazendo que começam a gerar diversas inseguranças, gerando um travamento justificado e acomodado para não dar esses passos em relação a pelo menos tentar ir em direção ao que eu quero.

    INSTÂNCIA MENTAL

    Fica claro que no meu modus operandi, principalmente neste caso de água e óleo, que eu estou extremamente dependente dos meus processamentos mentais. Cada um dos 12 pontos vai influenciando e entrando nessas minhas conclusões e acabam gerando esse modus operandi medroso, medíocre, autossabotador, ou seja, que não apresenta resultados favoráveis em relação às minhas conveniências.

    O querer entender, o fazer certo, as expectativas, os condicionamentos e o sistema de compensação estão muito fortes nas minhas decisões em relação a isso. Claro que estão em todos os casos que eu quero alguma coisa. Mas nesse ponto principalmente, eu fico usando esse querer acertar, me baseando em padrões e arquivos piscantes para justificar o meu posicionamento de fuga. Eu me embaso neles para fazer os meus planejamentos e em seguida tenho minhas dúvidas se aquilo vai dar realmente certo, isso tudo mentalmente. E por acreditar que eu tenho que sempre acertar e também pelo dispositivo da necessidade de entender para fazer, eu fico travado.

    Claro que com a hipocrisia, a desonestidade íntima e o querer ser superior, eu imagino que comigo vai ser diferente, que eu não preciso dar passos em direção ao que eu quero, ou seja, eu acredito que as coisas vão se desenvolver a partir de um milagre, a partir de algum acaso, sorte ou coincidência. Mas também por me julgar inteligente, eu faço as minhas manobras de querer me mostrar ou tentar me aproximar da pessoa de uma forma sutil ou mesmo tentando tirar informações da pessoa para conseguir me localizar dentro do meu planejamento, para conseguir decidir quais vão ser os próximos passos. Assim eu me envolvo mais ainda com as minhas deturpações, criando uma bola de neve mental e de processamentos.

    Fica claro que essa tentativa de me expor sem me expor de verdade destrói qualquer possibilidade de deixar as coisas se desenrolarem. Eu condiciono as situações e meu modus operandi ao máximo para estar de acordo com todas essas expectativas e impeço que haja qualquer tipo de espontaneidade em relação a me aproximar de outra pessoa. Ou mesmo que haja a aproximação, por toda essa insegurança que eu me coloco por achar que eu não estou de acordo com os meus conceitos, eu fico preso dentro do querer entender para fazer, impedindo que qualquer coisa se desenrole, independentemente de ser uma consequência conveniente ou não, que acaba evoluindo para uma consequência negativa.

    Isso também me coloca vulnerável em cada ponto dessas minhas expectativas. Basta o que eu imaginei, o condicionamento que eu coloquei parecer que não está indo de acordo com o que eu processei para que eu comece a me sentir inseguro, a me questionar se eu fiz algo de errado, até mesmo imaginar que a outra pessoa está enxergando que eu estou tentando controlar as situações. Nesses momentos há uma geração de intenções para conseguir entender para fazer, para tentar medir e controlar a situação para conseguir gerar medidas de contenção para adequar as situações aos meus condicionamentos. Basta um ponto não se dar no tempo que eu estipulei que já é o suficiente para eu explodir em processamentos mentais de insegurança de que algo possa dar errado.

    É engraçado enxergar que esse tipo de situação é totalmente gerada porque eu estou funcionando através do mental inconscientemente. Tudo isso que eu criei para mim, dentro de arquivos piscantes, crenças e conceitos, foram desenvolvidos em cima de conclusões mentais inconscientes que eu tive e a partir dali eu fui cristalizando um modus operandi fugitivo, calculista, analítico, controlador e medroso. Tudo isso por querer condicionar que as coisas se deem da forma que eu idealizei, que eu quero. Gerando mais processamentos de frustração, de autocrítica, de autossabotagem. É o funcionamento do labirinto mental acarretando esse modus operandi que eu desenvolvi ao longo da minha vida e acaba influenciando muito mais do que apenas as minhas relações de água e óleo.

    INSTÂNCIA DA PERSONALIDADE

    Essa questão de acreditar que eu preciso de uma pessoa foi a base para tudo que eu me envolvi durante a minha vida. Eu sempre vivi buscando a conquista de uma mulher para eu chamar de minha e poder ser feliz para sempre ao lado dela. Com a construção desse ideal, eu desenvolvi diversos personagens, me envolvi em diversas experiências durante a minha vida, cristalizando esse comportamento calculista, analítico, controlador, planejador e idealista, que acaba sendo ruim para mim no teatro. Se expandindo para outros personagens e outros ideais que eu adotei e construí.

    Por querer tanto conquistar uma mulher para chamar de minha, para querer viver aqueles amores que eu via nos filmes, em que eu gostava muito de ver comédias românticas e sonhava em um dia poder viver aqueles amores de cinema, eu quis ser um melhor atleta pois a menina que eu me sentia atraído gostava de um colega de equipe meu. Eu tentei e comecei a acompanhar e buscar novas tendências de moda, gastar muito dinheiro com roupas, sempre na expectativa de estar de acordo com esse ideal de ser estiloso e assim gerar atração das mulheres. Eu quis ser amigo de várias garotas que eu me interessei para conseguir semear as situações esperando que elas se sentissem atraídas por mim. Eu quis voltar a fazer inglês porque uma menina que eu tinha me atraído fazia aula no mesmo lugar que eu fazia. Eu quis tocar contra-baixo porque uma menina que eu me interessava mostrou interesse em um amigo meu porque ele tocava guitarra e eu achei que eu nunca poderia tocar guitarra melhor do que ele, então comecei a tocar outro instrumento. Eu quis começar a fazer academia para poder estar bem fisicamente e ser mais atraente para mulheres. Eu comecei a usar perfumes porque eu acreditava que as mulheres gostavam. Eu comecei a usar barba porque uma mulher me falou que eu ficava mais bonito de barba e achei que todas as mulheres achavam isso. Eu ia em várias festas da faculdade só com o intuito de encontrar alguma menina que eu tinha visto na faculdade que eu me sentia atraído para tentar conquistá-la. Eu saía à noite sempre com o objetivo de conhecer alguma menina. Eu chegava a sufocar as mulheres que eu me sentia atraído, fazendo um monte de coisas para elas para tentar conquistá-las. Um dos motivos de querer mudar de cidade era por causa, também, de uma mulher. Comprei uma cafeteira que eu nem tomo café porque várias meninas que eu saia falavam que gostavam de café, então fiz esse “investimento” para melhorar a estadia delas na minha casa e elas voltarem mais vezes. Até na época do meu despertar eu me interessei pela mente humana, em me desenvolver com o intuito de me tornar uma pessoa melhor e assim poder conquistar as mulheres que eu quisesse.

    Praticamente todo o meu modus operandi e a grande maioria dos meus personagens foram desenvolvidos com base nessa busca. Então esses comportamentos de querer me mostrar, de querer fazer coisas para conseguir aprovações, ficar pensando e planejando sobre diversas coisas, ficar me colocando como vítima das situações, preocupações sobre o que as outras pessoas estão pensando de mim, não querer ser eu mesmo em relação a outras pessoas para supostamente ser aceito, ficar nervoso, ansioso e inseguro ao fazer diversas coisas. Todos esses traços têm influência dessa questão de ser um homem capaz que pode ser atraente para alguma mulher. São poucos detalhes da minha personalidade que não tem influência desse ponto.

    Muitos buracos que eu gerei para a minha personalidade ao não experienciar diversas coisas tiveram a influência desse ponto. Sempre querendo me enquadrar, querendo me condicionar, querendo condicionar as situações para eu conseguir estar de acordo com os meus ideais do homem perfeito. Sempre fugindo e querendo me esquivar de várias situações com medo de não estar de acordo com essa ilusão do homem perfeito. Não querendo enxergar o meu próprio modus operandi por medo e cobrança inconsciente de estar errado, de ser falho e, consequentemente, não estar de acordo com esse homem perfeito. Contribuindo para o desenvolvimento de uma personalidade que tem medo de fazer as coisas, que quer controlar tudo pois não tem a maturidade de enxergar que a grande maioria das coisas não acontecem de acordo com as minhas conveniências, mas que, principalmente, eu não tenho que carregar todo esse peso nas minhas costas, de tentar ser perfeito, indestrutível, maravilhoso, habilidoso, de acertar sempre, pois essas são as minhas percepções de ideais que impedem que eu viva com cada vez menos processamentos mentais inconscientes.

  23. Delfina Tavares

    – BURACOS NA PERSONALIDADE 1- ÁGUA E ÓLEO
    .
      Quando olho para meu relacionamento conjugal o que vejo mesmo sabendo que o que vejo é muito raso e falho, é que não tenho intenção ou tensão sobre ele, não vejo pensamento sobre isso, de que deveria está assim ou assado, e ao ouvir o feedback sobre conformismo, não sei bem se é isso, claro, isso englobando minha situação nesse contexto, que mais me parece que estou fazendo uma avaliação com base no que vejo no meu fluxo de pensamentos, e não vejo isso, de como deveria estar minha vida a dois ou o minha família, minha casa.
      Neste mesmo ponto também vem o que não vejo, pois é impossível de ser pegar, pois se um processamento mental se dá em fração de segundos e isso eu só vou ver, e quando vejo, depois que se deu, depois que conclui, e o que já sei dessa conclusão é que está ali 12 pontos influenciando, que já caiu em cima, a cada etapa, pois houve essa influência em todos os meus registros.
      Hoje sei que muito mais que isso tenho 25 pontos mais 1, que me fecha, num resultado certo, minha conclusão ou minhas conclusões que estão sendo usadas faz tempo, na qual não percebo mas estão presente no meu inconsciente.
      Eu sei que formatação é ferrenha e de que ela colabora, repercute e molda minha personalidade, somado a isso uma programação na qual não tenho controle, e um instinto sexual, faz de fato eu ser e viver como todos nesse mundo ilusório, com crenças bem comuns que dão base para meu comportamento ser igual a todos os humanos, claro que vejo que isso tem mais peso e domínio na vida de um humano e pra outros nem tanto, mas os rege da mesma forma e movimenta bem o teatro, do jeito que o dono quer.
      Claro que quando falo que não sou uma pessoa carinhosa, não quer dizer que eu expresse carinho ou não goste de receber carinho, só não sou melosa, e o que percebo é que 20 anos faz com que eu veja isso como algo comum, a parceria também é algo que já está ali, e claro é bom ter com quem dividir o seu dia a dia, com tanto tempo que me vejo dentro deste contexto, não sei como seria se não tivesse isso no meu presente, se meu marido fica fora ou eu passo um tempo sozinha, me obsevo quanto a isso, e me vejo tranquila sem pensamentos quanto a sua ausência, faz parte da minha da minha auto-observação olhar o que passa nos meus pensamentos, e claro se eu der um passo pro lado é porque sei que vai voltar, mesmo isso sendo um suposição feita com base no futuro, não deixa de ser o inconsciente, e é muito doido, sei que não é pra olhar pra isso nem tentar ficar pegando isso como ficou bem claro no feedback, mas não posso deixar de olhar o que o costume faz, como por exemplo, não ligo para o sexo porque o sexo está a minha disposição quando quiser, sei que nem precisa de uma botão pra acionar, já tinha olhado pra isso de outro ângulo, do funcionamento normal de todos os humanos que não liga quando tem.  Não que eu não dê importância ou não fale sobre isso, cheguei a comentar isso com Leandro esse final de semana, do quanto a gente vai fazendo, vivendo, aí ele me solta que é assim mesmo, quando a gente não tem e quer tenta comprar, quando não arruma um jeito de conseguir, nada muda pois se tenho a crença de que preciso, que é bom, o que tem de mais nisso? Ou se aquilo e ruim, cansativo, trabalhoso eu dou o jeito de me livrar, e rimos, até que eu falei: Todos querem uma piscina, é sinônimo de diversão, satisfação, relaxamento, é  maravilhoso, me explica aí a nossa está ali azul, linda e ninguém está lá dentro nesse calor, os três riram aqui e falei chupa essa manga. 
      De fato não sei se é dependência, conformidade, costume… sei que tudo é proveniente de crenças e conceitos que fui deixando eles únicos, só meu, ou seja conveniente, e se penso nisso de fato coloco cabelo em ovo, não vejo nada disso com peso, nem minhas formatações expostas no exercício anterior bem comum à todos os humanos que aqui estão, também não vejo que até o momento presente que ao ter essas crenças e conceitos não refletiram de modo intenso em minha personalidade evidenciando comportamentos com excessos, ou que disparam pensamentos relacionados a isso, do tipo como vou ficar se não tiver um homem, quem vai me proteger, com que vou ter intimidades, será que vou conseguir sentir tudo que sinto com outro em relação a sexo ou até mesmo como vou dar conta dessas crianças ?? não vejo esse questionamentos ou esse tipo de pensamento passando no meu mental. O que também não reflete em ficar monitorando ninguém, e sei o que é bem isso, quando olho o que a esposa do meu motorista faz com ele, aliás no geral é o que mais tem por aqui, o teatro corre solto, e não é porque acho feio essas atitudes, e daí não faço por conta do 11° ponto caindo mais em cima, e sei que ele já está presente, é porque de fato não vejo esses pensamentos relacionados ao meu marido ao longo do meu dia, a não ser sobre trabalho, horários, percursos, crianças, frases zuadas, algum favor que me pediu…
    .
    – INSTÂNCIA MENTAL
    .
      O que vejo no meu mental são crenças comum a todos, parceria, diversão, companhia, carinho, dividir tarefas, inventar tarefas, comer junto, fazer as coisas juntos, sentir prazer, zuar, trabalhar junto, seja qual trabalho for, ou separado de preciso for, como já foi, passar o tempo junto, agora é o tempo da cadeia, mas sem peso no sentido de zuar nossa condição, mesmo porque estou esperando Leandro morrer desde de que casei, 500 de colesterol era inaceitável e a cardiologista colocou a mão nos meus ombros com todo sentimento e falou: Você vai ficar viúva, não sei como ele esta vivo, e Leandro fez exame esse mês e está 440, falei que devo ir na frente, pois já passou 21 anos e nada, e que ele tá lascado que agora só tem novinha magnetizada. A gente brinca mas de fato já passamos por situação de se perguntar um pro outro se quer viver sozinho, o conceito de “amizade” fica, e até sustentabilidade, mas a gente não presta, e a experiência de quase morte vai seguindo.
    .
    – INSTÂNCIA DA PERSONALIDADE
    .
      Minha personalidade é sacana, e digo na minha “verdade” não precisa ser a dele, hoje embora eu tenha uma bagagem do material RH que compartilhei com todos, deixo claro que cada um tem que ver o pensa, e o que sente quando esses pensamentos se dão, como a personalidade fica diante disso, pois ali mostra, evidência o que a pessoa está vibrando e é preciso olhar pra isso e não se enganar. 
      O corpo já tem suas dependências mais extintos, e as crenças movimentam muito isso, se eu penso muito em sexo por exemplo eu vou ter mais reações ao longo do meu dia, e não só as de acordo com o meu ciclo menstrual  já existente, daí surgiu um exame que fiz a alguns meses atraz e nem sabia que estava junto ao pedido um avaliação hormonal, mas ali dizia que estava ovulando à todo vapor, soltei um porra, que toda a equipe da gino começou a rir, a entonação já dizia tudo, sei que tem a crença na ciência humana que liga esse fato ao desejo sexual, mas ali nem foi por isso, foi de “já deu né”, mas claro que não me respondeu o porquê eu estou numa fase tão sem vontade, isso não virou uma preocupação, mesmo porquê ao dar início a parada (sexo), mesmo inicialmente sem vontade parece que isso nem se fazia presente, logo não interfere no resultado, já passei por fases assim, e até nisso o parceiro faz diferença.
      Em personalidade sei que ter consciência não é modus operandi, logo não sei como “agiria e reagiria” com todas essas crenças oriundas de formatação ligadas a relacionamentos, principalmente por todas estarem do meu jeito, carinho, parceria, união, casamento, relacionamento íntimo, sexo, extintos… tudo isso vivido com um parceiro por 21 anos, e me ver sem isso, com todo esse contexto, não sei como seria na prática, mesmo sabendo que isso é uma suposição, não vejo nada de errado em estar com alguém ou sozinho dentro deste jogo, ainda mais com as ciências dadas em RH, mas também não posso ignorar as crenças já existentes provenientes da matrix que estão entranhas, e repercute em todo o meu modus operandi.

  24. Maria Helena Gonçalves Dias
    Maria Helena Gonçalves Dias

    Como eu disse no exercício anterior, desde muito nova fui formatada e educada que uma mulher para ser feliz, necessita de um homem para se completar, para ser feliz. E que neste mundo, eu não posso ser feliz sozinha.
    Desde criança me fizeram crer que amor é um sentimento nobre, que amar é prazer, que amar é depender de alguém que me complete, que é importante dar amor, que é importante declarar amor, que tenho que buscar fora esse amor no qual depende de algo externo, ser amado, ser feliz, ensinam um amor doente, demente, dependente, amor de interesses.
    Na educação religiosa o sexo como tabu foi alimentado pelo medo, culpa, algo que era para acontecer somente após o casamento. Isso pesou nas minhas escolhas e posicionamentos.
    A família me ensinou e inseriu os conceitos/princípios padrões do meu meio social, e que eu tinha que ter uma vida pautada nestes conceitos, que segundo a sociedade, sãos ideais de bom comportamento e convívio.
    O amor humano me levou a me envolver e querer me casar, constituir família. Que no casamento há a importância do conceito de fidelidade, respeito, parceria, amor, amizade, etc. Foram conceitos criados e tomados por mim, os adotando como crença no qual me enquadrei nestes conceitos, ou seja, me aprisionei, pois me submeti, aceitava e ficava presa a esses conceitos como parâmetros e regra de vida. Assim como aceitei o conceito de “fidelidade” como crença, porque tudo e todos ao meu redor condenam a “infidelidade”, desta maneira, adotei a “infidelidade” como conceito, tornando uma referência para as decisões em minha vida.
    Assim fui formatando meus personagens para atuar neste mundo, conquistar e receber em troca o que eu precisava. Eu sempre quis ser amada, aceita e cuidada, formatei quem eu sou justamente com esses objetivos, na busca de uma pessoa que cuidasse de mim, e me amasse independentemente de qualquer coisa que eu fizesse e que nunca fosse me abandonar.
    Me casei com o homem que julgava ser o ideal para mim como marido e pai do meu filho. Contudo, com o tempo, a fantasia de casamento feliz, homem ideal, família, foi perdendo seu encanto e vi que a realidade disso tudo era outra, quando na prática não era tudo o que eu imaginava, eu não era eu, ele não era ele, no convívio diário foi se mostrando como cada um era realmente na via diária. O que vi foram cobranças, controle, ciúmes, sentimentos e emoções abarrotados de crenças e conceitos.
    Ao terminar o relacionamento e me ver livre, leve e em paz, comecei a viver algumas desconstruções sobre meus relacionamentos, tudo que construí e acreditei, ao longo da vida, não foi tão interessante como eu pensava.
    Ainda que haja uma programação que gera e condiciona a necessidade de querer ter alguém, há a cobrança e pressão da família, sociedade, que para viver e ser feliz precisa construir família, ter a sua cara metade e por aí vai.
    Hoje, mesmo tendo tido desconstruções sobre o tema água e óleo, há a pressão que sinto de parentes em relação a encontrar alguém e não ficar sozinha.
    Hoje, vejo que tudo é ilusão, do príncipe encantado e a princesa, vivendo num conto de fadas que não existe.
    Hoje, fica claro, com relação a relacionamentos, onde há divergências, incompatibilidades quando não tenho esclarecimentos sobre mim, e muito menos o apreender, pois não tenho algum controle sobre este corpo, pois no apreender é fora de tudo que eu tenho como referência, até chegar ao ponto onde não resta mais nada além de só tomar ciência e ponto.

    Instância mental:
    Na instância mental, vejo muitas crenças e conceitos cristalizados com relação a relacionamentos, a água e óleo, no qual estão a postos para embasar meus processamentos mentais inconscientes me enterrando mais no teatro, gerando consequências em mim. Vejo o quanto diante dos relacionamentos, estava no automatismo das programações e formatações, onde estava amarrada aos 12 pontos que antecedem os processamentos mentais, além das 5 etapas que antecedem os processamentos mentais que o resultado é sempre conveniente, 100% egoísta, desonesto e hipócrita, além da auto-sabotagem. Onde me mantive num relacionamento de casamento onde as conveniências imperavam, me levando a me acomodar, me dando as mais justificativas para me manter num relacionamento falso, onde manter o casamento era me esconder atrás das minhas crenças, conceitos e conveniências.
    Da mesma forma que estou vulnerável a minha programação, sei das minhas crenças cristalizadas e sei que me mantenho vulnerável a infinitas crenças e conceitos inconscientes que não consigo enxergar.

    Instância da personalidade:
    Hoje, em personalidade estou “confortável” na posição de estar só, na conveniência de estar sozinha, não tendo ninguém que eu dependa ou dependa de mim, que não tenha preocupação ou controle, onde via mais como peso do que outra coisa, vejo que, alicerçada às crenças e conceitos de algo que me atrapalhe.
    Olhando para trás, vejo quantos relacionamentos, seja de amizade, cônjuge, parentes, eu fui perdendo ou me afastando com o tempo, não de forma intencional, mas porque não tinham mais relação com o que eu estou vivendo.
    Hoje, em personalidade, faz eu querer ficar mais quieta no meu canto, sem relacionamentos conturbados, onde a necessidade de atuar com meus personagens e estar em contatos com o teatro, onde eu precise estar com outras pessoas, faço o que tenho que fazer e pronto. Contudo, hoje, não estou fechada como antes. Se acontecer, ok, se não acontecer, ok também.
    Hoje gosto de estar e conviver mais próxima de pessoas parecidas comigo, próximas a mim, seja no convívio no Lugar ou onde for.
    Tomar ciência e ponto ou apreender me dá a liberdade de viver diferente das formatações que recebi e as crenças que desenvolvi sobre os relacionamentos e envolvimentos.

  25. Dariane Rabaioli

    As crenças e conceitos que me limitaram em termos de relacionamento conjugal estão relacionadas as minhas autocobranças em relação ao ser uma “boa” companheira em todos os sentidos para o meu conjuge. Ele é uma pessoa que preso e tem importância para mim há muito tempo e isso está para além do teatro, pois por várias ocasiões nos separamos e voltamos e sempre houve de ambas as partes o interesse em “fazer dar certo”, no sentido de cada um olhar para si e transpor nossas dificuldades justamente por crenças, medos, insegurança, tabus que interferiram muito na relação conjugal. Com o processo íntimo essas questões foram diminuindo cada vez mais e também abriu muito para o diálogo, para a conversa mais reta e direta, sem medos do que o outro vai achar sobre minhas crenças, sobre meu modus operandi. Eu sempre fui de querer conversar para esclarecer, saber do outro como reconhecia tal situação, como era para ele, visto que muitas coisas que eram importantes para mim ou que me causavam alguma chateação, desconforto no relacionamento, até algum ciúmes eu sempre quis trocar com meu cônjuge, pois fica muito mais fácil de sair de qualquer suposição, conclusão mental deturpada sobre mim e o outro ao conversar. Em várias dessas conversas foi muito legal pela desconstrução de crenças que cada um tinha sobre o outro, sobre coisas que eu achava que ele não gostava em mim ou que eu fazia para ele achando que era importante como papel de esposa e ele para mim. E ao conversar as minhas prioridades ou coisas que achava importante da relação eram bem diferentes das que ele se preocupava em atender e as que eu achava dele sobre mim também não eram como eu pensava. Então, foram várias questões sanadas ao conversarmos sobre nossas crenças de um sobre o outro.
    As crenças que hoje me deixam inseguras no relacionamento no sentido de isso interferir é em relação a frustrações que tenho sobre a minha vida, sobre “buracos” que tenho em âmbito fora da questão relacionamento amoroso e que ao me colocar nessas avaliações eu fico insegura sobre minhas capacidades, sobre ser uma “pessoa atraente e interessante” aos olhos do cônjuge, no sentido que isso possa causar desinteresse da parte dele em manter um relacionamento comigo. Isso é meu. Eu não tenho interesses em várias coisas do teatro, em questão de conhecimento intelectual também, eu até tento, mas logo esqueço sobre os assuntos e assim não tenho muitos assuntos para trocar fora da vida cotidiana. Houveram questões sobre sexualidade que foram sendo desconstruídas e que sempre tiveram peso na relação, eu me fazia muitas cobranças em relação a isso dentro do que acreditava ser uma vida sexual perfeita no relacionamento.

    Mental
    Acredito que a nível do mental é como foi trazido no feedback anterior, essas crenças que me formatei e que nas experiências da vida fui cristalizando no modus operandi automaticamente se mostram sem muitas vezes passar pelo processamento mental completo, já agia, reagia, sem noção ou consciência do que estava por trás daqueles comportamentos, então a importância de olhar para isso no modus operandi fez toda a diferença. Via mental a conclusão é que está tudo certo ou que realmente não tem o que fazer e o conformismo, a negação fazendo não querer nem olhar para como funcionava de fato impediam de dar passos em favor da saída daqueles condicionamentos que eu tinha. As “frustrações” são oriundas dos meus processamentos mentais, tem como base meus conceitos, naquilo que idealizei e não realizei, é do teatro e sem apreender caio na neuromatrix e a persona manifesta.
    Personalidade
    Em personalidade a manifestação é de insegurança, de criar dependência de manter um relacionamento o qual tenho apreço e atribuo como importante para mim e que na ausência ou rompimento podem me gerar algum tipo de “sofrimento”, autocrítica e avaliação que é por conta do que sou em personalidade e que assim não querendo mais se relacionar comigo. Essas suposições e inseguranças surgiram conforme fomos construindo uma vida mais sólida, “estável” juntos e diante do que estou bem e me sinto feliz automaticamente a persona fica com medo de perder, é do teatro e eu olho. Essa questão de cuidar do relacionamento veio quando passei a morar junto e construir uma vida em comum, antes não tinha essa visão ou preocupação de ficarmos juntos ou não. Com um passinho para o lado fica evidente o drama da personalidade, da vitimização e assim o teatro que promove por conta desses processamentos mentais inconscientes que se dão. O teatro que ocorre é de forma íntima, não manifesto verbalmente, o que fica exposto por mim é no estado de humor, de quando me coloco nessas nuvens querendo resolver o que é impossível e a parte do relacionamento conjugal.

  26. Élisson Kario
    Élisson Kario

    Eu cresci acreditando em uma alma gemia. Desde criança, eu recebi as diversas formatações que me fizeram crer em uma metade da alma. Essa crença vigorou por muitos anos em mim. O meu comportamento era de fato embasado por essa crença. Eu lembro que eu sempre estava buscando isso, como uma cenoura, e quando por ventura eu ficava com alguma garota, logo eu achava ser a minha alma gemea, e o meu comportamento com ela acabava sendo muito ruim, muito invasivo. Teve um período na minha vida em que eu participava assiduamente de uma religião chamada Seicho-No-Ie, que tinha como princípios dos seus ensinamentos, também a ideia, que na verdade era uma conceito, de alma gemea, e isso fortaleceu ainda mais essa crença em mim. Entretanto, na minha fase adulta, quando eu comecei a olhar com mais frieza por assim dizer as coisas, e até mesmo essa ideia de alma gemea, eu percebi que isso era uma grande furada. Eu lembro que olhei para todos os relacionamentos e envolvimentos que eu tive até então, e todos foram frustrados, e sempre teve como base essa crença. Então, ela foi pelo ralo antes ainda de eu acessar esse trabalho.

    Quando eu comecei a ver as coisas com mais frieza, ou seja, sem o olhar romântico da vida, eu comecei a acessar um conteúdo relacionado ao comportamento feminino, assuntos relacionados a comportamentos de macho alfa, o instinto sexual etc. Muita coisa do que li, eu acabei vendo na pratica, porém, muita coisa era balela. Independente de qualquer coisa, tudo isso deixa claro como o meu comportamento é regido por crenças e conceitos, seguindo a formatação que me foi imposta e que eu mesmo me impus.

    Então, quando eu comecei a experimentar um pouco as experiências com as mulheres, desde uma simples conversa até o ato sexual, eu pude vê-las com um olhar para além das crenças e conceitos que eu tinha adquerido. Na medida em que eu fui me conhecendo e me vendo quando estava diante de uma mulher, eu também pude conhece-las ainda mais, vendo as suas reações, vendo o que elas gostavam, o que não gostavam, o que falavam da boca para fora mas o corpo dizia outra coisa. Até que chegou um período na minha vida em que, em praticamente 100% dos casos, eu ficava com uma garota, me relacionava muito bem com ela, sexualmente falando, e ainda me tornava amigo dela. Descobri que a maioria dos homens não se atém ao prazer da sua parceira, não tem o cuidado e ao mesmo tempo a agressividade necessária em um ato sexual, não tem a pegada e a delicadeza, ou seja, não sabem se relacionar na hora h, muito menos na hora do alfabeto inteiro. Não quero dizer com isso que eu sei, mas digo o que eu vi, o que eu percebi ao longo desses anos de solteiro. Outra coisa que eu percebi é que, quanto mais a vontade eu estou, quanto mais naturalmente eu lido com a situação, quanto mais espontâneo eu estou no momento com a mulher, mais ela fica a vontade, mais ela fica afim, mais as coisas acontecem de forma prazerosa.

    Hoje, me vendo diante de um relacionamento intimo, que parte para o contexto de uma conjuge, percebo que a minha relação com ela é bem leve, é bem prazerosa. Antes eu tinha muito forte em mim, a preocupação de querer saber e até fazer algo para que a pessoa ficasse bem, se sentisse bem, se estava tudo bem. Hoje, eu cuido de mim, faço o que tem que fazer, e me parece que tudo fica muito bem, ou seja, não faço nada para que fique bem, mas fica tudo bem, e quando eu fazia algo para ficar bem, não ficava nada bem kkk, que louco.

    Hoje eu vi um comportamento meu e um processamento que se seguiu diante de uma cena, quando eu falei para ela fazer uma coisa, mas ela não quis, e eu vi que eu fiquei meio que puto, mas aí me olhei e segui em frente.

    Todos os meus relacionamentos, foram relativamente curtos. O mais duradouro foi o da minha ex-esposa, que durou 4 anos. A grande maioria, foram relacionamentos de no máximo 6 meses de duração. Isso mostra o meu modus operandi de ficar mudando de ideia, de opinião por assim dizer, ou como me mostraram, pulando de galho em galho. Não é atoa que eu já me mudei mais de 20 vezes. Acho que há um buraco na minha personalidade em relação a relacionamentos a longo prazo, em conviver por um longo período com uma mesma pessoa.

    Eu não tenho filhos, e isso não está nos meus planos. Esse é um buraco na minha personalidade, e isso tem haver diretamente com um relacionamento. Não faço ideia de como eu seria como pai, como seria o desenrolar deste personagem.

    Como eu escrevi no exercício anterior, eu intimamente sempre desejei ter uma parceira. Isso também criou uma certa dependência sexual em mim, e hoje estou diante de uma cena em que esse desejo está “atendido” por assim dizer.

    2 Na instância do mental.

    Eu, ao contrário do que parece, fui muito tímido no que diz respeito a relacionamentos. Por muitos anos, eu tinha medo de chegar numa mulher, e ser rejeitado. Eu lembro que quando eu saía a noite, muitas vezes eu ficava na mão por medo ou timidez. Eu pensava as diversas formas de que eu poderia ser rejeitado, levar um fora, do que iam pensar de mim, e isso me bloqueava, eu gelava. Obviamente que isso foi diminuindo até o ponto em que eu não tinha mais medo nem de chegar numa garota andando na rua durante o dia e que desse mole para mim kkk.

    Eu lembro que quando eu estava invertidasso, cheio das crenças e conceitos do teatro, eu ficava o tempo todo pensando se a outra pessoa me amava, se a outra pessoa gostava de mim, se ela estava feliz ao meu lado. Eu tinha medo que a outra pessoa não me amasse. Eu mais vivia em processamentos mentais pensando em suposições, do que vivendo o momento, curtindo a pessoa. E com isso, eu também passei por um período de ter muito ciúmes, de ser muito ciumento, e com pouco tempo, eu percebi que esse sentimento que era puramente desencadeado por pensamentos, eu já via isso na época, levava a ruína qualquer tipo de relacionamento, até mesmo de uma amizade.

    Hoje, eu vejo algumas crenças remanescentes da minhas formatação de macho alfa, gerindo alguns dos meus comportamentos.

    3 Na instância da personalidade.

    Eu me comportei por muito tempo como submisso a uma relação, submisso a pessoa que eu gostava. Lembro que eu fazia de tudo para agradar a pessoa. Mais vivia o mundo da pessoa do que a minha vida. Isso sempre resultou em fracasso nos meus relacionamentos. Isso gerava em mim um comportamento infântil, pois eu me comportava como uma criança que depende da aprovação do pai ou da mãe para fazer as coisas.

    Hoje em dia me comporto completamente diferente. As crenças que regem o meu modus operandi mudaram, e obviamente, o meu comportamento mudou. Hoje, eu cuido de mim, eu sou prioridade para mim mesmo, e isso não quer dizer que sou cuzão com a pessoa, que sou insensível, grosso ou estúpido, muito pelo contrário, eu apenas cuido de mim, e o resultado que hoje estou vendo, é totalmente diferente do resultado que eu via antes. Hoje a minha postura é: caminhe do meu lado, livremente do meu lado, não te espero, e não quero que me espere.

    Uma coisa que notei muito, é que hoje eu respeito muito mais a minha parceira, do que antes. Não fico mais encima da pessoa para querer ajudar, querer agradar, querer ser uma boa pessoa e principalmente, não fico mais me preocupando com ela, coisa que eu tinha muito antes.

    No que diz respeito aos momentos íntimos sexuais, não tenho muito o que dizer, exceto que são muito prazerosos, deliciosos e divertidos. Hoje eu me relaciono de uma forma bem diferente do que antes. Antes eu agia de forma puramente instintiva. As vezes parecia que nem era eu que estava ali. Porém, hoje em dia, não vejo mais aquela animalidade, aquela coisa descontrolada que era antes. Eu me vejo mais presente no momento, nas percepções, nas sensações etc, e com a minha nova parceira, nos damos 100% bem na cama, e isso é maravilhoso.

    Uma coisa que estou percebendo nesses dias, sãos os meus comportamentos de conveniências, de coisas que ela quer fazer, e que normalmente eu quem fazia, e eu percebo que ali ficou bem conveniente para mim.

  27. Almir
    Almir

    MOD 05 – EXERCÍCIO 11 – BURACOS NA PERSONALIDADE 1 – ÀGUA E ÓLEO

    Resposta:

    Por conta das minhas crenças e conceitos, angariados e desenvolvidos ao longo do meu desenvolvimento como humano, que decorrem da minha educação “formatação”, recebidas dos meus pais, e posteriormente dos educadores, quando passei a frequentar a escola.
    Como nasci do sexo masculino e como homem fui formatado e direcionado a formar uma família, na ideia de perpetrar o nome da minha família na sociedade.
    Essa ideia ainda foi reforçada pela religião católica, que já era a religião da minha família e que me foi imposta e acabei por me enquadrar.
    Tive que fazer o catecismo para receber a primeira comunhão, mesmo não querendo, fui convencido e o argumento usado para me convencer a fazer esse curso e frequentar as aulas foi que se não fizesse eu não poderia me casar e constituir família quando tivesse a idade e com a perspectiva de não poder fazer sexo, pois era a única coisa que eu via em tudo isso, aceitei.
    E na procura da esposa perfeita para mime que atendesse primeiramente meus instintos sexuais e num segundo momento as convenções familiar e social, acabei por engravidar a primeira esposa e casei com a mesma, por força das minhas crenças e conceitos até então, embasados pelos dogmas da minha família e da minha religião à épocae que me renderam dois filhos.
    Com o feedback 10 da lição anterior, pude constatar que a dependência de uma companheira está cristalizado em mim, pois ao término do primeiro casamento, continuei as buscas da companheira ideal, num primeiro momento para satisfazer o meu instinto sexual e num segundo momento para não ficar só, pois a família me cobrava isso eu também me cobrava isso.
    E assim segui os meus dias, onde tive alguns relacionamentos até chegar nesse último em que estou hoje envolvido e que ja fazem dez anos, onde percebi a minha dependência da presença dela na minha vida, pois fazemos praticamente tudo juntos e quando ela não está presente, parece que esta faltando alguma coisa em mim, apesar de algumas vezes ter uns arranca rabos, mais logo a situação se normaliza.
    Hoje tenho a ciência sobre o material de Reversão Humana e mesmo assim, com relação relacionamentos água e óleo, sinto que ainda estou vulnerável e tenho certo nível de preocupação no meu relacionamento filho e pai, onde meu pai conta com 81 anos, cheio de doenças por conta da idade e ainda com o agravante de ter se vacinado.
    Tenho também preocupações, quer queira ou não, no meus relacionamento pai e filhos, onde estes estão subempregados, se conseguirão sustentar e educar os meus netos e se essa conta acabe sobrando para mim.
    Da mesma maneira , no meu relacionamento avô e netos, tenho a preocupação com o futuro deles, por conta do subemprego dos seus pais e também pelos acontecimentos e o rumo que este mundo está tomando, me sentido pro vezes impotente, mesmo com a ciência de que não tenho controle de nada nem de ninguém.

    Na instância mental.

    Na instância mental vou seguindo a minha programação de funcionamento, fazendo milhares de processamentos mentais na sua maioria inconscientes
    No tocante aos meus relacionamentos -agua e óleo, por vezes percebo alguns, geralmente quando percebo sentimentos de impotência e preocupação, por conta das minhas crenças e conceitos arraigados e onde é colocado o ponto.
    E quanto aos pontos que antecedem esse meus processamentos, quando os percebo a dualidade, a logica e o tempo se destacam pois tudo o que faço e penso é para me favorecer, mesmo dentro desses relacionamentos que denotam logica e o tempo.
    As intenções se apresentam nas minas preocupações em querer ajudar de alguma forma e as expectativas fica na ideia de qualquer coisa que venha a fazer seja o suficiente, projetando um tempo futuro que não existe.
    E onde entra também os condicionamentos, por eles serem parte da minha família e a minha crença de que tenho que zelar por eles e o sistema de compensação, esperando que num futuro próximo ( que não existe), eles possam fazer o mesmo por mim.

    Na instancia da personalidade.

    Sigo interagindo normalmente. vestindo as minhas fantasias de marido, companheiro e amigo, provedor, procurando ser o melhor possível, dentro do meu relacionamento, ciente da minha dependência com relação a minha companheira, sem controle ou garantia de nada, só tomando ciência e colocando o ponto, seguindo um dia após o outro, pelo tempo que este relacionamento tiver que durar e fazendo o que tenho que fazer.
    Da mesma maneira vou interagindo no meu relacionamento com meu pai, filhos e netos, vestindo as fantasias correspondentes, na interação com o mesmo quando solicitado, sempre procurando fazer o melhor possível que eu conseguir por eles, por conta das minhas crenças arraigadas de família e desse vinculo e de que tenho que ser solícito e prestativos a eles, mesmo ciente de que tudo isso é teatro é ilusão e é onde hoje, estou inserido, pois estou vestindo um corpo humano como eles e não posso me eximir de fazer as minhas atuações teatrais quando solicitado, sem promover alguma consequência, no meu modus operandi e também no meu processo intimo.

  28. Neuza Auzani Miletho
    Neuza Auzani Miletho

    MOD 05 EXERCÍCIO 11 – BURACOS NA PERSONALIDADE 1 – ÁGUA E ÓLEO

    Desde muito cedo fui formatada através de minhas crenças, para ser uma esposa, dona de casa e mãe exemplar, dentro dos conceitos da família e do contextos socio cultural em que vivi. A começar pelo curso de magistério, no segundo grau, que era o melhor para uma pessoa do sexo, feminino, considerando meus futuros papéis na sociedade. Tudo acrecido das crenças/estímulos de duas irmãos , que já exerciam o magistério. Portanto eu só tinha que seguir o que já estava determinado ; o curso ideal para mim , como um ser do sexo feminino desempenhar meus futuros papéis na sociedade, era o megistério, Esta era a opção.
    Mesmo não exercendo a profissão, criei muitas expectativas, desejos progeções, até mesmo a nível inconsciente, de como eu desempenharia aqueles papéis para os quais fui formatada e me formatei, com base nas crenças e conceitos que me passaram e tantas outras que eu corri atras. Durante o curso do magistério direcionava muitas das informações para meu futuros personagens de esposa, dona de casa e mãe, além de cursos informais com esta finalidade. Na faculdade de pedagogia, já o fiz com a “intenção de ter melhores condições de educar/formatar meus futuros filhos . Ao me tornar esposa , dona de casa e principalmente mãe as crenças e experiências pelas quais o pai das crianças havia passado não batia em nada com os valores e principios que eu tinha como ideais para a formação/formatação dos meus filhos. Sai do casamento frustrada, principalmente com relação ao papel de mãe .
    Havia passado grande parte da minha vida progetando e tendo expectativas de como eu seria uma mãe para meus filhos. Muitos anos da minha vida, minha principal motivação era desempenhar o papel de mãe e dar a eles uma infância o mais próxima da que eu tive, que para mim era a ideal. Nada como eu progetara se concretizou .
    Quando ganhei de minha filha duas cachorrinhas, transferi para elas a possibilidade de ser a mãe ideal segundo minhas crenças, que tanto desejei ser. Assim tive a bizarra intenção de resolver isto dentro de mim, cuidando delas, baseada na crença de que estavam aqui para individualizar suas almas. Assim iria ajudá-las a apressar seus processos.

    Instância do mental:
    constato hoje que vivi muitos anos em desarmonia comigo mesmo por não ter colocado em prática minhas crenças e conceitos ao desempenhar meus papéis como mulher conforme tinha projetado para mim; minhas expectativa como esposa e principalmente mãe forao frustradas. Neste sentido o que ficou, foi um vazio dentro de mim.

    Instância da personalidade:
    Constato que como mental + personalidade+ teatro desde que cheguei aqui já iniciou minha formatação através de crenças para desenvolver meus personagens de mulher como mãe, esposa e dona de casa com uma única finalidade : movimentar o teatro/prisão. Consciente que me submeti a violar e ser violada como peças do mesmo teatro/prisão , desempenhando meus personagens.
    Com relação a ser dona de pete hoje constato o quanto depositei minhas debilidades emocionais, num ser que está aqui nas mesmas condições que eu, violando seu processo e a mim mesma . Consciente, experimento não mais o conflito mental. Tomo ciência e ponto.

  29. Geovania Pereira
    Geovania Pereira

    MOD 05 Ex. 11 – Buracos na personalidade – Água e Óleo
    .
    Olhando para minha vida e como foi o desenvolvimento da minha afetividade, ou seja, como os meus relacionamentos mais próximos se deram, fica claro para mim agora, através desse novo convite do autor para olhar isso, que eu tenho buracos que foram iniciados lá atrás. Dentro de casa, o afeto era escasso, a vida era dura, meus pais mais trabalhavam que qualquer outra coisa e afeto só para bebezinhos. Os filhos maiores não recebiam carinho. O mundo ao redor gritando que todos tinham que encontrar o amor, que o amor é lindo, que todos têm que se amar. Então, para mim foi natural juntar minha necessidade de afeto com as formatações de que eu tinha que encontrar um namorado, noivar e casar. Isso fazia bastante sentido. Mas como eu contei no comentário anterior, eu fiquei em conflitos em perder minha liberdade e ter que ter alguém dependente de mim, ou perder minha individualidade no relacionamento e ter que ser “como um só”.
    Eu nunca quis alguém muito próximo de mim. Eu criei um muro e dificultei o acesso de relacionamentos amorosos, mostrando-me fria e desinteressada. O recado que eu passava na minha juventude é que não seria uma parceira ideal, não tinha a característica de moça gentil e prendada, embora tivesse o perfil de moça correta e trabalhadora. Mas eu queria atrair os interessados em moça gentil e prendada, pois pareciam mais românticos, mais cuidadosos. Os que se interessaram por mim levando em conta o que eu transmitia, eram mais objetivos, mais práticos, alguns até aproveitadores. Eu atraía os homens errados, ou melhor, eu era uma coisa e queria ser outra. Eu não sou aquilo que quero ou que falo que sou. Eu sou o que vibro, o que me envolvo, o que mostro. Eu sou o conjunto das minhas crenças e conceitos. E minhas crenças e conceitos desvalorizavam a maioria dos relacionamentos, por achar isso inviável, ter que ceder o tempo inteiro em prol de manter um relacionamento a qualquer custo, sabendo que o tempo de um, nunca iria estar equalizado com o tempo do outro. Muito mais vantagem ficar só.
    Mas eu tinha a dependência de um relacionamento em virtude das formatações e da carência afetiva, então passei a vida toda aberta a encontrar alguém, fazendo simpatia, comendo bolo de Santo Antônio, fazendo reza aos Anjos, e assim por diante. Só que na vida prática eu era imatura demais para me interessar por alguém, sinalizar a este homem meu interesse, prosseguir numa paquera e iniciar um relacionamento maduro. “Chegar” em alguém era impossível. Me esforçar para conquistar alguém era impensável.
    Quando eu estava com amigos, eu percebi que me sentia bem, suprida do carinho que, segundo minhas crenças, me faltou na infância e adolescência. Aos poucos percebi que as amizades seriam suficientes. Bastava eu ter amigos (outra dependência) pra sair, viajar, me divertir, que estava tudo bem. Eu também tinha dependência da amizade da minha irmã mais velha também. E assim segui minha vida.
    A situação prosseguiu até que o corpo baixou a necessidade de um relacionamento amoroso, e como as crenças que eu tinha me jogaram na “conformidade”, como bem disse o autor, ficou tudo muito cômodo, e fechou certinho. Mas isso não foi natural, ao acaso. Quando eu disse que estava tranquila nessa área, realmente o “tranquila” é conformada com o que aconteceu, inclusive a frase “antes só do que mal acompanhada”, que eu costumava dizer muito, e que tem a dualidade exposta, demonstra alguém que pegou uma justificativa e se conformou com ela.
    Não está aqui em questão reavaliar tudo e agora procurar um relacionamento, não é isso. É enxergar o que houve, porque eu tenho crenças contrárias a me fixar com alguém, e essa formatação iniciou assistindo o casamento dos meus pais. Porém, eu adotei as crenças de que tinha de ter um relacionamento para ser feliz. Só conflitos.
    .
    – Seara do Mental:
    Vejo o labirinto mental, minhas dúvidas, a prisão.
    Meu conjunto de crenças e conceitos e minhas conveniências, tudo embasado pela dualidade estão claros nas minhas resoluções, em tudo que decidi. Tudo foi muito conflituoso e sofrido. O alívio só veio com a Reversão Humana, e pouco importava o apelo da programação do corpo, porque me lembrei que assim que encontrei a reversão e tomei ciência do que são de fatos os relacionamentos, tema água e óleo, lembro que quis fechar essa porta, mas ainda pensava na possibilidade de ter alguém desde que eu me revertesse e que a pessoa fosse da Reversão, vindo a encerrar essa busca alguns anos depois, por não ter me revertido e tido a baixa hormonal, motivos perfeitos para eu me conformar e seguir minha vida sozinha.
    .
    – Seara da Personalidade:
    A personagem rebelde, inteligente, independente e autossuficiente que encenei no teatro uma vida inteira, sempre foi para o teatro, para me justificar no teatro e manter impecável a minha imagem de mulher atraente, inteligente e bem sucedida que não casou por que não quis, porque não acreditava em relacionamentos “mais ou menos”, ou é ótimo ou não quero.
    Nesse ponto, a RH quando me deu ciência e constatei tanta coisa sobre os bastidores do teatro, me levou a desconstruções que trouxeram tanta leveza e sensação de plenitude que o resto virou apenas o resto, ou seja, desnecessário. Me vi sem a necessidade de encontrar a metade da laranja. A busca cessou.
    Sim, dá para olhar a minha vida e ver o que ocorreu, o que me fez criar a posição que tenho hoje sobre o tema água e óleo. Claro que não vi tudo, mas dei um panorama. Ficaram buracos, espaços de experiências não preenchidos na minha personalidade em decorrência de uma vida inteira de fugas. Quanto a isso me cabe apreender.

  30. Rodrigo Ferreira
    Rodrigo Ferreira

    CIÊNCIA

    Meu antes e depois da RH no que diz respeito a relacionamentos é notório, mas isso não significa que todas as crenças e conceitos que adotei foram extintos. Vejo isso como a história que construí dentro desse personagem, me formatando por anos e fui desenvolvendo a necessidade de relacionamento para além da programação do meu corpo. Mas hoje, lido com isso de outra maneira, bem diferente e mais leve.

    Antes de chegar a este trabalho, simplesmente seguia o que eu me programei, com buscas e expectativas. Ou seja, sempre houve a tentativa de conduzir minha vida também nesse aspecto, querendo criar situações e olhando possibilidades. Com isso, eu criei um comportamento/personagem específico ao lidar com mulheres que me interessavam, fruto dessas formatações a que eu mesmo me submeti.

    O contato com RH, me trouxe choques de realidade e alguma desconstrução inicial. Claro que o choque foi em relação a tudo na minha vida e o aspecto sobre relacionamentos teve um “desencanto” momentâneo. Quando me vi seguindo cada vez mais no processo, me distanciando mais do teatro, observei que o trabalho me favoreceu a saber ficar comigo mesmo, com menos intenções. Até que, em determinado momento, ocorreu um novo condicionamento: se eu tivesse que me relacionar, que fosse com alguém em processo íntimo. Enquanto isso, ia me relacionando com mulheres do teatro, até de forma menos condicionada que antes.

    Aliás, o processo me trouxe outras formas de lidar com as mulheres, mas a minha vontade de conversar sobre assuntos do teatro foi diminuindo. Inicialmente até fazia um esforço, mas depois não vi mais sentido e isso também ajudou a reduzir minhas buscas. Estava conformado de que não dava mais pra ter relacionamento fixo com alguma mulher do teatro, com base no que eu estava sentindo naquele momento. Com o último feedback, olhando esse comportamento, ficou claro que eu ainda mantive o envolvimento com o tema, mesmo que eu justificasse com o meu processo íntimo.

    Com o tempo, parei de ficar condicionando isso e venho me mantendo aberto. Quando há uma situação de conhecer uma mulher ou mesmo alguém que eu já conheça, já observei o meu automático, que construí uma vida inteira, de analisar as possibilidades, do tipo “o que será que pode sair daqui?”. Mas também já me vi bem relaxado, sem criar alguma tensão e sempre foram os encontros mais legais.

    Uma coisa que é inevitável observar são as minhas reações quanto ao estímulo sexual. Só isso, já denota a necessidade que vem do meu corpo, da programação que não tenho controle e que ganhou as minhas crenças e conceitos como reforço. O meu “scan” automático, avaliando fisicamente ainda existe, de modo que isso também alimenta inconsciência em muitos casos; quando vejo, já foi. Aliás, a vulnerabilidade pelo sexo é algo que já havia observado.

    Hoje, me percebo mais, quando estou entrando no personagem de “conquista”, ou seja, quando o meu pacote de crenças e conceitos estão entrando em ação. Com o processo, vi que meu comportamento se modificou, mas há ainda várias coisas do que eu fui ao longo da vida. Como foi dito no áudio, certamente há situações que eu nem percebo, salvo quando alguém me “denuncia”, através de um comentário, e aquilo fica exposto pra mim mesmo.

    No momento, estou bem tranquilo, sem ficar buscando, mas não digo que não preciso mais, que isso “saiu” de mim. Me sinto bem quando estou sozinho, mas isso não anula que eu também me sinta bem quando estou com alguém. Nas situações que vieram ocorrendo, de me relacionar, seja sexualmente ou mesmo que não aconteça nada, não fico me pressionando a direcionar as coisas mais. Observo o meu automático se dando, principalmente na questão sexual, mas é bem diferente de antes.

    Com as novas vivências relativas a não ter controle sobre o que se desenrola na minha vida, tenho me permitido seguir o que se apresenta. Em relacionamentos eu já estava indo nessa direção e agora vejo como mais uma fase desse personagem que montei, ainda com crenças e conceitos do teatro, mas me vendo em cena.

    INSTÂNCIA MENTAL

    Desenvolvi muitas crenças, conceitos e conveniências, que foram se solidificando em modus operandi. Chegando em RH, passei por desconstruções, mas também fui incluindo novas conclusões mentais (conveniências) no que diz respeito a relacionamentos.

    Como o funcionamento em dualidade inconsciente ainda estava presente, isto é, não apreendi o que ia constatando, o que acabou acontecendo foram conformidades. Por exemplo, ao me ver solteiro, sem ter me amarrado a ninguém, para mim foi extremamente conveniente, por um tempo. Ou seja, concluí que relacionamentos poderiam prejudicar o meu processo íntimo e usei isso como justificativa para comemorar.

    Já quando concluí que o melhor seria uma mulher em processo íntimo, foi uma nova conclusão, ainda em cima da necessidade de ter relacionamento. Isto é, eu só troquei de condicionamento, continuando com o funcionamento mental totalmente no comando.

    Quanto à programação mental em si, além das 25 pontos + 1, há o chamado instinto sexual. A questão do “scan” visual que faço é parte dessa programação, que usa minhas crenças e conceitos para avaliar. Ali estão os meus gostos e preferências, independentemente da consideração para relacionamento, que tem outro conjunto de crenças e conceitos.

    Conforme comentei, não me vejo mais com o comportamento de ficar buscando, mas não estou fechado, ao contrário. Ou seja, o conjunto de crenças e conceitos que tenho hoje, geram isso como resultado e não vejo como algum problema ou algo a ser comemorado.

    INSTÂNCIA DA PERSONALIDADE

    O fato de eu ter aprendido a ficar mais comigo, tem me deixado mais relaxado nas interações com mulheres que eu tenha interesse. Isso foi um processo que ocorreu ao longo do tempo que lido com RH e meu processo íntimo, o que já se configura uma mudança significativa no meu personagem.

    Passei pelas formatações masculinas por anos, no que desenvolvi formas de falar, hábitos e manias na lida com as mulheres e que não eram observados. Olhando agora, lembro de situações até engraçadas, que eu não admitia, mas que ficaram claras o porquê de não terem dado certo. Além do comportamento que eu consigo enxergar, obviamente houve o que passou batido, mas a pessoa via em mim.

    O mesmo para meus comportamentos enquanto estava namorando. Me recordo das inseguranças, ciúmes e irritações, com certa distância, como se fosse outro personagem, e sem lamentos. Era o que eu tinha naqueles momentos e não podia ser diferente, pois meu conjunto de crenças e conceitos a que aderi só gerariam aqueles resultados.

    Quando me condicionei com as conclusões convenientes que fiz no consumo deste trabalho, ali estava presente ainda a tensão, a necessidade teatral. Ou seja, só tinha modificado um pouco a máscara do personagem, com novas conveniências.

    Hoje, o tema relacionamentos tem bem menos tensão. Como falei antes, aprendi a ficar mais no meu canto e gosto disso, porém não significa que descartei as possibilidades. Olho para minhas necessidades físicas e isso já me favorece a manter os pés no chão quanto a novas conclusões ou mesmo a entrar em dualidade. Enquanto eu estiver neste corpo, fico sujeito ao que ele promove, mesmo em consciência.

  31. Marcio
    Marcio

    Buracos na personalidade1 – Água e óleo
    .
    O relacionamento entre duas pessoas é uma programação e necessidade do corpo além de ser uma formatação e um condicionamento de comportamento no teatro. Eu não tenho como ignorar nem fugir disso.
    Desde que me conheço por gente eu fui formatado, condicionado e preparado para ter um relacionamento conjugal. E para tanto, me foram inseridos crenças e conceitos, além deu próprio criar as minhas crenças em função do que eu observava no meu teatro e o meu alcance sobre o assunto.
    Concluí que ter um relacionamento conjugal é uma coisa extremamente difícil. Criei essa crença baseada no meu relacionamento e no que eu via e presenciava no cotidiano da vida real de outros casais.
    As minhas crenças que me limitam, me deixam vulnerável e imaturo quanto a possibilidade de um relacionamento são: medo de não ser aceito, medo de não corresponder às expectativas da outra pessoa, medo de ser traído, não querer ser controlado, não querer dependências.
    Outra coisa que eu ví e fiz muito no meu relacionamento é como eu ficava vulnerável em relação ao humor da minha parceira. E como eu fazia de tudo para melhorar a situação para me manter em paz comigo mesmo. E como isso me envolvia e me afetava emocionalmente.
    Carrego comigo conceitos de respeito, compromisso, responsabilidade, seriedade em relação aos meus relacionamentos, de modo que isso me prende e me vulnerabiliza em um relacionamento conjugal.
    As programações de instintos estão interligadas as de sentimentos e emoções e isso também me vulnerabiliza, na medida em que eu crio dependências e necessidades num relacionamento conjugal. Quem não gosta de um carinho, um chamego, dormir de conchinha.
    No momento estou saindo de um relacionamento, mas não estou pensando em outro. Não estou aberto, mas também não estou fechado, apenas querendo curtir minha liberdade em relação a este tema.
    .
    Na seara mental
    .
    O mental me faz ser um controlador inveterado, sempre querendo me controlar e controlar os outros sob meu domínio. E isso eu faço instintivamente. Daí eu crio o ciúmes. Porque ele gera crença de posse e controle sobre o outro.
    Eu sei que eu sou controlador, mas não gosto de ser controlado. Me apego e tenho sentimentos de posse sobre a outra pessoa. Com isso, também eu me vulnerabilizo na medida que se eu perco o controle sobre a pessoa eu entro em parafuso.
    A crença de ser aceito e para isso ter que atender as expectativas da outra pessoa sobre mim me causa vulnerabilidade, imaturidade e me traz consequências caso eu não consiga ser o que a outra pessoa espera de mim.
    Um relacionamento conjugal para mim está associado ao meu conceito de felicidade e na crença de que os dois formam um. Felicidade no sentido de estarmos partilhando todos os momentos juntos, alegria, tristeza, saúde, doença. Felicidade no sentido de ter com quem contar. Uma pessoa parceira em que vamos partilhar momentos em comum.
    .
    Na seara da personalidade
    .
    A personalidade tem necessidades físicas, não só de sexo, mas de afeto, carinho. É muito gostoso quando um casal está partilhando momentos juntos em harmonia. As poucas experiências que tive neste sentido corroboram com meu conceito de felicidade.
    Neste tema a minha personalidade é meio contida, não sou tão ativo, sou mais reativo. Não faço um papel de quem gosta de aparecer, de quem tem necessidade de se mostrar. Tenho mais necessidade de ser aceito do que de aceitar alguém ao meu lado. Também não gosto de incomodar, ser agressivo, invasivo, sou mais de ficar contido na minha.

  32. Marcelo Rinaldi
    Marcelo Rinaldi

    Essa formatação eu comecei a me dar lá por perto de 2003-2004, quando eu gostei muito de uma pessoa e não fui correspondido. Tudo que eu havia aprendido na época sobre como conquistar uma mulher, nada funcionava e o que restava era justamente meus comportamentos infantis. Nessa primeira menina, quando eu fiz de tudo e não obtive o resultado que eu esperava, foi o pontapé para todas as próximas mulheres que eu tentava me relacionar, eu obter o mesmo resultado. Nessa menia que eu gostei inicialmente, eu tinha crenças de que eu tinha que ser um cara presente, romantico, que escrevia cartas, que buscava na saída da escola, que acompanhava para a casa. E eu fiz tudo isso, um apaixonadão, que tinha vontade e necessidade de namorar. Eu lembro muito bem que nessa época, quando eu via que a menina que eu gostava não se interessava por mim e ela tinha uma amiga que era legal, eu passava a gostar da amiga e criava um mundo na minha cabeça de que iríamos nos relacionar. Olhando isso hoje chega até ser engraçado, cada hora eu gostava de uma pessoa, e minhas escolhas nessa época, eram todas com base em mulher. Eu gostava mesmo, eu me moldava a ser uma pessoa “ideal” para aquela menina, e na verdade o que eu mostrava era o meu comportamento infantil e principalmente iludido e extremamente amoroso por conta das crenças relacionadas ao amor. Quase nunca ocorria a atração das mulheres, eu virava um amigo, e eu mesmo por meus comportamentos, demonstrava nitidamente essa infantilidade e romantismo que só acontece em filme. Eu dava presentinhos, eu tentava ser um bom “parceiro”, tentava não demonstrar interesse sexual, eu virava um amigo pois na minha cabeça, esse era o caminho para conseguir um relacionamento. Caraca, olhando agora eu passei mais de 10-15 anos fazendo isso e sempre tendo o mesmo resultado. O mais engraçado disso que eu relatei de que a cada momento eu gostava de uma menina, é que na época (todas eram uma amiga da outra), uma delas me falou exatamente isso que eu estou relatando hoje: enjoava de uma, fazia a mesma coisa para agradar outra e assim sucessivamente.
    Eu também nessa época fui desenvolvendo uma dependência de elogio, para agradar a minha personalidade, eu acho que nunca recebi um elogio por conta das coisas que eu fazia “em nome do amor”. Eu buscava muito ser elogiado pelos atos amorosos que eu fazia, aquele amor de filme mesmo, de filme de romance.
    Nessa primeira formatação eu desenvolvi muito o medo e a rejeição. Nos meus relacionamentos seguintes, que foram um desenvolvimentos desse episódio inicial, tudo isso que eu relatei foi se repetindo num grau de intensidade maior e até mesmo doentio da minha parte. Um pouco de cobrança social dos amigos da escola também ajudou.
    No ponto que eu estou hoje, as crenças cristalizadas foram todas relacionadas a: eu sou feio, eu não sou legal, se eu tentar me aproximar vou me foder de novo, só atraio mulher maluca, não quero ter filho, não quero casar, não quero ter que ficar explicando as coisas, não tenho saco para fazer papel romantico de namorado. Eu fui criando esses muros ao meu redor, tudo mentalmente, acreditei em cada coisa que eu disse pra mim, todas as neuras que eu me disse mentalmente eu acreditei, e coloquei em comportamento essas neuras.
    Haviam também crenças relacionadas a família que entram nessa situação, como por exemplo uma de minhas irmãs que só “se fodeu” com relacionamento muito nova e minha mãe foi me passando crenças de que relacionamento é ruim, para eu nunca dar trabalho pra ela igual minha irmã deu, que eu ia deixar ela louca. Várias dessas crenças, influenciam até hoje o meu estado, eu me sentia ruim e ainda sinto de trazer mulher para casa, só trazia mulher aqui quando minha mãe e nem meu pai estavam e mesmo assim, não conseguia ficar a vontade na minha própria casa por medo de vizinho olhar e falar merda de quem entra e quem sai daqui de casa. Esse tambem foi um dos motivos que agravou em conhecer mulheres de fora da cidade. Como o medo estava presente nessas situações e principalmente a vergonha de me verem na rua com uma mulher, de mão dada principalmente, de conhecidos me verem na rua de mão dada e me zoarem. Esse fechamento, também ocorreu bastante na época da escola, quando alguém “descobria” (porque era eu quem contava) que eu gostava de uma menina. Iam lá e ficavam me ameaçando falar pra menina só pra eu passar vergonha na frente da sala, para ser motivo de riso e deboche. Isso gerou bastante timidez, e eu que já era quieto na minha para me expressar, falava pouco por gaguejar, puta merda eu me fechei de vez.
    Depois dos anos se passarem um pouco, e eu fui ficando mais velho, eu vejo quanto relacionamento oportunidade e experiencia eu perdi por conta disso.
    Depois fui adquirindo um comportament meio “foda-se”, não vou cair nessa de novo, e foi indo e indo, dizendo para mim mesmo que eu estava bem resolvido, que não precisava mais disso, entrei em espiritualidade daí que fodeu de vez mesmo.
    É engraçado, o que eu relatei de viver baseado em mulher sempre esteve muito presente na minha formatação. Quando eu vejo uma mulher, ou conheço alguma mulher, se eu acho bonita, eu sinto atração e vontade sexual. Aconteceu no meu trabalho atual, eu olhei uma ajudante pela câmera e comecei a viajar, nossa que moça bonita etc etc… e logo depois pouco tempo depois, eu comecei a tentar abafar isso como se eu tivesse resolvido ou não sentisse mais atração, e nos momentos que eu tive com ela no trabalho, nossa como meus comportamentos infantis aparecem, sei lá parece que eu fico bobo com 14 anos de novo.
    Outro exemplo em que acontece muito a programação do corpo, é quando eu vejo uma menina que eu pude me relacionar e não me relacionei, a programação do corpo vem com tudo, mental pedalando e imaginando cenas românticas. Muitas vezes quando eu fiquei tempo sem ver uma moça que eu gostei e depois vamos conversar, meu comportamento sai exatamente igual há anos atrás. Por exemplo: Se eu era amigo, eu continuo sendo amigo, se eu era mais infantil, eu ajo exatamente igual. Isso é muito louco.

    Eu gostei muito desse exercício, pude olhar para 20 anos atrás de formatação. Me lembrei muito daquela informação da personalidade, de que ela é formada lá pelos 14-15 anos. Foi exatamente essa idade que todas essas timidez, infantilidade estavam aflorando no meu comportamento e como estão presentes até hoje.

    -Na seara mental

    No meu mental, ele aproveita essas situações e fica mirabolando cenas com as crenças que eu tenho. Como eu relatei ali, minhas crenças de amor, de conquista, de relacionamento, eram todas baseadas em filmes dos anos 80-90. Então na minha cabeça, eu tinha a crença de que eu tinha que fazer academia para ser igual o Rambo por exemplo, fui crescendo com esse esteriótipo na minha formação. Depois eu lembro que adotei a crença sobre o cabelo comprido, e lá fui eu deixar o cabelo comprido para tentar impressionar.
    Também acontecia muito de eu concluir mentalmente várias coisas e criar a partir disso. Foi assim que eu me fechei e fui falando que estava bem resolvido, de que não preciso de um conjuge, de que nao preciso de sexo, as crenças espirituais também entram muito fundo aqui nesse ponto.

    -Na seara Personalidade

    Na minha personalidade, eu desenvolvi uma personalidade timida, medrosa, infantil, brincalhona, principalmente brincalhona para justificar e tentar mascarar a infantilidade.
    Olhando mais de perto, essa infantilidade tá além dessa área de relacionamentos, como o proprio autor disse, existem várias outras dependencias.
    No decorrer da personalidade, eu criei essa dependencia absurda de ter alguém do meu lado a qualquer custo, e mesmo fazendo papel de “idiota” (sem auto critica), várias vezes, o comportamento repetia e repetia, e eu tentava mudar esse comportamento ele piorava. Eu lembro o ponto inicial e a pessoa que eu gostei aonde isso começou a se desenvolver, e daí em diante, só foi o mesmo resultado e piorando cada vez mais, aprofundando cada vez mais.
    Chegou num ponto que a minha personalidade foi se fechando, porque não sabia mais o que fazer, desistiu de tentar porque nunca conseguiu. As vezes que conseguiu foram poucas e nem sabe como deu certo. Da boca pra fora, a personalidade fala que está resolvida, que não quer se relacionar mais, mas em comportamento basta ver uma moça que na hora imagina envolvimento sentimental, amoroso e sexual.

  33. Roseane Silva

    BURACOS NA PERSONALIDADE / ÁGUA E ÓLEO

    Eu acredito que preciso de alguém dentro do teatro para atender as minhas necessidades sexuais, quando gosto de alguém e o idealizo como meu parceiro ou alguém que tem o perfil que me interessa a primeira percepção é a imagem física, a atração física é alimentada por pensamentos e intenções de que haja o contato físico, a necessidade do toque físico entre ambos, eu quero está sempre próxima. Acredito que desperto a atenção do outro e também lhe desperto o desejo sexual. Durante a convivência a um jogo entre ambos para que as conveniências sejam atendidas, muitas vezes usei o sexo em meu relacionamento para ter recompensas para que o outro atendesse os meus interresses. Mesmo após a decisão de se separar ainda tenho necessidade de aproximação física, a momentos em que quero ficar próxima e manter uma relação como um casal.

    Além de criar uma relação a dois criamos uma imagem íntima e social através dos personagens esposa e esposo, socialmente eu me coloco como o personagem de esposa e no automatismo do dia eu também acredito que sou a esposa por estarmos convivendo junto. Dizer que estamos separados é uma justificativa, mesma com um prazo para sair de casa, levo o meu dia convivendo com o outro como se nada ocorreu, gosto de está na presença do outro e muitas vezes chega ser divertido, mais intimamente não tenho a intenção de permanecer casada. O meu relacionamento é conveniente até aqui, recebi apoio da outra parte para estudar, arrumar um trabalho, as despesas sempre foram dividida favorecendo ambos.

    Através do material de RH eu criei a crença que para ser livre eu precisava está sozinha, enxerguei o meu relacionamento como algo que atrapalharia o meu processo íntimo. Após decidir seguir em meu processo íntimo e isso falou mais forte dentro de mim quando encontrei o material. Fui cobrada a fazer escolhas entre o meu envolvimento com o material de RH e o meu relacionamento amoroso, a partir deste momento as minhas conveniências mudaram não me importei com o desfecho do meu relacionamento eu decidir continuar experimentando o que eu nunca havia experimentado, quis conciliar os dois, manter o meu envolvimento com ambos mais até hoje isso nunca foi possível, a outra parte nunca aceitou e sempre ignorei, permite que o meu relacionamento interferisse em meu processo íntimo quando quis manter ambas as partes de forma inconsciente, consumia o material escondida na intenção de não gerar conflitos dentro da relação, ainda hoje o meu envolvimento com o material é alvo para críticas, a incompatibilidade através das diferentes conveniências falam mais alto, não só criei a intenção por um rompimento como intimamente me tornei intolerante em algumas situações, desce do salto algumas vezes e entrei no teatro inconsciente. Hoje romper a relação foi uma conveniência manifestada pela outra parte por eu não ser mais a parceira que ele idealizava, dentro das minhas percepções além de não avançar em meu processo íntimo também impedir que o outro vivesse o que veio experimenta nesta condição. Eu o violei a partir de mim ele teve acesso ao material de RH, o que lhe gerou revolta e me coloquei como alvo para críticas. Ter um parceiro funcionando via mental também foi uma forma de mim colocar envolvida dentro do jogo inconscientemente, o meu personagem de esposa encenou, cristalizou crenças, criou hábitos, gerou emoções e sentimentos que mantém o teatro movimentado.

    SEARA MENTAL:
    O meu mental diz que é difícil viver sozinha, uma vez separada ou solteira e isso me tira da zona de conforto e de algumas dependências principalmente de esperar e responsabilizar o que devo fazer por mim.

    Um conceito de romantismo está enraizado em meu modus operandi, cresce acreditando em contos de fadas e um final feliz para sempre, não ter essa conveniência atendida me gerou frustração. Através da minha insatisfação cobrava o outro é o rotulei como uma pessoa grossa e insensível, eu queria viver está ilusão e por não ser atendida eu criticava a outra parte. Com outra percepção hoje conviver com alguém que não é romântico fez meu conceito com abaixo na marra, por muito tempo eu não quis vê a realidade e a ilusão que eu criei.

    Ultimamente mesmo com tudo preparado para eu sair de casa uma tranquilidade se estabeleceu no ambiente, aparentemente é como se tudo está bem, neste momento surge os apelos mental de que não preciso ir embora, que tudo será diferente e melhor, há também as inseguranças de seguir sozinha, da dependência financeira, de ter uma casa simples mais confortável. Sempre vem o pensamento que o amanhã será difícil e não deveria arriscar no que é inserto e não tenho algum controle ou segurança.

    SEARA DA PERSONALIDADE:
    Costumo intimamente dizer que quero ficar sozinha, ser livre e que não irei mais me relacionar com outra pessoa, mais os meus comportamentos e o meu próprio corpo dizem o contrário. Nas minhas conveniências seria ideal me relacionar com alguém que também tem processo íntimo, mais também vejo que funcionando via mental ainda sim seria uma relação inconsciente. Mesmo vivendo na prática o que é um relacionamento no teatro as vezes há o desejo de ter alguém para compartilhar momentos íntimos, trocar ideias, há a necessidade de conviver com alguém, necessidade sentir prazer.

  34. Nívea

    A maneira como lido com isso, se dá através de construções de toda uma vida, e que tem relação com a fase infantil e adolescente. Hoje, eu sou o resultado do que eu construí com base nas minhas experiências pessoais e percepções construídas desde cedo. Até antes de eu fazer o exercício anterior, eu não queria olhar pra isso e eu simplesmente ignorava esse ponto na minha vida, e seguia, acreditando fielmente lidar bem com isso, com todas as camadas que criei para ficar OK. Eu sei, sinto e enxergo que tenho necessidades físicas, é claro. E tudo bem. O ponto é o que eu construí para mim com relação a lidar e ter algum parceiro no teatro. Até agora, através do que criei, me impedi de avançar com relação a isso, e não que eu tenha que avançar, mas até agora o resultado foi esse, o de me proteger a minha maneira, como se eu estivesse fugindo de algo e precisasse constantemente me defender. Onde, de maneira inconsciente e automática, coloco empecilhos e dificuldades sem ao menos ver que estou colocando; e que é possível enxergar enquanto faço esse exercício. Esse processo de construção de barreiras foi criado ao longo da minha vida, e começa lá atrás, ainda na infância, com situações chatas, estranhas, perturbantes, exaustivas. Se estende e vai até a adolescência, com situações similares. Independente de situações exteriores, não há vítima ou algoz, eu quem lidei, armazenei, assimilei e defini essas situações. E o que fica claro para mim hoje, é que foram armazenadas assim, com o olhar dual, carregado de muito peso, a ponto de realmente pesarem fisicamente se eu volto para olhar para isso, como agora. E é interessante olhar para como estou diante disso neste momento, com as mesmas sensações da época, e uma delas é a exaustão, cansaço mental. E constatar que o mental cria esse cenário com base no que eu acreditei e cristalizei, trazendo a tona tudo de volta, executando sua programação de funcionamento que, se inconsciente sobre ela, eu poderia facilmente me afundar nisso, sem saber o que está acontecendo comigo, pois é impossível controlar.
    Mais cedo, ao iniciar esse exercício, eu tinha reações emocionais que não eram possíveis serem controladas e nem identificar a crença específica que embasa tudo isso, pois se trata de um conjunto de crenças, uma parte numa camada visível e identificável por mim, outra numa camada inconsciente, a qual citei no exercício anterior, mas que é possível saber que existem pois, embora invisíveis, sinalizam sua existência através dessas reações.
    Enquanto só o caco, eu fiquei “porra Anthonio, cê tocou numa pecinha que abalou toda uma estrutura.” Desenterrei em mim, o que eu tinha apenas escondido, e que permaneceria na inconsciência se eu não fosse o exercício anterior e este aqui, porque eu ia continuar ignorando e não olharia pra isso por conta própria; e a sensação é de que, na verdade, eu estava o tempo todo tentando tampar de maneira constante os fatos que embasaram tudo o que criei, e isso permaneceria assim, pois eu nem ao menos me enxergava fazendo isso.
    Eu gosto de ser e aparentar estar nem aí pra o que acontece na minha vida, como se eu fosse inatingível e não pudesse sentir o impacto de alguma coisa em mim. E esse modo de ser e ignorar as situações também se deu em decorrência dessas minhas construções. Mas, hoje e ontem não foi possível, sem querer fiquei só o pó.
    Eu construí o meu modus operandi com base em crenças ruins sobre ter alguém, e que geram o resultado de como lido as pessoas e situações hoje; influenciam em como eu lido com alguém que me desperta interesse. Pois, é claro que desperto interesses, a diferença é que isso vem minimizado pois vem abafado de justificativas e crenças com relação a ter alguém, onde nem ao menos da tempo de eu me oferecer oportunidades de tentar alguma coisa, pois é extremamente confortável ficar numa zona que considero segura, e que nada de ruim pode me acontecer.
    É como se estivesse acordado, no meu dia a dia, essa ideia de que nunca que eu iria me relacionar com alguém novamente, seja sério ou casual, e eu estivesse OK com isso.
    Antes do material, isso já se deu de maneira mais radical, e ultimamente é que tenho constatado alguma mudança, onde já brinco com essas possibilidades.

    Mental:
    As crenças que construí e que influenciam o modo como me encontro hoje, tiveram início de formação ainda na infância, através de uma série de situações as quais obviamente eu não sabia lidar, onde fui construindo percepções próprias e pessoais em relação a isso. Todas essas situações foram interpretadas como sendo ruins, estranhas, exaustivas, bizarras e um tanto desconfortáveis. Na adolescência, o mesmo; onde cada vez mais reforcei essas crenças, que solidificaram cada vez mais a necessidade de não ter alguém, ao invés de ter; o que entra em completa contradição com o que meu corpo pede. No teatro, é visto como algo problemático e me vejo em situação de justificativas para quem me pede alguma em relação a isso, onde também, depois de tantas vezes, me vejo desconfortável ao falar sobre isso e acabo por não querer me expor ou apenas ir na onda da pessoa, não trazendo a minha situação à tona.
    A maneira como esse exercício veio, bateu de uma forma diferente em mim, pois senti via personalidade. O que não aconteceu com outro tema até então de maneira tão evidente e acentuada. O mental trouxe todo um cenário para a 3D, com direito a reações físicas. Pude então perceber que todas as minhas crenças e percepções pessoais sobre isso foram todas armazenadas assim, de maneira negativa, e que boa parte está inconsciente, embasando sintomas e reações quase que instantâneos, sem que isso precise ser necessariamente raciocinado e percebido por mim.
    Hoje, o que pude constatar também é que, de fato, não é possível avançar se não olho para isso, pois tudo o que eu capto, querendo ou não, passa por esse filtro mental inconsciente, relacionado a esse tema, e que tem tudo a ver com as minhas crenças e meus personagens hoje em dia, pois está na base e na formação de cada um, influenciado o modo como cada personagem é e lida com as pessoas e situações.
    Agora, com relação a essa necessidade de ter ou de não ter, no meu dia a dia, via mental, em resposta ao que o corpo é programado, eu vejo as justificativas trabalhando em favor das minhas crenças convenientes sobre não ter alguém, onde é trago argumentos sobre o quão é ruim e, sempre que confio nessas conclusões, apenas reforço essa realidade criada por mim. Junto disso também vem medos e inseguranças, que garantem que eu me apoie nas sensações de que sou suficiente.
    Eu vejo que sim, que as minhas crenças e a programação do corpo criam as minhas necessidades, e meu mental também responde a isso através de pensamentos. Lembro-me de uma época a qual havia um turbilhão deles, e que hoje eu sei sobre o que se trata, e também está estreitamente ligado aos fatos que embasam todas essas minhas reações e situações vividas.
    Outro ponto que vi, é como isso tudo foi armazenado também com um tom de vítima. No teatro, tudo bem, é a cena com os devidos personagens desempenhando papéis inconscientes. Porém, intimamente, através desse trabalho aqui eu sei que não existe isso, que sou eu quem me coloco nessas situações, sou eu quem me faço algoz ou vitima de algo, basta que eu interprete as situações e as defina assim. E foi de extrema importância constatar isso nesse exercício.
    Personalidade:
    O modo como eu fujo das pessoas, de criar e estreitar relacionamentos, está diretamente ligado a isso. Digo até mesmo no sentido de amizade, onde por vezes eu fugi de ir a algum lugar, dispensei convites, fugi de eventos e sumi de conversas. Ao mesmo tempo que amigável, me distancio aos poucos, de maneira involuntária, como que evitando o desenvolvimento e o estreitamento de uma relação, com medo de alguma possível consequência. Acho que o ponto mais evidente nessa instância é esse, onde estou em modo proteção, como que com um escudo, e isso se dá de maneira inconstante também, pois ao mesmo tempo que quero me abrir e sou aberta, já crio uma espécie de bloqueio, tentando me comportar de uma maneira que considero mais segura para aquela relação; uma hora ou outra, acabo por me fazer mais distante.
    Outro ponto que fica claro para mim, é em relação a como as vezes quero em esconder das pessoas e situações, seja através da minha postura, de algum lugar que escolho para ficar, das minhas roupas, e até em como eu falo.
    Via personalidade, o que foi trago no feedback desenha bem essa situação, como por exemplo, quando foi dito sobre a conformidade, sobre apenas aceitar a minha situação, me conformar com ela, sem a possibilidade de me abrir e me enxergar com relação a isso.
    E uma coisa é certa, enquanto não sei tudo sobre mim, há inconsciência que se traduz em vulnerabilidade. E, a partir desse ponto, também é fato que a programação no meu corpo instiga comportamentos no teatro contraditórios as minhas crenças sobre não querer ter alguém e que, através das justificativas, posso nomear aquele comportamento, dando motivos e razões para aquilo, mas que no fundo estou correspondendo a programação do meu corpo, portanto, meus personagens acabam por desenvolver esses pontos e agem com base neles também, ignorando minhas crenças contrárias, independente se é em grande ou pequena escala.
    Outro ponto que vejo nessa seara é que, como sou próxima a minha irmã, tenho nela a maioria das coisas que os humanos procuram num relacionamento, como por exemplo, conversar, ouvir, ser ouvido, ter uma companhia e não ficar sozinho. Ou seja, acabo fazendo essa substituição na maioria dos quesitos; não tenho alguma coisa de diferente das pessoas que buscam ou necessitam se relacionar, apenas não me vi sozinha.
    Eu agradeço a oportunidade de falar e ver sobre esse tema em mim. Eu não fazia ideia de como eu estava diante disso; não fazia ideia de como isso estava em mim; não fazia ideia das minhas impressões e de como isso tinha sido armazenado e, principalmente, não fazia ideia de que isso me afetava e me atingia de alguma forma, numa escala inimaginável por mim mesma, onde via personalidade acabei tendo diversas reações as quais eu achava já ter resolvido a muitos anos atrás.

  35. Gabriel Brandão
    Gabriel Brandão

    Modus operandi e processo íntimo:

    Realmente, da boca pra fora, eu falei durante muito tempo que já estou bem resolvido quanto a esta questão de água e óleo voltado para um relacionamento entre um casal. Na minha situação, houveram várias justificativas que eu fui me dando e me convencendo ao longo dos anos de que esta questão não têm mais efeito em mim e que nada muda minha decisão de não passar por este tipo de situação, e isso se deu por dois motivos principais que percebo que ocorreu nos meus processamentos mentais. O primeiro deles tem relação com as minhas crenças e conceitos que fui adotando e desenvolvendo ao longo dos anos principalmente no início da adolescência, veio até mesmo da infância comigo tendo adotado crenças que se cristalizaram e enraizaram na minha personalidade quanto a timidez, de achar que sou incapaz, de me rebaixar perante as outras pessoas, me achar inferior, ter um medo muito grande de passar por qualquer situação nova que desafie as minhas expectativas do que eu acho que seja fácil ou complicado de passar, e neste caso eu sempre achei esta questão de relacionamento complicado e dificultoso, ficava com medo de interagir e sem saber como agir dentro de um relacionamento, por aqui existem vários pontos que antecedem o meu processamento mental relacionado as expectativas, a arquivos piscantes, condicionamentos, e principalmente muitas crenças e conceitos que já estavam preestabelecidos e guardados já tendo julgado apontado e decidido que relacionamento era furada, essa é uma das conclusões em favor de uma justificativa que dei ao longo dos anos para me manter da mesma maneira e nunca ter olhado para isto se dando em mim e chegar aonde cheguei hoje.

    Há também o querer fazer certo, pois desejo entrar em um relacionamento bem, sabendo em como lidar com este tipo de situação, e na falta destas certezas, eu justifico para me manter distante e criar uma barreira gigantesca quanto a este tema. Há uma programação inscrita no meu corpo que é ativada quando há uma mulher que se encaixa dentro das minhas conveniências e para mim há aquela vontade de passar por um relacionamento, tanto afetivo, quanto sexual, não tem como controlar, é uma realidade de modus operandi, o meu corpo tem necessidades que pedem por isso, e a minha situação foi de quem fugiu, justificou, cristalizou e manteve as mesmas crenças e conceitos que me afastaram de olhar para isso e me manter cego sobre tudo que envolve água e óleo voltado para relacionamentos íntimos e afetivos, isso passou por uma conformidade como foi dito no feedback, eu me conformei com o que eu criei e justifiquei para manter e assim passei a viver com esta crença de que estou bem resolvido quanto a esta questão, e por aqui coloco o segundo ponto principal que falei no início do parágrafo que levou a isso que é a deturpação que criei a partir dos conteúdos de reversão humana voltados a relacionamentos humanos ou o tema água e óleo para este tipo de situação específica, porque para mim, eu olhei para este tema usando a dualidade, incutindo a dualidade sobre o que supostamente eu enxerguei, passei a tirar conclusões que reforçavam o cre cri cri. A minha conclusão foi que devia me afastar mesmo, isso veio como um reforço para as minhas justificativas, acreditei que qualquer envolvimento com outro humano vai me levar a muitas cenas teatrais, embates, intrigas, caos, dependências, demências de comportamento e muitas outras inversões que iam me prejudicar de todas as formas, sendo assim passei a me afastar ainda mais disto, mesmo que meu corpo, a todo instante, me mostrasse o contrário e agisse conforme a programação quanto as minhas necessidades fisiológicas, sendo assim, as crenças que já tinha adotado e desenvolvido no passado + as deturpações do material fez com que eu criasse no meu modus operandi a fuga sobre isso, havia um “conflito” entre a programação e as minhas crenças e conceitos para que eu justificasse e mantivesse essa auto sabotagem, essa fuga.

    Instância mental:

    Por aqui eu vejo acontecendo conflitos, por um lado há a minha programação se fazendo presente e me mostrando essa necessidade básica do corpo, por outro há os meus processamentos mentais com minhas crenças e conceitos apontando que o relacionamento afetivo, sexual, é impossível ter com uma outra pessoa por passar por uma série de cenas teatrais além dos meus medos quanto a algo novo se tratando sobre algo que nunca experimentei, por aqui a programação referente aos 12 pontos que antecedem estão presentes já me dando um embasamento para os meus raciocínios e pensamentos quanto a medos, inseguranças, expectativas sobre como eu vejo e projeto do que se trata um relacionamento, como isso pode se dar, como é um relacionamento sexual, o que seria viver isso, há deduções, suposições, e muitas justificativas que vão embasar essas conclusões mentais sempre negativas voltadas para este assunto, pois é mais fácil descartar do que realmente olhar para o que acontece comigo, eu da boca pra fora falo que não desejo algum tipo de relacionamento, mas outro lado a programação faz o seu papel quanto a isso e me mostra o contrário, quando a programação age e não tenho controle sobre isso, isso influencia sim nos meus processamentos mentais e me vejo querendo passar por um relacionamento, estas necessidades do corpo são incontroláveis e muitas vezes isso repercute também na personalidade com a infantilidade, a inexperiência e comportamentos que demonstram isso na prática, no meu modus operandi.

    Instância da personalidade:

    Me vejo escondendo atrás da personalidade, atrás dos meus personagens com suas crenças e conceitos voltados para este assunto do relacionamento sexual e afetivo, pois sempre que a programação que se dá no meu corpo sem o meu controle se tratando de hormônios, de reações internas físicas, instintos sexuais se dão no meu dia, eu uso das minhas crenças para justificar e até entro em conflito com o que está acontecendo naquele instante, tento me convencer que não é exatamente o que está acontecendo comigo, e quando vejo uma mulher que está de acordo com as minha conveniências, este instinto é ativado, e toda a cadeia de programações do corpo fazem o seu papel, influenciando nos meus processamentos e criando na minha personalidade reações físicas, os meus gestos mudam em frente aquela pessoa, eu me vejo em personalidade tento comportamentos para tentar me aproximar de certa forma da mulher que vi daquela maneira e que essa programação se ativa sem o meu controle, por mais que eu diga que não na hora, ou tente evitar, que é o que mais ocorre, o meu corpo reage, eu tenho manifestações físicas, o meu jeito muda ali na hora, não tem como controlar, mas eu tento controlar na hora, tento esconder, tento evitar, para que aquela pessoa não desconfie ou veja que estou agindo diferente por conta do que está acontecendo comigo, então novamente tento me esconder por trás da minha personalidade, uso os meus personagens com suas crenças e conceitos para me desviar disso, e justifico, crio conflitos ali na hora para fugir deste assunto, para fugir até da possibilidade de me enxergar, este é um assunto que fujo bastante e finjo que não vejo.

  36. Núbia
    Núbia

    Meu corpo tem necessidades físicas de carinho, afeto, toque e sexo, e por outro lado observo que essa necessidade pode ser inibida pela inconsciência das minhas crenças e conceitos que desenvolvi durante a minha formatação como personalidade; vejo que atualmente vem sendo inibida principalmente pelo fato das pessoas estarem vacinadas. Também percebo que o nível de necessidade é alterado de acordo com o mental+personalidade e circunstâncias hormonais.
    Quanto a água e óleo, os envolvimentos amorosos que já tive foi com pessoas muito diferentes de mim, com interesses diferentes, percepções diferentes, vontades diferentes, são pessoas que acreditam que a disney é real, acabou que eu nunca quis levar algum relacionamento como sério; eu me enjoava das pessoas, me enjoava da questões da vida deles, das cobranças, principalmente dos dramas… no fim sempre me afastei. Sinto meio “deslocada” no sentido de que não me encaixo com a vibe da maioria das pessoas que conheço, e acabo não tendo vontade de ter relacionamentos sério como namoro e até mesmo amizades firmes. Atualmente não vejo algum problema em me relacionar sexualmente com alguém além do fato das pessoas estarem vacinadas, esses dias até comentei com minha irmã usando um tom de brincadeira “poxa logo agora que eu tenho interesse e hormônios suficientes os jovens inventaram de se vacinar”, quando soltei esse comentário vi que mudei em comparação ao que eu era e que tenho a necessidade sim, mas que não me convém um vacinado e nem uma pessoa que se apague a mim, que me cobre responsabilidade afetiva ou tenha interesses muito diferentes. E ao mesmo tempo me vejo em uma gangorra, em uma transição de personalidade onde ora aparece os resquícios do modus operandi adolescente com a ideia de que não preciso e nem quero me relacionar, e ora enxergo de outra forma, sem algum olhar negativo ou positivo sobre relacionamentos.

    Mental: Tudo se inicia pelo mental, é a partir do processamentos mentais que concluo, reajo e ajo de acordo com as decisões de como me portar e lidar perante a qualquer situação, no caso de relacionamentos não é diferente; através do último exercício e feedback constatei que através das minhas crenças e conceitos que desenvolvi sobre relacionamento amoroso, criei um buraco na minha personalidade por muito tempo de me abster em relacionar, embora o corpo tenha a necessidade ela veio sendo inibida por diversas crenças usadas de forma inconsciente, e também por conceitos ligados a ética, moral, racionalidade, evolução, saúde e família, que estavam escondidos e desempenham em meu processamento mental o papel de contestar a ideia de ter relacionamentos. E quando inconsciente de fato acaba gerando conformidade, consequentemente acaba impedindo as possibilidades de relacionamentos por analisar (processar) muito quanto a esse tema.

    Personalidade: consumindo alguns documentários e textos de 320 mil anos sobre a implementação de ideias que favoreçam a redução populacional, como no feminismo e outras causas sociais, vi os resquícios dessas ideias que me foram fornecidas e que eu adotei muito cedo achando que eram minhas, minha personalidade durante significativa parte da adolescência foi desenvolvido a partir dessas ideias; eu não sabia de onde vinha um pavor só de pensar na possibilidade de engravidar, eu não sabia de onde vinha a minha ideia de que sexo é algo muito atrasado, involuído, algo muito animal, e de fato é animal a diferença é que não há necessidade do olhar pejorativo que eu tinha até um tempo atrás. Vejo que o olhar pejorativo sobre sexo, relacionamento e gravidez, é resultado dessas crenças tomadas através das mídias, convivência com outras pessoas, crenças sobre evolução vs involução da raça humana e conclusões mentais. De certa forma os processamentos mentais baseados nisso, me davam a ideia de que sou melhor por não me encaixar em um padrão e contribuir para um mundo menos lotado de pessoas (exatamente como a NOM goste que as pessoas pensem), e assim foi desenvolvido um modus operandi em cima disso, e que ainda após ter conhecido o material de RHe ter tido troca de olhares e reconhecimento de que estou em um corpo animal, violado, limitado e que não sou um humano especial, esse modus operandi continuava na ativa e recentemente constatei que ainda há alguns resquícios disso. E não que eu tenha que mudar algo ou as minhas vontades intencionalmente, vejo que diferença é eu não me colocar refém das minhas próprias crenças, conceitos e formatações sobre isso, deixando de me impedir ou me forçar a ter um relacionamento.

  37. Italo
    Italo

    Ao longo dos últimos anos eu percebo que eu criei uma forma para o que eu aceito em relação a relacionamentos, descartando qualquer tipo de possibilidade, quando o assunto é querer ter um namoro ou algo do tipo. Sem querer entrar demais na vida da pessoa, me apresentar como um casal, ter que seguir um script de como um relacionamento deve ser com as crenças e conceitos que o teatro exige sobre esse tipo de relacionamento. Eu fui ficando sem saco pra esse tipo de relacionamento. Percebi que cheguei a criar uma certa aversão a isso, eu criei uma situação em que eu passei a acreditar que não queria mais uma cônjuge, que os relacionamentos que eu aceitaria nesse sentido, seriam apenas voltadas para sexo.
    Percebo que eu passei a acreditar que o relacionamento sexual era algo importante, e que eu deveria ter mesmo que fosse de forma esporádica, criando uma expectativa de ter relacionamentos íntimos (sexo) com outra pessoa. Normalmente eu não costumo ir atrás desse tipo de situação, vejo que é algo que ocorre nas situações em que eu preciso interagir no teatro, e isso é uma das várias situações que ocorrem. Vejo que a dependência sexual além de ser gerada pelo corpo, eu passei a criar isso pra mim, desde quando eu decidi não querer mais nenhum tipo de namoro, ou envolvimentos maiores como noivado, ou casamento, com quem não tem algum processo íntimo. Daí eu passei a querer relacionamentos como um “fica”, por momentos curtos, sem maiores envolvimentos.
    Vejo que eu criei um tipo de relacionamento, em que eu passei a acreditar, que se houver algum tipo de carinho, ou algo nesse sentido, eu poderia criar uma dependência de ambas as partes e foi algo que eu passei a ver como não interessante, e quando isso ocorria, eu sempre deixava, mas havia uma certa culpa ali por trás, algo bem discreto mas ali por trás eu estava achando que aquilo que estava fazendo poderia ser prejudicial para mim de alguma forma.
    .
    Instância mental:
    Ao longo da minha formatação eu passei a adotar crenças de que eu precisava de alguém para viver, de ter uma companheira, de que um dia eu ia precisar ter filhos. Eu passei a acreditar no amor, que um dia eu ia sentir isso por alguém, e em uma fase da minha adolescência eu tive curtos relacionamentos em que um deles eu achei que aquilo que eu estava sentindo poderia ser o amor que eu acreditava. Eu usava meus parâmetros para tentar enquadrar se até tal ponto era amor, se era paixão, ou se eu só gostava da pessoa, era níveis de conveniência, que eu criava e só vim trocar o olhar e perceber, quando eu tive contato com o material de RH e tive um baita choque de realidade, principalmente por acreditar que eu amava a pessoa que eu estava namorando naquele momento.
    Com o passar do tempo, eu ainda cheguei a namorar, mas por pouco tempo, eu não me via mais nesse tipo de relacionamento. Não tinha paciência para me enquadrar da forma que a outra pessoa esperava que eu fosse, e também não queria esperar algo da outra pessoa, inclusive fidelidade. Eu vi que eu tinha criado isso pra mim, eu passei a ter até um tipo de repulsa a relacionamento “sério”. Os relacionamentos que eu queria e que eu acreditava não aprisionar tanto, era sem querer ter um comprometimento, me relacionar apenas por prazer.
    .
    Instância da personalidade :
    De acordo com as crenças relacionadas a amor entre homem e mulher, que eu adotei desde pequeno, eu passei funcionar a partir delas. Quando eu era mais novo, na época da escola, eu passei a querer namorar com algumas meninas, eu sentia bastante dificuldade, por que eu era bastante tímido, tinha vergonha de falar que gostava de alguma menina e ela não retribuir da mesma forma.
    Quando eu entrei em contato com o material de RH, primeiramente eu deturpei os conteúdos voltados pra água e óleo, e passei a ver os diversos tipos de relacionamentos como algo ruim pra mim, neste caso o relacionamento entre homem e mulher. Nas situações onde ocorria as minhas ficadas com as paqueras, e eu percebia que a pessoa queria mais de uma vez, eu sempre alertava que estava tudo bem em repetir, porém eu não estava querendo me envolver em algum tipo de relacionamento sério.
    A dependência em uma parceira, foi algo que eu criei e mantive, depois de uma fase depois de vários namoros, eu passei a excluir a possibilidade de ter algum namoro. Depois de um feedback de um cara a cara, eu percebi que eu estava me posicionando contra relacionamentos, e depois disso eu pedalei, imaginando como seria um relacionamento com alguém que tivesse processo íntimo, mesmo sabendo que qualquer possibilidade nunca é da forma que eu venho a imaginar ou esperar. Essas expectativas, são criações e condicionamentos que eu tomo pra mim, e influencia em meus comportamentos que muitas vezes eu nem chego a perceber.

Anthonio Magalhães
Anthonio Magalhães

Anthonio Magalhães, é escritor, autor da Reversão Humana e é especialista em modus operandi humano. Outros trabalhos de Anthonio Magalhães: AOQ, Anthonomia, Troca de Olhar, Projeto Sirianos, Lucidópolis, 320.000 Anos e vários personagens criados para apresentar os seus trabalhos. Até o presente são 07 livros + 01 apostila publicados e 4 livros em desenvolvimento.

Leia Também

error:
× Atendimento